EDIÇÃO 51 » ESPECIAIS

FULL TILT POKER - Ascensão e queda de um gigante


Marcelo Souza
Lembro-me como se fosse hoje. 15 de abril de 2011. Meu amigo, jogador de poker e coautor do primeiro livro de Texas Hold’em lançado em português no Brasil, André “Dedeh7L” Reis, me chama no MSN. Eram pouco mais de cinco da tarde, e estávamos perto do fim do expediente na editora: “Já viu isso?”, pergunta ele, enquanto cola um link para uma matéria do New York Times recém-saída do forno. Chocante, para dizer o mínimo: “Departamento de Justiça dos Estados Unidos indicia fundadores das três maiores empresas de poker online do país”, estampava um trecho. “Domínios dos sites FullTiltPoker.net, AbsolutePoker.com e PokerStars.com são interditados pelo FBI. Onze prisões são feitas”, lia-se em outra parte.

Há algumas dezenas de quilômetros dali, meu amigo digitava em ritmo frenético e em tom de desespero que iria retirar todo seu dinheiro do PokerStars e do Full Tilt Poker. Ainda sem acreditar no que lia, corri para acessar os dois sites a fim de conseguir alguma informação.  Ao invés de me deparar com a pequena foto de um sorridente Daniel Negreanu, ou com a expressão enigmática de Chris Ferguson, o que vi em ambos os sites foi um brasão do F.B.I., lado a lado com o símbolo do Department of Justice (DoJ). Logo abaixo, uma extensa mensagem, que começava como um soco no estômago: “Este domínio foi apreendido pelo F.B.I.” Era surreal.

Em questão de horas – ou seriam minutos? Não sei precisar bem –, notícias sobre o possível fim dos dois maiores sites de poker online do mundo já explodiam nos principais portais de conteúdo especializado. E aquele dia ficaria conhecido como “Black Friday”, a “Sexta-Feira Negra do Poker Online”. Como vocês sabem, dentre os sites indiciados, apenas um sairia sem maiores prejuízos. E não seria o Full Tilt.

Com orçamento inicial de US$ 5 milhões, o FTP foi fundado em meados de 2004. Seu grande trunfo para ganhar espaço num mercado ainda incipiente estava em seus proprietários: Chris Ferguson, Phil Ivey, Howard Lederer, Erik Seidel, John Juanda, Andy Bloch, Erick Lindgren, Phil Gordon e Clonie Gowen, que também foram os primeiros integrantes do “Full Tilt Team”. Era esse o esquadrão de elite responsável por representar o site nos feltros. Nos bastidores, o grande nome era o CEO da Tiltware LLC, empresa responsável pelo FTP, Ray Bitar, até bem pouco tempo, tido como um dos homes mais poderosos do poker mundial.

Com campanhas de marketing agressivas, o Full Tilt aos poucos conquistava seu lugar ao sol. E em 2006, a sorte sorriu para o site.  Nos Estados Unidos, foi promulgado o Unlawful Internet Gambling Enforcement Act (UIGEA), polêmica lei sancionada pelo então presidente, George W. Bush, proibindo instituições financeiras de processarem pagamentos online para cassinos e sites de apostas na internet. Em razão do UIGEA, empresas como o Party Poker, líder de mercado à época, encerraram suas atividades na terra do Tio Sam. Melhor para Full Tilt e PokerStars, que, alheios a eventuais empecilhos legais, decidiram apostar as suas fichas em terras norte-americanas. O resultado foi um crescimento pantagruélico, monstruoso, dos dois sites. Estávamos diante da versão tecnológica da corrida do ouro.

Para se ter uma ideia, a Full Tilt Online Poker Series (FTOPS), série de torneios online criada em 2006 e realizada a cada três meses, distribuiu em sua primeira edição cerca de US$2 milhões ao longo de oito eventos. Porém, a última FTOPS antes da Black Friday, em fevereiro de 2011, chegou perto da marca de 40 milhões de dólares em 45 eventos. Em 2004, o número de usuários conectados oscilava entre 1.500 e 3.500. Em 2009, era possível encontrar mais de 150.000 jogadores lotando as mesas do software nos horários de pico – um crescimento de quase 10.000%.

