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Perfil: Thais Guahyba

Conheça a mineira que cravou o Ladies Only do BSOP com apenas um blind



21/08/2014
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Thaís Guahyba está sempre presente nos grandes torneios ao vivo do País. Ela, que representou Minas Gerais nas duas edições do Campeonato por Equipes, cravou o Torneio Ladies do último BSOP, realizado Brasília, depois de ter apenas um blind.

Confira agora nosso bate papo com esta bela mineira. Psicóloga por formação, ela agora dedica integralmente seu tempo aos feltros — ao vivo e online.

Como você conheceu o poker?

Por acaso, na TV. Fiz o download de um site e comecei a jogar playmoney (dinheiro fictício), depois depositava uma quantia pequena e jogava limites micro, mas só para me divertir mesmo. Quando me casei e me mudei para uma cidade pequena, o poker acabou servindo como uma válvula de escape.

Você sempre teve o apoio da família?

No começo, não. Ainda hoje, alguns familiares não entendem bem o que faço, mas aos poucos essa rejeição com relação a minha nova profissão tem mudado.

Você é psicóloga por formação. Ainda trabalha na área ou está 100% focada no poker?

Trabalhei na área desde que me formei, mas não atuo como psicóloga desde 2010. Agora que me profissionalizei, dedico 100% do meu tempo ao poker.

Quando resolveu se profissionalizar?

Em 2012, com a criação do Betmotion Ladies Team. Na época, foi muito bom para mim ter o coaching e o gerenciamento de imagem oferecido por eles. O projeto durou pouco mais de um ano e agora busco mais aprimoramento pra evoluir, tanto no online quanto ao vivo.

Como foi ser Campeã do Ladies na última etapa do BSOP? Com apenas um blind, você conseguiu um recuperação fantástica e cravou o torneio. Como foi essa conquista?

A sensação é muito boa quanto a gente vê surgir o resultado de tanto estudo. Joguei o torneio bem tranquila. Para poder crescer, foquei em jogadoras que não eram regulares. O torneio foi afunilando e o nível técnico aumentou. Segui short para a FT e em um all-in triplo, no qual eu tinha 9-9, perdi e fiquei com um blind. Consegui dobrar duas vezes seguidas. Quando meu stack estava grande, consegui impor um jogo agressivo e roubar muitos blinds. Quando restavam quatro jogadoras, eu era chip leader. Depois, foi só manter a calma pra fazer as jogadas mais lucrativas. A conquista veio no momento certo e estou muito feliz com meu jogo.

Como é a sua rotina de trabalho? Você se dedica mais ao online ou aos torneios ao vivo?

Minha rotina é mais focada online. Procuro joagar todos os dias e folgar nos fins de semana, que é quando viajo para ficar com a família. Como onde eu moro atualmente não tem clube de poker, eu acabo ficando restrita a viajar para jogar os torneios maiores. Mas, no futuro, pretendo conciliar os dois na minha carreira.

Após sua saída do Ladies Team, quais são seus novos planos para o futuro?

Continuo com a parceria e o patrocínio do Betmotion, e lá dentro estou com um novo time, o The King’s. O intuito é o de evoluir como jogadora online. Os planos são de estudar mais, ter coaching, acompanhamento e melhorar os resultados.

Você tem uma rotina de estudo?

Sim, fiquei os últimos três meses mais por conta dos estudos. Li alguns livros, acompanhei amigos em sessões etc. Agora, com o time novo, tenho uma rotina de grind online, coaching, reviews e acompanhamento diário que tem me ajudado muito.

Qual momento mais difícil na sua carreira? E o mais gratificante?

Acho que para a grande maioria dos jogadores, o momento mais difícil é a rejeição da família, quando decidimos que queremos essa profissão. Felizmente, hoje, tenho o apoio do meu marido. O momento mais gratificante, sem dúvida, foi a recente conquista do troféu de campeã do Ladies Event no BSOP, em Brasília.

Dicas para as mulheres que desejam se profissionalizar no poker.

Primeiramente, não se intimidar com um mercado muito masculinizado. Nossa representação como jogadoras ainda é de 5%, mas vejo esse panorama mudando nos próximos anos. Busquem material na internet, está cheio de bons artigos para iniciantes online, e estudem muito.

BATE-BOLA:

Atividade física: Spinning.
Ídolo: Meu pai.
O que te faz recarregar as energias: Viajar.
Livro que estás lendo: Kill Everyone - Estratégias Avançadas Para Torneios, da Raise Editora.
Time de futebol: Flamengo.
Perfume: FlowerBomb, de Victor&Rolf.
Pratos favoritos: Comida japonesa e massas.


Khatlen Mitzi Guse

Generalista autoproclamada, a cofundadora do Barbarella Poker é uma típica gaúcha que adora falar muito sobre tudo...o que realmente interessa. Isso inclui poker, economia, moda e, claro, o esquema tático do Internacional.


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