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Akkari Team Feminino — Parte II

Bate papo com Renata Teixeira, Patrícia Leite, Chaiane Araújo, Ketelin Stachelski e Tatiane Schmitt.



22/04/2014
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Dando continuidade à nossa matéria sobre o projeto Akkari Team Feminino, conversamos agora com Renata Teixeira, Patrícia Leite, Chaiane Araújo, Ketelin Stachelski e Tatiane Schmitt, jogadoras que participaram desta primeira edição. Na terceira e última parte falaremos com Fernanda Lopes, Maíta Silva, Caroline Dupré, Erika Santana e Ully Miranda.

Confira o nosso bate-papo com as gurias:

Como foi fazer parte do projeto Akkari Team Feminino?

Renata: Apesar de ter feito coaching anteriormente, a experiência foi magnífica. Tanto em relação ao conteúdo quanto à vivência no QG com os profissionais.

Patrícia: Foi surreal, uma imersão dentro do mundo do poker. O projeto foi um passo importante rumo ao profissionalismo. Conviver com as feras Alê Braga e Pedro Padilha, e acompanhar o grind do Akkari me emocionou. Porém o que me marcou mais foi participar do BSOP e do MasterMinds, uma vez que eu nunca havia jogado live.

Chaiane: O projeto é fantástico, não tenho dúvidas que foi fundamental para o início de uma profissionalização por completa. Os pontos abordados no projeto reduziram o caminho e nos fizeram visualizar de forma mais rápida qual a melhor maneira de chegar à lucratividade. Eu vejo esse projeto como um livro que eu tinha nas mãos e que me foi aberto e explicado pelos profissionais que ali estavam. Sou muito grata a todos os envolvidos por toda esta experiência que eles me proporcionaram.

Ketelin: Foram 28 dias aprendendo, discutindo, jogando e vivendo o poker com pessoas apaixonadas pelo esporte. Levaria pelo menos 6 meses para aprender o que descobri lá dentro. Além do aprendizado, conheci André Akkari, Felipe Mojave, João Bauer, Nicolau Villa-Lobos, Larissa Metran e Pedro Padilha. Surreal.

Tatiane: Foi muito legal vivenciar o dia a dia de profissionais altamente gabaritados e aprender com a experiência deles.

Qual o conselho você daria para as mulheres que desejam viver do poker?

Renata: Antes de mais nada entender como é nossa rotina. Muitos não tem a ideia de quão dura é. Estudar sempre, além de praticar, é parte fundamental na evolução.

Patrícia: Seja corajosa, se é isso mesmo que você quer, corra atrás, se envolva em discussões de fóruns, grupos e participe de eventos. Se o longo prazo chega para os meninos, por que não para nós? No poker nada é impossível.

Chaiane: O conselho é seguir em frente, estudar, estudar e estudar, existe muito material gratuito na internet, não há impedimentos para se tornar um bom profissional. Quanto ao fato de ser mulher, eu sempre penso que é um fator positivo, pois os homens sempre acham que você não sabe jogar direito.

Ketelin: Que não se intimidem por ser um esporte masculino, pois o número de mulheres vem crescendo a cada dia. E o mais importante, não deixar que as emoções falem mais alto no momento de tomar as suas decisões.

Tatiane: Persistência. O caminho é longo, mas tudo pode ser alcançado com muito trabalho, determinação e perseverança. Deve-se traçar objetivos e a colocar metas para atingi-los gradativamente.

Como você se vê, atleta, antes e depois do curso?

Renata: Me sinto renovada, a sensação é como se tivessem tirado uma venda dos meus olhos, e me mostrado um novo caminho.

Patrícia: Sem dúvida com mais visibilidade, antes era apenas mais uma desconhecida entre tantas outras, agora a gente carregava um 'peso' de ser ex-akkari team micro.

Chaiane: A Chaiane de antes queria ser profissional, mas na verdade era apenas uma jogadora regular, achava que jogava bem por ter bons resultados, mas na verdade eu não tinha a mínima noção deste universo que é o poker. Hoje eu sei que tenho um longo caminho para me tornar a profissional que desejo ser, mas sei que chegarei lá e tenho as ferramentas para isso.

Ketelin: Cresci como pessoa e como jogadora de poker. Ouvi conselhos de profissionais sobre a rotina de um jogador, que não é feita só de glamour e vitórias, mas também de dedicação e paciência. Depois do curso tenho certeza de que é isso que quero fazer, que tenho o privilégio de acordar em uma segunda-feira com vontade de trabalhar, que uma vitória me traz mais alegria que o dinheiro, pois o dinheiro é apenas consequência, e acredito que todos os jogadores que tenham sucesso no jogo pensam assim.

Tatiane: Antes: uma amadora com um sonho enorme de se tornar uma jogadora profissional, porém ainda muito incipiente em relação ao profissionalismo e à técnica do jogo. Depois: com um maior embasamento técnico-filosófico, muita vontade de seguir evoluindo e com direcionamento para a carreira.

Projetos ou metas para 2014:

Renata: Este ano começou com tudo para mim no live. Cheguei bem no BSOP, Master Minds e cravei o CSH 15K. E agora que fui convidada a entrar no Akkari Team a ideia é evoluir ainda mais, tanto no live quanto no online. Pretendo continuar jogando live, que é minha paixão, porém evoluir no online, para assim me tornar uma jogadora completa.

Patrícia: Minha 1° meta sem dúvida é galgar o profissional, ainda não vivo só de poker, sou web designer freelancer, então tenho esse objetivo primordial pra 2014.

Chaiane: Este é meu ano na busca da profissionalização no poker, o ano que escolhi para decolar nesta carreira, espero até o final dele ter conquistado um Bankroll para jogar limites mais altos no online e no ao vivo

Ketelin: Focar principalmente nos torneios online e eventualmente torneios lives aqui em Curitiba.

Tatiane: A meta esse ano é corrigir leaks, aperfeiçoar a técnica, grindar muito e buscar a evolução constantemente.


Khatlen Mitzi Guse

Generalista autoproclamada, a cofundadora do Barbarella Poker é uma típica gaúcha que adora falar muito sobre tudo...o que realmente interessa. Isso inclui poker, economia, moda e, claro, o esquema tático do Internacional.


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