Diante de um banquete tão farto, o site passa a contratar alguns dos principais nomes do poker mundial. Gus Hansen, Patrik Antonius e Tom Dwan foram alguns dos que se juntaram ao time. Visando fortalecer ainda mais sua marca, o Full Tilt fecha acordos de patrocínio com o World Poker Tour, o popular programa de TV Poker After Dark e até com uma equipe de Fórmula 1, a Virgin Racing.

Foram incorporados ainda ao site mais três times: o The Hendon Mob, formado por quatro jogadores da Inglaterra; o CardRunners, composto por 10 instrutores da mais tradicional escola de poker do mundo; e o Team Limpers, que reunia seis dos melhores jogadores da França. Várias celebridades também associaram seus nomes à marca. Caso da “voz do UFC” Bruce Buffer, do tenista James Blake e do ator Don Cheadle. Eles eram apenas três dentre as mais de 50 personalidades que ficaram conhecidas como “Friends of Full Tilt”.

Como se não bastasse, o site criou ainda o maior time de profissionais do poker online do mundo, os chamados “Red Pros”, formado por mais de 150 jogadores notadamente talentosos na arena online. Dentre eles, os brasileiros Christian Kruel, Raul Oliveira, Felipe Mojave, Caio Pimenta e Leandro Brasa. Esses dois últimos, aliás, chegaram a fazer o heads-up decisivo no maior torneio do site em 2008, o US$1.000.000 Guaranteed.

O Full Tilt ainda foi responsável por implementar em seu software modelos inovadores de disputa. Alguns fizeram sucesso imediato, caso do Rush Poker; outros agradaram, mas causaram polêmica, como os torneios com “multi-entradas”. E o rol de invenções não parou por aí. Foi lá também que surgiu a expressão “nosebleed stakes”, mesas de cash games com limites altíssimos, de “sangrar o nariz”. Numa delas, foi disputado o maior pote da história do poker online: Patrik Antonius ganhou a bagatela de US$1.356.947 em uma única mão contra o até então misterioso “Isildur1”, o sueco Viktor Blom.

No Brasil, o site patrocinava o BSOP, principal circuito de poker nacional, sem maiores ameaças de concorrência. Em canais fechados de TV, comerciais do FTP podiam ser vistos com relativa frequência, algumas vezes em horários nobres. O Full Tilt parecia realmente disposto a brigar de igual para igual com seu maior rival e líder de mercado, o PokerStars.

Em sua ação mais agressiva até então, o Full Tilt anuncia a Onyx Cup, primeira série de torneios live exclusivamente high stakes do mundo. O buy-in mínimo previsto era de 100 mil dólares, cerca de 180 mil reais. E já havia fila de espera. Com datas, locais e valores definidos, o site levaria ao extremo a experiência do poker milionário. Àquela altura, ninguém poderia supor que a derrocada do Full Tilt seria mais rápida que a sua ascensão.
Então, vem a “Black Friday”. Seria o início do fim de uma era para o site. Porém, o que poucas pessoas poderiam imaginar era a sucessão de catástrofes que estava por vir. Os primeiros indícios de um desastre apareceram logo após o site celebrar um acordo junto ao DoJ para recuperar seu domínio FullTiltPoker.net, o que aconteceu poucos dias após a fatídica sexta-feira negra.

À semelhança da quebra da bolsa de Nova York em 1929, uma multidão de pessoas apreensiva com o futuro incerto de seu bankroll decidiu sacar um grande volume de dinheiro simultaneamente, temendo pelo pior. E o pesadelo acabou se tornando uma dura realidade. Estranhamente, o processamento dos cash outs no Full Tilt fora interrompido. Notas oficiais do site eram liberadas apenas esporadicamente, e quase nada diziam a respeito da situação. Os jogadores estavam à deriva no mar de incertezas que tinha se tornado o Full Tilt.

De nada adiantavam declarações de jogadores respeitados como Tom Dwan e Phil Galfond, afirmando que tirariam um milhão de dólares do próprio bolso caso o site não pagasse aos seus jogadores. Dwan chegou a dizer que a chances de o FTP não cumprir com seus compromissos eram menores do que 10%. Com base em quê? Provavelmente, jamais saberemos.

Entretanto, os escândalos envolvendo o gigante do poker online estavam apenas começando. Phil Ivey, considerado o melhor jogador de poker do mundo e um dos principais acionistas da companhia anunciara, às vésperas da WSOP, que não disputaria a série mundial de poker – supostamente, em solidariedade aos usuários que estavam sendo lesados. De quebra, entrou com um processo contra a TiltWare LLC devido aos problemas de pagamento.

