Quando pisou na sagrada grama do All England Club, em 1985, Boris Becker não tinha sequer idade para dirigir pelas ruas de Londres se quisesse. Aos dezessete anos, sua família e seu treinador Ion Tiriac ficaram com o coração na mão quando o jovem decidiu ir para Londres. Caso vencesse alguns jogos, ótimo, mas o essencial era continuar com a confiança intacta, afinal, ele era o futuro da Alemanha no tênis.
Apesar de ter vencido o Queen’s Club, principal torneio preparatório para Wimbledon, o alemão não figurava no grupo dos favoritos. Nem entre os cabeças de chave ele estava, e, para chegar à final, o alemão precisaria derrotar nomes do calibre de Ivan Lendl, Joakim Nyström, Yannik Noah e Matts Willander. E ele conseguiu. No dia 22 de maio de 1985, ao vencer o 10º game do quarto set, Boris Becker se tornou o tenista mais jovem a conquistar o título de Wimbledon.
Após sua primeira vitória em um Grand Slam, o mundo parou para observar aquele gigante loiro da cidade de Leiman, da Alemanha Ocidental. Valente, habilidoso e arrojado, quando Boris Becker subia a rede não havia nada que ele deixasse de fazer para matar o ponto. Saltos perigosos em direção à bolinha ficaram imortalizados, e, a cada jogada, o tenista mostrava àquele clássico esporte que também era honrado se sujar em prol da vitória.
Em 1986, mais “experiente”, o jogador voltou a vencer o torneio de tênis mais importante do mundo. Na final, seu adversário era o tcheco Ivan Lendl, na época líder do ranking da ATP (Association of Tennis Professional). Com a coragem de um adolescente rebelde, Boris Becker não teve vergonha de levar o veterano para um passeio, e em sets diretos se tornou bicampeão de Wimbledon.
Aposentado desde 1999, Boris Becker se despediu das quadras com seis títulos de Grand Slam, três deles na grama de Wimbledon (1985,1986, 1989), dois no Austrália Open (1191, 1996) e um em Nova York, no U.S Open (1989). Em 1991, o jogador chegou à posição de número um do mundo e ficou 12 semanas na liderança do ranking. No ano seguinte, foi campeão olímpico em Barcelona, ao lado do seu compatriota Michael Stich.
Seu envolvimento com poker começou após sua aposentadoria no tênis. Entusiasta da modalidade, sempre apoiou o esporte. Seus resultados em alguns torneios ao vivo chamam a atenção.
Em novembro de 2007, assinou contrato com o principal site de poker online do mundo, o PokerStars. Membro do Team PokerStars Sportstar, o alemão participa dos principais torneios do planeta, principalmente aqueles que ocorrem na Europa.
No online, caso você trombe com o nick “Boris Becker”, prepare-se para enfrentar um adversário capaz de lutar até a última ficha do seu stack.
Outros Tenistas
Sem o mesmo sucesso no tênis, mas com prestígio semelhante no poker estão outros tenistas que participam de torneios em seu tempo livre. Os ex-tenistas argentinos Gastón Gaudio e Mariano Zabaleta são figurinhas conhecidas em alguns eventos do LAPT (Latin America Poker Tour). Já o francês Gael Monfis, sempre que há uma brecha entre os torneios e os treinamentos, corre para os feltros do EPT (European Poker Tour).
Especialista em esportes desconhecidos, encontrou no poker um porto seguro. Converse com ele cinco minutos, e ele vai citar umas cinquenta pessoas. Vinte delas não existem, dez você não conhece e o resto ele falou o nome errado.
