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Card Player conversa com David “Doc” Sands

Profissional em perfeito equilíbrio



16/01/2013
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O norte-americano David “Doc” Sands começou 2013 com tudo. No primeiro grande evento do ano, o $100.000 Super High Roller do PokerStars Caribbean Adventure (PCA), o profissional ficou com a segunda colocação e uma premiação de sete dígitos, US$ 1.259.320.

No total, ele já conquistou na sua carreira 4,2 milhões de dólares em eventos ao vivo. Ele também não faz feio nos feltros online, onde é um “grinder” respeitável.

Antes de Sands brilhar no poker, ele tinha uma carreira sólida no tênis, mas uma contusão colocou fim ao seu sonho de profissionalização. O jogador aceitou falar sobre este e outros assuntos com o jornalista da Card Player, Brian Pempus.

Confira o bate-papo entre os dois.

Brian Pempus: Como que você conheceu o poker?

David Sands: Depois que me afastei das quadras, passei a jogar poker com os meus amigos e peguei gosto pelo esporte. Minha história é totalmente diferente da maioria dos profissionais. Posso te afirmar que nos primeiros três anos da minha carreira, nunca conversei com outras pessoas sobre o meu jogo, tudo o que eu aprendi no poker foi por conta própria.

BP: Por que você escolheu o poker, e não um esporte mais físico?

DS: O poker chegou para saciar essa sede de competitividade que eu ainda não havia perdido. Foi à forma que eu encontrei de ter adrenalina e rivalidade, sensações que eu jamais poderia encontrar em um esporte físico, uma vez que a minha saúde não permitia.

BP: Você parece ser uma pessoa tranquila, quais são as suas estratégias para conciliar a carreira no poker com a sua vida pessoal?

DS: Uma das coisas que eu tenho orgulho é do meu equilíbrio. Agora que sou um jogador profissional, não jogo todos os torneios ao vivo do calendário. Troco alguns eventos por tempo livre, que passo me exercitando e na companhia da minha família.

BP: Apesar do poker ocupar boa parte da sua vida, você conseguiu se formar na faculdade. Esse diploma é importante para você?

DS: Apesar de não usá-lo, eu tenho muito orgulho do meu diploma, afinal, ele representa uma batalha que eu venci. Foi muito difícil me formar, durante boa parte do meu tempo eu pensava se largava ou não os estudos.

BP: Você está satisfeito com o que já ganhou nos feltros?

DS: As pessoas que não me conhecem duvidam do que eu falo, mas eu não vou a um torneio para ganhar dinheiro. E também não ligo para o retorno sobre investimento (ROI). Eu faço a minha inscrição para competir e dar o melhor de mim. Estes são os únicos motivos que me fazem ir aos feltros.

BP: Você já conquistou diversos torneios ao vivo e online, o que falta para completar a sua sede de vitórias?

DS: Sinto que estou jogando realmente muito bem e que a minha vida pessoal esta da forma que eu desejo, mas quando chega a World Series Of Poker (WSOP), só consigo me concentrar no evento. O que falta é um bracelete.


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