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Leo Bello no Programa do Jô


Juliano Maesano

Terça-feira, 7 de outubro, foi uma data importante para a exposição do poker em âmbito nacional. Foi nesta tarde que Leo Bello esteve gravando a entrevista para o Programa do Jô, na Rede Globo, que foi ao ar na mesma madrugada. Leo esteve acompanhado de sua esposa, Raquel, e dos parceiros Leandro “Brasa” Pimentel e Devanir Campos, o DC. Na platéia também estavam alguns amigos e figuras importantes do cenário do poker nacional, como Thiago “Decano” e Humberto “Kima”.

Em um programa agitado pela entrevista e musicais do cantor Jerry Adriani, da época da Jovem Guarda, Leo ficou restrito a um curto bloco no final do programa. O apresentador Jô Soares pediu que Leo ensinasse o funcionamento do Texas Hold'em e também questionou o jogador sobre assuntos polêmicos, com declaração de ganhos advindos do poker no imposto de renda, a categorização ou não do poker como jogo de azar, e sua aceitação pela sociedade como uma prática competitiva ou esportiva. Leo manteve-se firme e conseguiu ser claro e direto nas diversas abordagens do apresentador, atingindo o objetivo de desmistificar um pouco a aura negativa por trás do nosso amado jogo e passando uma imagem saudável em sua forma de se expressar e se apresentar perante o público.

Jô também pediu que Leo comentasse uma cena de um filme, e soltou no telão um importante trecho do filme “A Mesa do Diabo”, “The Cincinnati Kid”, com Steve McQueen e Edward G. Robinson. O filme é de 1965 e foi dirigido por Norman Jewison. Leo explicou que aquele tipo de coisa, meio faroeste, não ocorre no poker de hoje em dia, com um jogador sacando mais dinheiro do bolso ou fazendo dívidas no meio de uma mão.

Mesmo com o curto tempo disponível, Leo conseguiu citar as conquistas de Leandro Brasa, Alê Gomes, André Akkari, Gualter Salles, e até falar da Confederação Brasileira de Texas Hold'em, além de explicar muito bem termos da lei brasileira e as diferenças entre o poker e um jogo de azar, como a roleta, o bingo ou a loteria. Foi uma pena que os responsáveis pelo programa decidiram editar estes trechos e tirá-los da versão final que foi ao ar na emissora, apesar de entendermos que a produção sofre das restrições naturais do tempo de tela disponível. De qualquer forma, ter uma pessoa esclarecida, preparada e bem apresentada como Leo Bello, pioneiro e autor de livros sobre poker, em um programa de audiência nacional, é uma ótima vitrine para o poker, em uma época em que toda e qualquer exposição positiva é muito bem-vinda.

Parabéns aos envolvidos, como a editora Nova Fronteira, e ao Leo Bello. Iremos continuar a lutar pela desmistificação do poker nos meios de comunicação e esperamos que em um futuro breve a sociedade e poder público possuam mais informação para a melhor aceitação da nossa prática.




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