Diante dessa mobilização, parte dos jogadores se mantinha otimista quanto ao recebimento de seus fundos, mas um balde de água fria veio logo em seguida. No final de junho, a Alderney Gambling Control Commission (AGCC), órgão responsável pela regulamentação de apostas eletrônicas e através do qual quatro empresas da Tiltware LCC eram licenciadas, caçou todas as licenças de funcionamento do site. Inicialmente, a medida seria apenas temporária. Uma reunião foi marcada para agosto, em Londres, depois adiada para setembro. Todos os interessados aguardavam ansiosamente por esse encontro, que poderia selar o destino do Full Tilt.

Ainda em junho, especulações acerca do futuro do site eram o assunto principal em fóruns online e portais de poker mundo afora. Em um desses veículos, advogados do FTP divulgaram a informação de que o site estava em processo de venda e que todos os jogadores seriam pagos. Além disso, como parte do acordo, Phil Ivey desistiria do processo contra a TiltWare.

Mas o clima de indefinição continuava, e usuários, funcionários e imprensa permaneciam às escuras. Tudo o que se sabia era que determinado jogador tinha vários milhões presos no site, ou então que uma enxurrada de processos estava sendo aberta contra a companhia. Nada além de boatos ou do óbvio ululante.

Em alguns momentos, porém, o site ensaiou um retorno. Após pagar 250.000 libras à AGCC, o Full Tilt renovou sua licença secundária de funcionamento. Isso, juntamente com a aproximação da tão aguardada reunião, deu novo fôlego aos jogadores. A audiência correria em segredo de justiça e só permitiria o acesso dos envolvidos diretamente.

Eis que, pouco antes da decisão da AGCC, uma nova bomba explode sem aviso: em letras garrafais, sites do mundo inteiro – inclusive dois dos maiores portais brasileiros, UOL e Globo.com – estampavam em sua página principal: “Full Tilt é um ‘Esquema Ponzi’ de proporções globais”. Em bom português, um “golpe em pirâmide”.

Pelo menos era o que dizia o promotor de Manhattan, Preet Bharara, responsável pelo enquadramento penal. Segundo ele, “o Full Tilt não era uma companhia de poker legítima, mas um ‘Esquema Ponzi’  no qual seus proprietários embolsavam fundos retirados seus usuários, enquanto descaradamente mentiam para os jogadores e para o público sobre a segurança do dinheiro depositado na companhia”.

A declaração do promotor vinha junto com a notícia de que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusara os membros do conselho do Full Tilt – Howard Lederer,Chris Ferguson e Rafe Furst – de trabalhar junto com o CEO da empresa, Ray Bitar, para fraudar jogadores de poker do mundo todo em mais de US$440 milhões ao longo dos últimos quatro anos. O DoJ também alegou que o Full Tilt, em 31 de março, tinha apenas US$60 milhões em caixa, mas a quantia depositada no site por seus usuários ultrapassava 400 milhões de dólares, sendo 150 milhões apenas de usuários norte-americanos.

A lista de problemas envolvendo o site era extensa. Segundo o DoJ, o FTP pagava cerca de US$10 milhões por mês aos diretores do conselho, e periodicamente emprestava dinheiro a vários jogadores de poker profissionais. Em agosto de 2010, contudo, a companhia começou a perceber dificuldades de coletar fundos das contas de seus clientes. Assim, secretamente passou a colocar “créditos fantasmas”, sem liquidez, nas contas dos usuários, e continuou a operar normalmente, pagando milhões à diretoria e aos sócios.

À medida que os jogadores faziam depósitos no site e eventualmente perdiam, US$130 milhões em “fundos fantasmas” passaram a existir nas contas do site. Apesar da alegada preocupação de Ray Bitar no início de 2011, a companhia não possuía lastro para quitar suas dívidas. Mas, ainda assim, continuava a fazer pagamentos aos acusados. De acordo com o DoJ, os donos da Tiltware LLC receberam mais de US$440 milhões em pagamentos, sendo 41 mi para Bitar, 42 mi para Lederer, 11,7 mi para Rafe Furst e 85 mi para Ferguson, que teria recebido “apenas” $25 milhões desse valor – o restante seria pago depois. Os mais de US$250 milhões restantes teria sido dividido entre os demais sócios.

