Greg Mueller começou a jogar poker enquanto jogava hóquei profissionalmente, e começou a levar o jogo a sério depois que se aposentou do hóquei em 1999. Desde então, obteve sucesso considerável em torneios, tanto online quanto ao vivo, com ganhos de quase $1,8 milhões. Ele tem uma mesa final do World Poker Tour no currículo e, depois de decepcionantes segundos lugares em eventos preliminares da World Series of Poker em 2007 e 2008, ele ganhou dois braceletes de ouro esse verão. Mueller recentemente conversou com a Card Player TV para falar sobre dimensionamento de raises pré-flop.
Kristy Arnett: Quando você está jogando um torneio e resolve aumentar, qual é o tamanho do raise que você faz quando não há limpers antes de você?
Greg Mueller: Normalmente, gosto de jogar potes pequenos e dar raises baixos. Se muitas pessoas forem pagar depois, eu posso aumentar um pouco meu raise se estiver tentando diminuir o field. Depende do que eu estiver pretendendo alcançar.
KA: Há alguns anos, todo mundo aumentava de três a quatro vezes o big blind. Por que você acha que isso mudou?
GM: Eu acho que o jogo está mudando. As pessoas querem enfatizar mais a habilidade e menos a sorte, assim, quanto menor for o pote, mais você tem mobilidade para jogar, e pode dar mais folds. Se dois jogadores estiverem basicamente comprometidos pré-flop, as opções são um all-in e um call no flop. Acredito que as pessoas queiram jogar mais poker, então quanto menos coisas acontecerem pré-flop e no flop, mais as pessoas têm a chance de fazer three- e four-bets à medida que a mão é jogada.
KA: Como você se ajusta ao número de limpers que estão no pote antes de você?
GM: Como eu disse, tudo depende de como o jogo está fluindo, de quantas fichas você tem, de você querer ou não construir um pote ou levá-lo logo ali, e de se você quer que as pessoas achem que você tem uma mão fraca ou forte. Tudo realmente depende de um número de variáveis. Por exemplo, se houver quatro limpers e você quiser levar o pote com A-K, deve fazer um aumento maior. Se estiver disposto a jogar um flop com J-10 suited, pode construir um pote fazendo um aumento menor. Você nem sempre tem como saber quanto exatamente vai aumentar.
KA: Mais tarde em um torneio, quando há uma relação estoque-pote menor, um mini-raise pode ser correto?
GM: Claro. Tudo depende sempre da situação — para mim, pelo menos. Eu não tenho esse X e M’s e bb’s e essas coisas todas de que todo mundo fala. Eu nem sequer sei o que significam, para ser honesto. Eu apenas olho para a situação: De quem é o big blind? Esse cara dá fold? Se você estiver jogando contra um blind muito tight que é capaz de dar fold e você estiver short-stacked e não quiser arriscar todas as suas fichas, pode fazer um raise pequeno para obter informações, talvez um mini-raise para ganhar todo aquele dinheiro no meio seja correto. Se estiver jogando contra um maníaco que vai lhe testar, você pode deixar claro que está comprometido e fazer um aumento maior.
KA: Realmente é muito importante levar em conta o tipo de jogador com quem você está competindo. Então, digamos que haja alguém no big blind que goste de ver flops. Se você tiver uma mão muito boa, deve dar um raise maior, pois sabe que ele vai pagar, certo?
GM: Exatamente. Se eu souber que ele vai dar call com quase qualquer coisa, vou dar um raise maior que o normal e construir um pote. Assim, talvez ele acerte um top pair no flop e continue no pote, e agora eu vou ganhar um pote maior. Depende de quem esteja no blind e de como o está o ritmo da mesa. ♠