EDIÇÃO 69 » COLUNA NACIONAL

Um novo passo no poker feminino no Brasil


Alessandra Braga
O poker brasileiro está num momento único na sua história. Nossa comunidade nunca esteve tão otimista em relação ao crescimento do jogo e a sua aceitação como esporte da mente. Mesmo assim, ainda não vejo um crescimento significativo no número de mulheres nos fields dos torneios. Ele aumentou, sim, mas muito pouco.

O número de mulheres na WSOP, por exemplo, se manteve o mesmo em 2011 e 2012: 3% do field. Ou seja, a cada 100 jogadores, apenas três eram mulheres. No Brasil, essa proporção é ainda menor – infelizmente, os torneios nacionais não costumam divulgar essas informações.

Mas acho que o momento nunca esteve tão bom para que o número de mulheres se multiplique nos panos. Além da legitimação do poker e da diminuição do preconceito – que atrai as mulheres e também mais homens –, alguns fatos mostram que o poker feminino nunca esteve em tanta evidência.

Primeiro, o protagonismo da francesa Gaelle Baumann e da norueguesa Elisabeth Hille na WSOP do ano passado. Elas foram, respectivamente, 10ª e 11ª colocadas no Main Event. A ausência de uma delas na mesa final foi lamentada no mundo todo. O acontecido foi o grande assunto durante a transmissão da ESPN (tirando a própria mesa final, claro). Foi uma pena a Gaelle não chegar, seria uma ótima inspiração para as meninas mais novas.

Depois, no PCA 2013, nas Bahamas, a americana Vanessa Selbst cravou o High Roller de $25.000, levou $1,4 milhão e se tornou a mulher com mais premiações da história do poker ( mais de US$ 7 milhões). Agora, ela já não é mais a “melhor jogadora” do mundo. Ela é está entre os 10 melhores jogadores do planeta – seja homem ou mulher.

Nesse meio tempo, aqui no Brasil, Vanessa Rousso veio ao BSOP Million, esbanjou simpatia e jogou o fino. No mesmo evento, 68 mulheres jogaram o torneio Ladies Only – que euzinha aqui cravei, para quem não se lembra! O feltro rosa da mesa final e o troféu especial para o evento são fatores que mostram como os organizadores estão interessados em atrair o público feminino.

Agora, foi dado um passo ainda maior para o poker feminino no nosso País: a criação do primeiro time profissional do Brasil formado só por mulheres: o Betmotion Ladies Team. Fiquei muito feliz e honrada ao ser convidada para ser madrinha do time!

Tenho orgulho de ser Team Pro BetMotion e ver o site tirar a “democracia do poker” das palavras com esse projeto. O BetMotion Ladies Team é uma iniciativa fundamental para o poker feminino no Brasil.

Minhas “afilhadas” Thalita Cascaes, Carla Del Castilho, Thais Guahyba, Milena Magrini, Beatriz Fonseca e Bruna Araújo foram as convocadas para encarar a missão de representar as mulheres nos feltros pelo país.



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