EDIÇÃO 84 » MISCELÂNEA

The Book is on The Table - Segredos do Pot-Limit Omaha - Short-Handed


Redação
Capítulo 6 – Entendendo o PLO high stakes (P.236)
Neste capítulo, discutirei algumas das mãos mais interessantes que eu joguei recentemente. A maioria dos jogadores são oriundos dos jogos de $200-$400 do Full Tilt, nos quais se reúnem alguns dos melhores e mais talentosos jogadores de PLO. Reuni mãos que são interessantes e informativas, mesmo quando em algumas delas eu tenha tomado algumas decisões absurdas e cometido erros estúpidos. Assim, de forma alguma este capítulo pretende mostrar com alguém deve jogar. Mas deve conter material interessante o bastante e jogadas avançadas para ajudar a pensar em um nível mais alto.
 
Mão 1: $200-$400 PLO
 
A primeira mão que vou discutir neste capítulo é uma ação com três jogadores no Full Tilt Poker. Estou no button, somente com 40 bbs, contra appsgirl, e CHUFTY, regulares nos jogos high stakes.
 
Posição 1: Rob Hollink ($16.796) | joga no button
 
Posição 2: Gus Hansen ($97.098) | fora do jogo
 
Posição 4: appsgirl ($133.070) | posta o SB de $200
 
Posição 5: CHUFTY ($23.661) | posta o BB de $400
 
Rob Hollink: A25Q
 
Pré-flop (pote = $600/três jogadores)
 
Rob Hollink (A25Q) dá raise para $800
 
appsgirl paga $600
 
CHUFTY dá fold
 
Um raise de $800 com a minha mão, do button, justifica este jogo com três participantes. Appsgirl paga do small blind e CHUFTY descarta. A razão de eu simplesmente ter feito tudo $800, em vez de $1.400, é que eu acho que agora posso pagar um reraise aqui mais ou menos lucrativamente, o que eu não seria capaz de fazer se tivesse dado raise pré-flop para $1.400.
 
Flop J10Q (pote = $2.000/dois jogadores)
 
appsgirl dá check
 
Rob Hollink (A25Q) aposta $1.600
appsgirl paga $1.600
 
Apostar no flop ou não é uma decisão importante nesta mão. Quando eu não aposto nesse flop, na verdade estou desistindo. Contra muitos jogadores, não apostar nesse flop levaria a uma aposta deles no turn. Pagar uma aposta no turn já seria difícil, e pensar sobre a possibilidade de que ele disparará novamente no river, torna este call ainda mais difícil. Assim, eu gosto da minha aposta aqui, uma vez que me dará muitas informações. Ele poderia facilmente dar fold quando tivesse mais ou menos a mesma mão que tenho, é claro, que é muito boa. Além do mais, eu sei que quando ele me pagar, provavelmente tem uma mão melhor. Quando ele der raise, eu não tenho qualquer problema em descartar a minha mão. Nesta situação, ele principalmente está à frente, e quando ele der raise com um blefe, também está bom para mim porque, a longo prazo, tais jogadas custarão algum dinheiro a ele.
 
Turn J10Q Q (pote = $5.200/dois jogadores)
 
appsgirl dá check
 
Rob Hollink (A25Q) dá check
 
No turn vemos a Q e appsgirl dá check. Vamos examinar esta situação. O pote é de $5.200 e eu tenho $14.400 restando. O meu palpite inicial aqui é apostar novamente e pagar quando tomasse um raise. Mas, realmente é o melhor plano? Vamos tentar calcular as suas mãos possíveis e a nossa jogada ideal contra elas.
 
Ele poderia ter qualquer das mãos A-K-x-x, K-9-x-x, 9-8-x-x, Q-Q-x-x, J-J-x-x, 10-10-x-x, Q-J-x-x, Q-10-x-x, J-10-x-x e algumas mãos com um par com um rei ou um nove, como K-Q-x-x ou Q-9-x-x. Quando eu aposto o pote aqui, o que são $5.200, e ele dá um raise all-in, tenho bastante certeza de que ele me vence (exceto talvez com K-Q-x-x ou Q-9-x-x). Pare descobrir se eu posso pagar aqui, tenho que usar um pouco de matemática. Tenho que pagar $9.200 pagando o raise dele para ganhar $24.800, o que é um pouco melhor do que 2,5-1. Contra todos os straights e J-J-x-x e 10-10-x-x, terei 10 outs e contra mãos como Q-J-x-x e Q-10-x-x, tenho somente três outs. Assim, eu não posso pagar um check-raise dele no turn, onde tenho somente 2,5-1, a menos que haja uma boa chance de ele estar blefando, mas isto não é provável.
 
Assim, a única razão para apostar no turn é tentar fazê-lo dar fold com K-9 ou 9-8. Eu acho que há uma boa chance do meu oponente ter uma destas duas mãos, mas eu não o vejo descartando diante de uma aposta no turn. Em jogos short-handed a maioria dos jogadores tentará a dar check-raise no turn com o straight não nuts. Jogando com o segundo ou terceiro straight desta forma, provavelmente seja a jogada ideal quando a mão começar com 40 ou 50 bbs. Você deixa o seu oponente colocar muito dinheiro e então dá check-raise no turn — esperando que a sua mão seja boa. Essa seria uma boa estratégia, especialmente contra um jogador agressivo. Espero ter explicado claramente porque eu não gosto de apostar no turn aqui e, em vez disso, partir para uma carta grátis no river.
 
River J10QQ10 (pote = $5.200/dois jogadores)
 
appsgirls dá check
 
Rob Hollink (A25Q) dá check
 
Rob Hollink mostra A25Q, para uma trinca de damas
 
applsgirl mostra 8Q99, para um um straight até dama, ganhando o pote de $5.200.
 
O 10 é a nossa carta no river. Appsgirl dá check assim como eu. As minhas razões para um check são que a chance de eu estar perdendo é muito grande e eu não seria capaz de tirar do jogo uma mão melhor. Além do mais, não posso fazer uma mão pior pagar muito dinheiro. Assim, não há razão para apostar de forma alguma. 
 
E quanto ao check dele no river, foi bom ou não? Eu gosto de dar check no river. Do ponto de vista dele também não está claro se ele está vencendo ou não; eu poderia ter um straight melhor, mas eu também poderia não ter nada. Apostar custaria dinheiro contra mãos melhores, que poderiam dar check depois dele (os straights melhores), e ele não seria capaz de fazer uma mão melhor dar fold. É claro, eu presumo então que ele pagaria uma grande porcentagem das apostas que eu fizesse no river.
 
TÍTULO: Segredos do Pot-Limit Omaha – Short-Handed (Secrets of Short-handed Pot-limit Omaha: How to Beat PLO Games with Six or Fewer Players)
AUTORES: Rolf Slotboom e Rob Hollink
NÚMERO DE PÁGINAS: 370
PREÇO: R$ 77,90



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