EDIÇÃO 116 » MISCELÂNEA

Quando eu era um Donkey: Ian Ohara


Redação

Nesta seção, a Card Player pede a alguns dos melhores jogadores do mundo que relembrem como foi o começo no poker e como eles superaram suas deficiências e falhas para se tornarem os profissionais que são hoje.

Logo após terminar o colegial, Ian Ohara decidiu se tornar um jogador profissional. Mas com apenas 19 anos, ele só podia jogar em alguns cassinos e casas locais. Ainda assim, ele conseguiu acumular mais de 250 mil dólares até seu aniversário de 21 anos.

Quando finalmente teve idade suficiente para competir por todo circuito, Ohara conseguiu alguns números impressionantes. Em agosto de 2015, ele faturou US$ 527.000 pelo vice no high roller de US$ 25.000 do Seminole Hard Rock Poker Open. No mesmo ano, ele fez mesa final no WPT Poker Classic. Em setembro do ano passado, mais um prêmio de seis dígitos no Coco Poker Open, em que ganhou US$ 212.000 ao se sagrar campeão. Hoje, ele fala sobre falhas no jogo short stack.

Em 2012, quando comecei a jogar torneios para viver, eu tinha bastante dificuldades em jogar com poucas fichas. Você deve pensar que isso é bobagem, já que não há muito o que fazer com poucas fichas, mas eu metia o pé pelas mãos com bastante frequência.

Eu tinha muitas falhas quando possuía entre 12 e 15 big blinds, como dar call pré-flop em aumentos com suited connectors ou pares pequenos, esperando que eu pudesse acertar uma mão grande. Às vezes, eu até entrava de limp com essas mãos. Se você tem menos de 15 big blinds, você realmente não deve entrar de limp e nem dar call, a não ser que esteja fechando a ação. Levou um tempo até que eu percebesse como eu estava me prejudicando cometendo esses pequenos erros.

O engraçado é que nos dias de hoje, há muitas jogadas criativas quando se tem poucas fichas.  Você ainda não pode jogar passivamente, mas há muitas opções além de esperar e ir all-in.

Stop-and-go (quando você paga pré-flop fora de posição e vai all-in em qualquer flop) ainda é usado, mas agora os jogadores não o fazem a não ser que tenha acertado o bordo de alguma maneira, mesmo que seja um par fraco ou algum draw. A razão para isso é que os jogadores estão mais confortáveis jogando com stacks abaixo de 10 big blinds.

Eu ainda gosto de ser o agressor quando estou short. Nunca tive muito crédito por ter uma mão de valor, desde que eu era jovem, então não me importo de colocar 12 big blinds no centro da mesa antes do flop. Para mim, na maioria das vezes, não há necessidade de fazer armadilhas.




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