Perfil: Márcia Callegaro – A Campeã do Torneio do Rei

Ela foi a grande Campeã do Torneio do Rei, oferecido pela Copag em setembro. Essa bela gaúcha, mãe e empresária, não abre mão do esporte que ama, o poker. Cada vez mais dedicada e presente nos grandes torneios, ela contou pra gente como foi a vitória que lhe rendeu o buy-in do BSOP Millions, além de uma viagem com tudo pago para Las Vegas.

Acompanhe nossa entrevista em que Márcia fala de sua história, suas emoções, sobre a recente conquista e os planos para o futuro, que é se profissionalizar no poker.

Khatlen Guse: Como conheceu o poker? Você conta com o apoio da família?

Márcia Callegaro: Eu acompanhava meu marido nos torneios, acabei jogando, no LAPT-SP, em 2011, um torneio turbo e me apaixonei. Meus filhos torcem e me apoiam muito, dizem inclusive que têm orgulho de mim como jogadora. Torcem para eu ganhar um prêmio grande.

KG: Como é sua rotina no Poker?

MC: Bom, como meu foco é o jogo ao vivo, tenho procurado jogar nos clubes e torneio de amigos, enfim, tenho aparecido em torneios promovidos na cidade de Porto Alegre e também nos torneios de expressão nacional, como BSOP.

KG: Você é empresária, mas esta cada vez mais focada no poker, como está sendo este processo de profissionalização. É possível conciliar as duas atividades?

MC: No momento vivo um paradoxo, pois tenho muito desejo de ser uma jogadora de poker profissional, de viver do poker. Tenho muito sucesso na minha profissão, em que sempre fui vitoriosa. No momento, estou em busca de um patrocínio, jogar para algum time micro. Mas, sim, eu acredito que seja possível tocar tudo ao mesmo tempo, basta ter dedicação e vontade de vencer.

KG: Como foi a sua vitória Torneio do Rei da Copag, em São Paulo, em comemoração ao Dia do Baralho Copag?

MC: Bom, a conquista foi maravilhosa, mas a cereja do bolo foi o buy-in do BSOP Millions, que é um torneio que eu iria jogar de qualquer jeito. Realmente, ir para Vegas e ganhar o buy-in do Millions teve um sabor especial. Não foi muito fácil, pois joguei com 10 jogadores que não conhecia, alguns com experiência em torneios e em um ambiente bem diferente do qual estou acostumada. Música alta, muita gente em volta nos observando, fotógrafos etc. Entrei na mesa final com dois big blinds, em uma estrutura turbo, mas utilizei todo meu conhecimento e experiência para vencer. Estava bem focada e tudo deu certo.

KG: Qual momento mais difícil na sua carreira? E o mais gratificante?

MC: Quando fiquei o ano de 2013 sem jogar. Estava em processo de divórcio e isso me jogou pra longe do poker. Superei com muita fé, foco e com muitos amigos ao meu lado me incentivando. No fim de 2013, conheci a Flávia Manabela, que promove torneios entre amigos. Na verdade, o Home Game dela já está bem profissional, em que temos inclusive a Dona Marta, que agora vai jogar no time micro do André Akkari. Fiz muitos amigos, socializo bastante e tudo foi se estabilizando. O momento mais gratificante certamente foi quando conquistei o Torneio do Rei. Realmente foi um sonho poder ir para Las Vegas com tudo pago novamente. Amo Vegas!

KG: Como é sua rotina de estudo?

MC: Assinei uma escola de treinamento. Também fiz coaching com Marcelo Fonseca, com Fábio Eiji e Ivan Santana durante um PAPT. No momento, estou fazendo o coaching do "Gordinho", o Eduardo Dutra, que é do time do “Bedias”. Sem contar que leio tudo sobre poker e amo assistir torneios comentados.

Bate-bola
Ídolos: Rodrigo Garrido e Marcelo Fonseca.
O que lhe faz recarregar as energias: Assistir TV com meus filhos e tomar um bom chimarrão.
Música: Todas as boas do pop mundial, além das clássicas dos anos 80.
Time de futebol: Grêmio.
Perfume: Lacoste Essencials.
Pratos favoritos: Muita fruta, churrasco, pizza e lasanha.

KG: Recado para as mulheres que estão iniciando no poker.
MC: Jogar poker é mil vezes melhor que ir ao shopping. Eu juro.