Outro ponto que pesou contra o Full Tilt após a Black Friday é que site levou os jogadores a acreditar que seus negócios internacionais eram separados de suas operações nos EUA. Consequentemente, não seriam afetados por eles. Entretanto, em junho, Lederer reportou que o FTP tinha apenas US$6 milhões em suas contas.

A repercussão do “Caso Full Tilt” teve consequências imediatas, inclusive de ordem familiar. Annie Duke, irmã de Howard Lederer e criadora da Epic Poker League, que reúne apenas os top players do mundo em um torneio sem rake, anunciou a suspensão do próprio irmão e de Chris Ferguson da EPL. Logo em seguida, foi a vez do F.B.I. bloquear contas em nomes de Ray Bitar, Lederer, Ferguson e Rafe Furst.

Em meio a uma turbulência que parecia não ter fim, surge a notícia de que um grupo francês estaria interessado na aquisição do Full Tilt. Naturalmente, isso renovou a pálida esperança dos usuários de reaver seu bankroll. Blair Hinkle, norte-americano que ganhou $1,2 milhão ao sagrar-se campeão do Main Event do FTOPS XIX, foi um dos primeiros a se manifestar. Com sete dígitos congelados no FTP, ele se matinha otimista em receber pelo menos parte de seu dinheiro e, assim, poder comprar sua casa. “As coisas seriam diferentes se eu tivesse o dinheiro que guardava no Full Tilt. Mas ao mesmo tempo, estou contente com a minha situação (Hinkle possui mais de $1 milhão em prêmios apenas em torneios live) – só estou tentando manter o pensamento positivo”, disse ele.

A esperança de jogadores como Hinkle era de que o Full Tilt reencontrasse seu caminho caso a AGCC reativasse a licença de funcionamento. Infelizmente, no dia 29 de setembro, veio a definição que muitos esperavam: a licença do Full Tilt Poker estava revogada em definitivo. Segundo a Comissão, após seis dias de audiência concluiu-se que “ao relatar continuamente um balanço de fundos líquidos que havia sido tomado ou restringido pelas autoridades dos EUA, ou que de outra forma não estava disponível para movimentação, o FTP ludibriou a AGCC acerca da integridade de suas operações”. Ainda de acordo com agência de Alderney, o Full Tilt cometeu outros delitos graves, que incluíam relatórios falsos, fornecimento não autorizado de créditos e falha em informar sobre eventos materiais. A AGCC também deixou claro que os casos de não pagamento dos jogadores não eram de responsabilidade da Comissão, mas sim das autoridades.

Em um último release, o FTP lamentou a decisão da AGCC, afirmando que a revogação da licença era um duro golpe nos jogadores de todo o mundo. A perda da licença, no entanto, não impediria uma posterior reativação do site, desde que a situação com os jogadores fosse resolvida e todas as multas em decorrência do processo fossem pagas. E um dia depois do avassalador anúncio da AGCC, o “Caso Full Tilt” ganharia mais um capítulo.

Segundo os advogados da TiltWare, o diretor do grupo francês “Groupe Bernard Tapie”, Laurent Tapie, fechara um acordo para a aquisição do Full Tilt Poker. O negócio incluía o pagamento de todos os jogadores. Inclusive, afirmou-se ainda que discussões legais com o DoJ já teriam começado. O “Groupe Bernard Tapie” é conhecido pelo sucesso em recuperar empresas em situação de falência. Ao longo de 30 anos de atuação, eles adquiriram e gerenciaram mais de 40 empresas, dentre elas, a Adidas, gigante alemã do segmento de material esportivo.

Recentemente, o grupo anunciou o lançamento do International Stadiums Poker Tour (ISPT), um megatorneio no estádio Wembley com US$ 30 milhões garantidos. Isso reacendeu os rumores de que a venda do FTP estaria encaminhada.

O “Caso Full Tilt” ainda não terminou, mas parece se aproximar de um final. É possível que Ray Bittar seja condenado à prisão, muito embora Howard Lederer e Chris Ferguson devam escapar do processo criminal, o que não redime o prejuízo à imagem de ambos. Difícil imaginar que os veremos novamente nos feltros dos principais torneios do mundo. Quanto aos milhares de jogadores lesados, resta a possibilidade de um final feliz. As odds podem ser pequenas, mas quem nunca acertou aqueles dois outs no river?




