Na estreia da nossa seção “Mãos Antológicas”, uma mão que é considerada, por muitos, o divisor de águas do poker moderno.
Nela, Chris “Moneymaker”, então um contador, aplica um blefe inacreditável em Sam Farha, um dos jogadores mais conhecidos do mundo, no duelo final do mais importante torneio de poker do mundo. Norman Chad narrava a disputa na época e denominou a jogada como o “blefe do século”.
Farha nunca se recuperou do baque. “Moneymaker” conquistou o título e o prêmio de US$ 2.5 milhões, ganhou fama e tornou-se referência para todas as pessoas comuns que sonham com a glória e fortuna que o poker pode trazer.
A MÃO
Os blinds estavam em 20.000/40.000. Chris “Monyemaker” tinha 4.620.000 fichas e Sam Farha, 3.770.000. Antes do flop, “Moneymaker” era o primeiro a falar e aumentou para 100.000 fichas. Farha pagou, no big blind.
O flop deu o maior par para Farha, que pediu mesa. “Moneymaker” fez o mesmo.
A carta do turn manteve Farha à frente, mas, agora, “Moneymaker” tinha a chance de completar uma sequência e um flush. Farha tomou a iniciativa e apostou 300.000. “Moneymaker” não se intimidou e aumentou para 800.000. Farha pagou.
O river, a última carta virada, manteve Sam Farha com a melhor mão. Ele pediu mesa, e viu Chris “Moneymaker” apostar todas as suas fichas. Farha tinha menos fichas. A decisão valia sua vida no torneio. Depois de ponderar por algum tempo, ele acabou desistindo da melhor mão.
O editor da revista Card Player Brasil se considera um sujeito humilde e trabalhador, mas há controvérsias. Acredita ser um gênio dos fantasy games.