Junho sempre foi especial para o poker. Mês da WSOP, de muitos braceletes sendo distribuídos. E apesar da pandemia ter mudado este cenário, em 2021, um brasileiro, em especial, tem o que celebrar.
No próximo dia 28, a conquista de um dos braceletes mais icônicos do Brasil faz aniversário. Há 10 anos André Akkari vencia Nachman Berlin, no heads-up do Evento #43 da World Series of Poker 2011, e embolsava US$ 675.000.
Para comemorar esta data histórica, a Card Player preparou uma série de 10 matérias sobre o principal embaixador do poker brasileiro.
Nesta oitava parte, um legado indelével, para ele e por ele:
DEZ ANOS DO BRACELETE – PARA SEMPRE NA MEMÓRIA
Legado. Essa é uma palavra intrínseca a André Akkari. O que ele fez ninguém apaga. Suas conquistas estão eternizadas na memória, em revistas, artigos, em todos os lugares. Mas se ele deixa um legado para o poker, em seu corpo, há também registros de símbolos que pavimentaram a sua vida. Um legado, para ele, que será carregado para sempre também na pele.
“Eu tenho várias tatuagens. Sinceramente, eu não sei quantas. Acho que umas nove ou dez. Todas elas simbolizam alguma coisa para mim. No meu braço direito tenho a foto da minha mãe. Ela é o maior exemplo que eu tive na vida. Guerreira, batalhadora. A história dela é dura pra caramba. Na situação que ela está, o mínimo que eu posso fazer hoje é dar o melhor suporte possível. Por causa do Alzheimer, ela já nem consegue mais falar ou se movimentar. É uma doença muito dura”.
“No ombro esquerdo, eu tenho a bandeira no Brasil. Eu amo meu País. Amor incondicional mesmo. Amo meu povo, minha terra, meus amigos brasileiros, nossa cultura. Na perna, eu tenho uma de poker, que não precisa nem falar, né? O poker me deu tudo”.
“Outra muito especial é de família. A Paula (esposa), a Giovanna (filha mais velha) e eu fizemos em uma viagem. A Duda só não tem ainda porque ela é muito nova. Quando ela fizer dezoito, ela vai decidir se quer ter ou não. E falando em família, tenho também o nome das minhas duas meninas tatuado. Um em cada antebraço.”
“E eu ainda vou fazer mais um monte. Por causa da pandemia, dei uma pausa. Mas quero fazer umas letras de samba que eu gosto pra caramba. Quero fazer tudo que quando eu olho me dá uma energia boa” — e como quando sempre conversamos, não poderia faltar a piada ruim, sempre acompanhada daquela gargalhada característica: “Agora, coisa zicada, tipo o símbolo do Palmeiras, aí eu não quero”.
E se o seu corpo conta muito da sua vida, a sua história no poker já foi contada pela Card Player Brasil. Ninguém estampou tantas vezes a capa da nossa revista impressa. Seu legado e suas conquistas estarão para sempre em nossas páginas.
Ele foi capa pela primeira vez em 2009, tardiamente, diga-se de passagem, dois anos depois de fechar contrato com o PokerStars e logo após lançar a campanha “Poker é Esporte”. Voltou a ser nosso destaque em 2011, quando ganhou o bracelete; e encerrou ciclo (será?) em 2014, quando atingiu a incrível marca de US$ 1.000.000 de lucro no PokerStars.
Akkari tem história. Akkari é história, com mais um capítulo sendo registrado aqui e agora, dez anos após a conquista daquele histórico bracelete.
Leia também as outras partes:
Parte 1 - A volta do Poker ao vivo
Parte 2 - O Primeiro Milionário do Poker Online Brasileiro
Parte 3 - Mudando para os Estados Unidos
Parte 4 - Da sociedade com Ronaldo à "filha" Fúria
Parte 5 - O primeiro jogador de Poker a ser patrocinado por uma marca esportiva
Parte 6 - O maior embaixador do Poker(Stars)
Parte 7 - O melhor amigo Neymar Jr.
Parte 9 - Revezamento da tocha olímpica e conversa com Bial
Parte 10 - A Grande Conquista
