EDIÇÃO 91 » MISCELÂNEA

The Book Is On The Table - Psicologia do Poker


Redação
O poker requer diversas habilidades e estratégias. Para obter sucesso, você deve ser capaz de dominar todas elas e aplicá-las na hora certa. Isso inclui seleção correta de mãos, agressividade seletiva, blefes, semiblefes, entendimento de tells e mensagens, escolha de jogos e leitura de mãos. Não há como vencer fazendo apenas “o que parece natural”. Psicologia do Poker não traz conselhos estratégicos: você terá acesso a esse conhecimento a partir de outras obras. Aqui, o Dr. Schoonmaker dá ênfase aos fatores psicológicos que afetam a sua habilidade e a de seu oponente de jogar de forma correta. Por exemplo, você já parou para pensar por que alguns jogadores parecem extremamente agressivos enquanto outros são passivos? Por que alguns são tight e outros são loose? Já imaginou por que você consegue aprender algumas táticas com facilidade enquanto sente dificuldades em relação a outras? Este livro responderá muitas dessas perguntas. Ele explicará a razão pela qual você e seu oponente jogam deste ou daquele modo. Muitas pessoas sabem jogar, mas não fazem isso da maneira adequada. Simplesmente aprender estratégias não quer dizer que você irá aplicá-las de forma apropriada. O autor também sugere ajustes estratégicos que devem ser feitos para você melhorar seus resultados contra diferentes tipos de oponentes, além de ajustes pessoais que lhe ajudarão a jogar melhor e a aproveitar mais o jogo.
 
Capítulo 8 – Os Nossos Pecados Capitais (p. 278)
Nós passamos muito tempo discutindo os tipos de jogadores. Encerraremos levando em consideração algo que é comum a todos: os nossos pecados capitais. Alguns de nós têm todos eles; alguns campeões têm apenas um ou dois; mas nenhum de nós está livre deles.
 
Obviamente, algumas pessoas tentam negar esse fato, para representar que são melhores do que realmente são, mas a negação é um dos piores pecados. Ela nos impede de fazer qualquer coisa para evitar os nossos pecados e fraquezas. O primeiro passo para melhorar consiste em perceber como estamos nos autodestruindo.
 
Apenas quando entendermos como os nossos próprios impulsos, atitudes e padrões de pensamentos nos impedem de jogar o nosso melhor é que nos tornaremos os jogadores que queremos ser.
 
No início do livro, levamos em conta a “Coisa Certa”, aquele algo a mais que separa os vencedores do restante de nós. Terminaremos com algo que todos temos em comum – até os vencedores – os nossos pecados capitais. Tradicionalmente, existem sete pecados capitais, mas — como somos um grupo bastante “pecador” — temos dez deles. Eles são os seguintes:
 
Pecado Capital Nº 1: Pouco autocontrole – Esse é o mais mortal e a origem de todos os demais. Nós preferimos fazer “aquilo que nos é natural”, mas esse “natural” é perder.
 
Mesmo os vencedores consistentes cometem ações autodestrutivas que nos deixam confortáveis, mas nós “tapamos o sol com uma peneira” e achamos que elas melhoram o nosso jogo. Nada a respeito de ganhar no poker é natural: para vencer é preciso ter autocontrole suficiente para fazer as coisas antinaturais necessárias para a vitória.
 
Pecado Capital Nº 2: Negar a realidade – Esse é o segundo mais mortal dos pecados, e quase todos nós agimos assim ocasionalmente. Nós negamos que determinada aposta foi imprudente ou que estamos jogando mal porque estamos cansados, entediados ou perdendo. Negamos que essa mesa seja muito difícil para nós porque não queremos admitir as nossas próprias limitações. Qualquer tipo de negação pode destruir rapidamente o nosso jogo e as nossas finanças.
 
Pecado Capital Nº 3: Impaciência – Até mesmo a rocha mais tight cede à impaciência de vez em quando. Esperar pelas mãos ou mesas certas pode ser muito entediante, especialmente quando estamos em uma fase ruim. Então nós “tentamos a sorte”. Fazer isso às vezes funciona; em geral nos custa algumas fichas; e ocasionalmente nos custa uma fortuna.
 
Pecado Capital Nº 4: Nos concentrar em nós mesmos, não nos outros jogadores – Ficamos tão preocupados com as nossas próprias cartas, as nossas próprias fichas e a nossa própria estratégia que esquecemos que a informação mais importante vem dos outros jogadores. Por exemplo, todos nós já nos apaixonamos por determinada mão e ignoramos sinais óbvios de que ela seria derrotada
 
Muitos de nós procuramos nossa posição favorita ou “da sorte” em vez de escolher aquela que nos garante a melhor situação, e quase todos nós já perdemos muito dinheiro “estudando” a nossa mão. Aquelas cartas não mudam – não importa o quanto desejemos ou olhemos para elas – e enquanto as estamos analisando, não percebemos sinais e não podemos revisar as jogadas daquela sessão, o que reduz a nossa habilidade de ler as cartas dos nossos oponentes e de escolher a estratégia certa.
 
Pecado Capital Nº 5: Ceder às próprias emoções – Raiva e machismo podem fazer com que corramos riscos estúpidos – jogando com mãos que não valem a pena, desafiando os jogadores superiores, entrando em mesas mais caras do que as que podemos suportar, e continuar jogando depois que acabou a nossa energia. Um desejo de parecer generoso pode fazer com que desistamos de uma aposta aqui e ali, coisa que, no longo prazo, custa caro.
 
TÍTULO: Psicologia do Poker (The Psicology of Poker)
 
AUTOR: Alan Schoonmaker 
 
NÚMERO DE PÁGINAS: 318
 
PREÇO: R$ 79,00
 
DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com
 



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