DEZ ANOS DO BRACELETE

Parte 6 - O maior embaixador do Poker(Stars)

Confira a sexta parte do especial 10 Anos do Bracelete de André Akkari


 

24/06/2021 19:05
Parte 6 - O maior embaixador do Poker(Stars)/CardPlayer.com.br


Junho sempre foi especial para o poker. Mês da WSOP, de muitos braceletes sendo distribuídos. E apesar da pandemia ter mudado este cenário, em 2021, um brasileiro, em especial, tem o que celebrar.

No próximo dia 28, a conquista de um dos braceletes mais icônicos do Brasil faz aniversário. Há 10 anos André Akkari vencia Nachman Berlin, no heads-up do Evento #43 da World Series of Poker 2011, e embolsava US$ 675.000.

Para comemorar esta data histórica, a Card Player preparou uma série de 10 matérias sobre o principal embaixador do poker brasileiro.

Chegamos à reta final da nossa série e vocês leem agora sobre uma das mais longevas parcerias da história do poker, afinal dificilmente existiria Akkari sem PokerStars.

Dizer que Akkari é o maior símbolo do poker brasileiro extrapola os feltros. É difícil até mensurar como ele se destacou mais, jogando ou atuando para que o poker fosse reconhecido como um jogo de habilidade.

Para o PokerStars, ele sempre atuou de maneira perfeita nas duas frentes. Já são mais de 14 anos desde que o primeiro contrato de patrocínio entre Akkari e PokerStars foi assinado. Desde então, ninguém está há tanto tempo como embaixador do site. Até mesmo Chris Moneymaker e Daniel Negreanu, que qualquer um juraria que teriam em seus epitáfios algo como “eternos jogadores do PokerStars”, deixaram o quadro de jogadores do site.

“O meu papel sempre foi ser o melhor embaixador que o PokerStars poderia ter. No começo, eles tinham uma perspectiva de colocar não o poker em destaque, mas a pessoa. Como o poker ainda não era bem visto pela sociedade em alguns aspectos, então a estratégia foi: você pode não encarar o poker como uma coisa legal, você pode misturar com jogo de azar, mas você vai falar mal do Akkari? Uma pessoa correta, ética, decente. E isso, de certa forma, protegia o poker”.

A verdade é que desde a década de 40, quando os jogos de azar foram proibidos no Brasil, o poker acabou sendo colocado no mesmo balaio que todos os jogos de cassino. Para que esse cenário mudasse, o Brasil precisava muito mais de pessoas que abraçassem essa luta do que de jogadores. Dentre essas pessoas, Akkari foi um dos líderes:



“Diferente de outros lugares no mundo, o Brasil sempre teve uma necessidade de missionários do poker. Nos outros lugares, os cassinos são permitidos. Se as pessoas acham que poker é jogo de azar, não tem problema, porque você pode jogar. Lá fora não precisava ter esse trabalho para provar que o poker é esporte, para validar o que o poker realmente é. No Brasil, se não tivesse briga, não tinha poker. Jogo de azar era proibido e o pessoal lá em cima achava que era jogo de azar e pronto. Foram várias idas para a delegacia, vários processos. A CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold’em) entrou em campo para reverter mais de 40 processos. E quando você luta por uma causa dessas é muito motivador, porque não é a minha causa. É a causa dos dealers, dos organizadores de torneios, dos outros jogadores de poker, da Card Player e por aí vai. Imagina quantas pessoas e quantas famílias isso impacta? Por essa necessidade de mostrar que o poker é um jogo de habilidade, a comunidade sempre foi muito unida. Quando fui à Câmara dos Deputados defender o poker, eu recebi mensagem pra caramba de apoio. O pessoal torcendo mesmo”.

O que muita gente não sabe é que tanto por meio do Akkari e da CBTH, custeando advogados e processos, o PokerStars sempre esteve presente. E muito dessa presença tem a ver com a forte atuação “akkariana” no Brasil, o que explica muito a longevidade dessa parceria.

“Eu sempre mostrei ao PokerStars a importância das batalhas jurídicas no Brasil e eles sempre me apoiaram. Se eu não pudesse ir para Macau jogar um torneio porque eu tinha que ir a Brasília participar de uma audiência sobre poker, eles me apoiavam e ainda se propunham a ajudar de outras formas. Em um certo momento, eles olharam para mim e pensaram: ‘O Akkari não é só um jogador de poker. Ele é uma instituição que carrega uma comunidade inteira com ele’. É diferente de você contratar o (Daniel) Negreanu. O Negreanu é o melhor jogador de poker que ele pode ser. Ele batalha por isso o dia inteiro. E ele faz coaching e desafia o melhor do mundo em heads-up. E é uma coisa completamente justa para ele. Ele não tem que ter a minha missão. Ele não tem que catequizar ninguém. Nos Estados Unidos, se você fala que é “gambler”, os caras acham legal para caramba. No Brasil, se você falar isso, é um viciado, filho da p***, doente. A vida inteira, eu vim para os EUA para jogar, então quando eu chegava aqui e falava que era jogador de poker, o pessoal pirava. O Brasil é muito atrasado em relação a isso. É muito conservador, religioso. Para mim, essa caminhada está sendo incrível. Contar com o apoio do PokerStars (e espero continuar contando por muitos anos) é muito legal. Saber que você defende uma marca que luta as suas lutas é gratificante”.

Quanto tempo a parceria perdurará, ninguém sabe dizer. Mas hoje, não tem como separar André Akkari e PokerStars em duas caixas diferentes. Ainda que um dia, eles parem de caminhar juntos, as experiências e o que eles conquistaram juntos os ligarão para sempre.

“Eu só tenho a agradecer ao PokerStars. Graças a ele vivi momentos únicos. Joguei os melhores torneios do mundo. Viajei para os lugares mais bonitos. E foi no meio dessa jornada que virei amigo do Neymar, do Ronaldo; e dei aulas de poker para caras como o (Rafael) Nadal e para o Slash (guitarrista do Guns N’ Rose). Momentos lendários, que só foram possíveis por ser o melhor embaixador que eu sempre procurei ser”.





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