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The Book Is On The Table - Não Dê Ouvidos a Phil Hellmuth


Redação
E se tudo o que você pensou que sabia sobre o poker passar a ser errado? Não Dê Ouvidos a Phil Hellmuth marca não apenas uma revolução no poker, mas também uma evolução. Para você que há muito tempo deseja saber por que seu jogo não dá um salto em lucratividade, a resposta chegou em forma de uma pergunta: Você já considerou que muito do que se mantém hoje da teoria tradicional do poker esteja errado? Você reconhece qualquer destas crenças comuns?  Com o seu novo livro, os autores Dusty Schmidt e Paul Hoppe se concentram em desmontar as 50 maiores falácias no poker — muitas das quais são consideradas pilares do jogo. Ninguém é poupado: campeões mundiais, comentaristas de televisão, até mesmo os próprios autores. De modo geral, Não Dê Ouvidos a Phil Hellmuth é uma bomba devastadora na velha guarda do poker, um choque para o sistema coletivo de jogo. 
 
CONCEITO EQUIVOCADO Nº 42 (p. 159)
Quando uma linha de jogo não fizer sentido, pague
 
Há ocasiões nas quais você toma um raise no river e pergunta a si mesmo: “Que diabos este sujeito poderia ter? A linha de jogo dele não faz sentido”.
 
Quando um jogador difícil, um jogador errático ou um jogador agressivo der um raise em uma situação na qual há poucas mãos legítimas que ele possa ter, você normalmente deve pagar com as suas mãos pegadoras de blefes. Se for difícil terem uma mão forte, eles não precisam blefar com tanta frequência para você ter um call lucrativo.
 
Considere o seguinte exemplo.
 
Você dá raise com o seu par de Ases, do hijack. O big blind paga. O flop vem K74. Ele dá check, e paga a sua aposta. O turn é outro 4 e outro check-call do big blind. O river é um 2, que não completa o flush. Você aposta, esperando ter a melhor mão e que o seu oponente pagará com um Rei. Em vez disso, ele dá check-raise all-in.
 
O que ele possivelmente poderia ter? Por que ele faria slowplay com uma trinca aqui? Como ele poderia ter um 4? Por que ele pagaria no flop e no turn com par de Dois? É muito improvável que o seu oponente tenha alguma coisa com a qual valha a pena dar check-raise all-in por valor. Fazer slowplay como uma trinca no flop ou no turn não faz sentido, especialmente com todos os draws no bordo. Par de Dois normalmente daria fold antes do river, e mesmo se não, há apenas três combinações.
 
Contra um jogador com qualquer nível de indução ao erro, você deve pagar. Mas e quando você estiver contra um profissional? O tipo de jogador que está grindando em 16 a 24 mesas durante todo o dia, empregando uma estratégia mecânica e acumulando VPPs no PokerStars. Tão improvável quanto é para ele dar fold com uma mão forte, é ainda menos provável para ele dar fold diante de um blefe. Essa jogada não está no manual dele. Não importa quão improvável seja o seu oponente ter você vencido se ele simplesmente não for capaz de blefar dessa forma.
 
Contra um jogador sólido, você está apenas distribuindo dinheiro dando call nesse river. Se você pagar, sempre vai olhar para o nuts. Por que pagar pelo privilégio? Você já sabe o que ele tem. Não coloque 100% do seu dinheiro no pote com 0% de equidade. É tão ruim quanto dar fold com o nuts contra um all-in.
 
A anotação mais útil que você pode ter sobre um jogador é que ele é capaz de fazer alguma coisa que você não esperaria dele. Qualquer um pode fazer uma jogada no flop. Para alguns jogadores, isto será apenas uma c-bet. Outros podem dar raise sem nada. A quantidade de jogadores que pode dar raise sem nada ainda é muito pequena. E a quantidade de jogadores que pode fazer um float complexo em diversas rodadas, empurrar no river como blefe, bem, é tanta quanto o ar nas Montanhas Rochosas. Já viram alguém rebater uma bola de beisebol no Colorado?
 
TÍTULO: Não Dê Ouvidos a Phil Hellmuth (Don’t Listen to Phil Hellmuth)
AUTORES: Paul Christopher Hoppe e Dusty Schmidt
PÁGINAS: 274
PREÇO: R$ 64,90
DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com
 



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