Fala galera da Card Player Brasil! Primeiramente, feliz 2008! Muita saúde e paz, do resto a gente corre atrás!
Enquanto a maioria dos nossos profissionais e amantes do Hold´em está em Bahamas, curtindo o EPT, eu fiquei no Brasil, em Floripa. Estou curtindo esta fase do ano de férias, para depois seguir o ritmo forte do circuito pelo mundo e pela internet. Espero que algum grande feito aconteça nessa primeira grande etapa em Bahamas, para ajudar ainda mais a solidificar o Texas Hold´em brasileiro. Boa sorte, Brasil!
Vou seguir minha rotina de artigos e discutir uma jogada que aconteceu na internet há um tempinho, enquanto eu estava em Punta del Este, em dezembro, onde joguei fora um AA pós-flop – só que dessa vez equivocadamente, por tentar gerar um pote grande na hora da bolha. Vamos analisar:
Éramos 31 jogadores, os blinds estavam em 600-1200$, 30 ficariam ITM e eu, numa situação apertada, tinha 14.600$ fichas. Era o 3º a falar, recebi AA e resolvi entrar de limp, para gerar um pote gigante e alavancar minha posição no torneio, sem medo de ser o bubble (caso a jogada tivesse esse custo).
Depois do meu limp de 1200$, mais dois jogadores em middle position entraram de limp também. O small blind completou 600$ e o big blind deu check. Veio o flop:
8 7 3 rainbow
Os blinds deram check, e eu, de forma equivocada, fiz a mesma coisa, querendo dar check-raise em um dos jogadores em middle position, pois tinha grande confiança que um dos dois apostaria. De fato, um deles fez isso (o primeiro a falar depois de mim) e apostou 4800$. O jogador seguinte imediatamente deu call nos 4800$, o small blind caiu fora e o big blind aplicou um “check-ALL-IN”. Quando chegou minha vez, pensei por bastante tempo e não consegui enxergar uma forma de estar ganhando esta mão. Assim, dei FOLD!
Era bem razoável um 87s, 33, 88, 77, 73 ou coisas do tipo na mão de qualquer um dos adversários. Este é o grande problema do limp pré-flop: você perde boa parte da leitura do range de cartas com que seus adversários podem estar jogando.
Continuando, o último a falar deu call no all-in do big blind que, para minha surpresa, mostrou K8, enquanto o outro mostrou T9. URGH! Eu estava ganhando a mão! Tudo culpa do check no flop: se eu tivesse apostado nas três primeiras cartas, todo o restante da jogada seria diferente...
O turn e o river foram cartas pequenas e o K8 levou a mão, ou seja, o pote era meu! Acabei chegando em 26º no torneio, mas poderia ter ido muito, muito mais longe.
Para fechar minha primeira coluna do ano, quero dar parabéns a todos que contribuíram para o fortalecimento do Texas Hold´em em 2007. Tivemos vários jogadores importantes fazendo isso e muitas iniciativas empreendedoras que ajudaram bastante no mesmo sentido, como a Card Player Brasil.
Por isso, deixo aqui meu sincero agradecimento pelo convite para fazer parte deste fortíssimo time de colunistas e espero, de alguma forma, estar ajudando e incentivando o nosso Texas Hold´em a fincar de vez bandeira do Brasil no mundo do poker em 2008!
Conto também com a torcida de vocês neste ano que começa, para conquistarmos grandes resultados para o Brasil, pois estarei (ao contrário do ano passado), viajando bastante, em busca de muitas mesas finais pelo mundo!
Um grande abraço,
CK – visite www.clubedopoker.com