EDIÇÃO 36 » ESTRATÉGIAS E ANÁLISES

Algumas Mãos de Pot-Limit Omaha

Uma análise de estratégia


Jeff Hwang

Eis algumas mãos da mesa de Pot-limit Omaha $1-$2 com bring-in de $5 e buy-in máximo de $500 que alguns dos jogadores locais e eu começamos recentemente no Venetian, em Las Vegas. Escreverei mais sobre essa mesa em uma edição futura.

Mão No. 1: 3-Bet Pré-flop, Segundo Tiro Atrasado Blefando em um Bordo com Par Virado
Minha posição: Hijack
Minha mão: 10 8 7 4

Pré-flop: Um jogador em middle-position ($500) abre raise de $10. Eu ($700) volto reraise para $25. A mesa roda em fold até o big blind ($600), que dá call. O jogador em middle-position também paga.
Essa é uma 3-bet light para isolar o raiser pré-flop. Não funcionou.

Flop ($76): 9 9 5. Ambos os oponentes pedem mesa. Eu também.

Esse não é um spot muito bom para uma continuation-bet, já que eu ou um dos meus oponentes podemos facilmente ter um 9 na mão. Além disso, tenho uma queda para straight na gaveta.

Turn ($76): 5. Ambos os oponentes pedem mesa.

O 5 não parece mudar muita coisa. Levando em conta que ambos os oponentes pediram mesa duas vezes, é muito menos provável que um deles tenha uma trinca de noves.

Ação: Eu aposto $50. O big blind paga. O jogador de middle-position dá fold.

Isso é interessante, pois agora se torna nítido que estou perdendo, provavelmente para um overpair ou uma trinca. O que é menos claro é se eu devo ou não atirar outra aposta no river caso ele peça mesa.

River ($176): A. Meu oponente pede mesa.

Esta pode ser uma ótima carta. Obviamente, não tendo acertado o straight, eu não posso ganhar pedindo mesa. Só que, até agora, meu plano tem sido consistente com A-A-X-X: seria inteiramente plausível que eu desse 3-bet pré-flop com A-A-X-X, pedisse mesa com ases no flop para controlar do pote, e então apostasse no turn. Dito isto, se eu apostar aqui, representando A-A-X-X pelo maior full house, posso tirar meu oponente com um par (como K-K-X-X ou Q-Q-X-X) ou até uma trinca do pote com um blefe.

Ação: Eu aposto $150. Meu oponente dá fold, mostrando um 5 para uma trinca de cincos.

Mão No. 2: Detectando um Blefe com um Check-Call
Minha posição: Under the gun
Minha mão: A J 10 5

Pré-flop: Eu ($500) entro de limp. A mesa roda em fold até o button ($500), que paga. O small blind dá fold. O big blind ($500) paga.

Este é um call marginal do UTG. Geralmente, eu preferiria ter um ás suited ao jogar fora de posição, mas estou bem confortável nesta mesa.

Flop ($16): J 8 4. O big blind dá check.
Tenho top pair com queda para flush e devo apostar com essa mão, restando apenas o button para falar depois de mim.

Ação: Eu aposto $15, e só o button dá call.
Turn ($46): A.
Eu agora tenho um flush, embora não seja o nuts. Também tenho dois melhores pares para uma queda para full house. Diante disso, o debate aqui é entre tomar a iniciativa e dar check-call. E a decisão é amplamente favorável a dar check-call em qualquer aposta, por diversas de razões.

A primeira é que, se meu oponente estava com uma queda, era para straight e/ou flush. O problema de apostar é que meu ele provavelmente dará fold se fosse um straight draw, caso em que ele poder apostar se eu pedir mesa; além disso, se ele estava em uma queda para flush, é provável que ela me derrote. E mais, se meu oponente realmente tiver completado um flush maior e eu estiver perdendo, não quero apostar e ser tirado da minha queda para full house com um raise. Enquanto isso, o A no bordo torna menos provável que meu oponente tenha um flush maior, já que é mais típico que os jogadores estejam com queda para o nuts.

O jogo de porcentagens aqui é dar check-call em qualquer aposta e conceder ao meu oponente a chance de blefar quando estiver atrás. Se eu não melhorar no river, o jogo novamente será dar check, e neste ponto terei que usar meu julgamento da situação para decidir se devo ou não dar call em uma aposta.
Ação: Eu peço mesa. Meu oponente aposta $45. Eu pago.

As coisas estão indo como planejado.

River ($136): 7. Peço mesa. Meu oponente também, e anuncia que tem um straight. Eu venço.
Mão No. 3: Blefe Atrasado com um Ás Seco
Minha posição: Button
Minha mão: A K Q 7

Pré-flop: O jogador do UTG abre o pote com um raise de $10. Dois jogadores dão call depois dele. Eu ($500) pago. O small blind dá fold. O big blind dá call.

Esse é um call bem marginal, mas eu estou no button.

Flop ($51): J 8 7.

Tenho um ás seco.
Ação: A mesa roda em check até o jogador à minha frente ($450), que aposta $35. Eu dou call, e o resto dos jogadores dá fold.

Pensei que era hora de tentar algo diferente. Achei que quem apostou tivesse ou um flush que ser o nuts ou então nada. De qualquer forma, espero vencer a mão. Se virar um par no bordo, posso representar uma trinca flopada; caso contrário, posso representar um slowplay com o nut-flush.

Turn ($121): 3. Meu oponente pede mesa. Eu aposto $100. Meu oponente dá call.
Acho que ele quase certamente tem um flush.

River ($321): 9. Meu oponente pede mesa.

Há apenas uma jogada a se fazer aqui: apostar.

Ação: Eu aposto $200, e meu oponente dá fold.




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