João Bauer, campeão no WCOOP em 2010.
Lamentável o que aconteceu com o Full Tilt. Para mim, era o melhor software do mercado. Se a empresa se mostrasse séria em uma possível volta, eu não teria problemas em jogar lá de novo.

Felipe Mojave, especialista em Mixed Games e ex-Red Pro.
Nenhuma empresa deve tratar funcionários ou clientes da maneira que fizeram. Ninguém dava informações sobre nada. Tenho minhas dúvidas se eu associaria meu nome novamente à marca.

Vini Marques, apresentador da TV Poker Pro.
Eu acho difícil a volta do FTP por causa toda a situação da licença, da multa, etc. Caso voltem, não recuperarão a credibilidade de antes. Perderam muito do seu prestígio.

Caio Brites, idealizador do Poker Villa.
Para mim, houve improbidade administrativa. Eles usaram os fundos dos jogadores enquanto esse dinheiro deveria estar seguro. E se todo mundo não tivesse tentado sacar de uma vez, jamais descobriríamos.




LINHA DO TEMPO:
Jun/2004 – Com orçamento de US$5 milhões, Howard Lederer e outros oito profissionais lançam o Full Tilt Poker.

Ago/2006 – Com oito eventos e cerca US$2 milhões em premiações, estreia a Full Tilt Online Poker Series (FTOPS).

Set/2006 –Party Poker encerra suas atividades nos EUA após o UIGEA, e deixa o mercado livre para o Full Tilt e o PokerStars.

Jun/2008 – O finlandês Patrik Antonius é contratado pelo Full Tilt.

Ago/2008 – O software ganha versões em francês, alemão, espanhol e holandês. CK e Raul se tornam “Red Pros”.

Set/2008 – WTP Enterprises, criadora do World Poker Tour, e o FullTiltPoker.com firmam novo acordo de patrocínio.

Nov/2009 – Patrik Antonius vence um pote de $1.356.947 contra Viktor “Isildur1” Blom, o maior da história da internet.

Abr/2010 – Lançamento do “Rush Poker”, modalidade em que o jogador é trocado de mesa assim que sua ação na mão for finalizada.

Dez/2010 – Site registra mais de 150 mil usuários online em horários de pico.

2011
14/03 – Full Tilt anuncia Onyx Cup, série de torneios live com buy-ins mínimo de US$ 100 mil

15/04 (Black Friday) – Pessoas ligadas ao Full Tilt Poker são indiciadas. Site é proibido de operar nos EUA e tem seu domínio confiscado pelo FBI.

17/04 – Full Tilt diminui as premiações garantidas de seus principais torneios.

19/04 – Retiradas de dinheiro cessam no FTP. Phil Galfond e Tom Dwan garantem que o site vai honrar seus compromissos.

20/04 – Full Tilt celebra acordo com Departamento de Justiça do Estados Unidos e recupera seus domínios.

01/06 – Phil Ivey anuncia que não jogará a WSOP e que processará a Tiltware LLC.

29/06 – AGCC suspende licença de funcionamento do Full Tilt.

01/07 – Surgem os primeiros rumores sobre a venda do FTP.

14/07 – AGCC marca para o dia 26 de julho, em Londres, audiência para analisar situação do Full Tilt.

26/07 – Full Tilt pede, e AGCC adia reunião sobre licença.

01/08 – Mike Matusow afirma que Daniel “jungleman12” Cates tem mais de $6 milhões congelados no site.

05/09 – AGCC remarca audiência para o dia 19 de setembro.

14/09 – Site enfrenta processo coletivo de usuários do Canadá.

19/09 – Audiência privada com AGCC é realizada. Nada é divulgado para a imprensa.

21/09 – Departamento de Justiça afirma que o FTP é “Esquema Ponzi” de proporções globais.

22/09 – Lederer e Ferguson são suspensos da Epic Poker League, torneio idealizado por Annie Duke, irmã de Lederer.

22/09 – Investidores franceses cogitam compra do Full Tilt.

23/09 – DoJ autoriza F.B.I. a confiscar contas em nomes de Howard Lederer, Ray Bitar, Jake Furst e Chris Ferguson.

29/09 – Licença do Full Tilt é revogada em definitivo

29/09 – Full Til Poker divulga comunicado repudiando decisão da AGCC.

30/09 – Advogados do Full Tilt confirmam acordo com grupo francês para venda do Full Tilt Poker.




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