Mais um mês cheio de novidades para o poker, aqui no Brasil e lá fora. Infelizmente, não vou poder falar muito sobre a principal delas, pois estou entregando a coluna no comecinho de novembro. Mas, quando você estiver lendo a revista, o mundo inteiro já vai saber o nome do novo Campeão Mundial, o vencedor do Main Event da World Series Of Poker 2009. Será que eu acertei o meu palpite e deu Eric Buchman na cabeça? No mês que vem eu comento a respeito disso. Vamos então aos assuntos desse mês:
Torneios pelos quatro cantos do mundo
Há seis anos, o PokerStars criou sua primeira série de torneios, o European Poker Tour. O negócio deu certo e não parou mais... O site anunciou esse ano a criação de várias séries de torneios, tendo como exemplos mais recente o Baltic Poker Festival, o Italian Poker Tour, o United Kingdom & Ireland Poker Tour, e a surpresa da segunda parte do calendário europeu: o EPT Snow Fest. Além disso, o Asia Pacific Poker Tour vai ter uma etapa em Cebu, nas Filipinas.
O World Poker Tour pegou carona na ideia e agora está começando a fazer jus ao nome: Veneza, Barcelona, Bratislava (Eslováquia), Chipre e Marrakesh sediaram etapas da atual temporada.
É o poker indo cada vez mais longe! Essa exploração de novos mercados poderia não ser tão positiva, mas ainda bem que os torneios estão sendo bem organizados, bem divulgados e têm atraído bom público.
Enquanto isso, na América Latina
Como o poker tem se espalhado por todo o planeta, a América Latina não poderia ficar de fora! O Latin American Poker Tour anunciou o restante das etapas para a terceira temporada: teremos torneios no Uruguai, no Chile, na Argentina e nas Bahamas, pois agora o PokerStars Caribbean Adventure também está incluído no calendário latino.
A primeira etapa já havia sido divulgada: o LAPT Playa Conchal vai acontecer entre os dias 18 e 22 de novembro, e vai contar com a presença das maiores estrelas do circuito latino. Na coluna do mês que vem eu prometo contar as novidades da Costa Rica, pois estou indo fazer a cobertura do evento pela ESPN e pelo blog do PokerStars.
A única nota ruim: o Brasil ficou de fora mais uma vez. Será que os nossos governantes vão finalmente abrir a cabeça a tempo da quarta temporada? A torcida é grande!
Na frente das câmeras
Vários programas de poker estrearam nas TVs estrangeiras nos últimos meses. Alguns deram certo – como o PokerStars Million Dollar Challenge, com Daniel Negreanu –, outros nem tanto, e alguns ainda nem foram ao ar, como o Bounty Stars Of Poker. Todos eles têm formatos diferenciados, fugindo do padrão estabelecido pelas transmissões do WPT e da WSOP.
Mas a melhor novidade televisiva dos últimos tempos foi mesmo o “Inside Deal”, da ESPN americana, que vai ao ar no site da emissora. Criado para divulgar o “November Nine”, o programa se mostrou ágil, informativo e divertido. O formato jornalístico nunca havia sido explorado pelo poker, e o resultado foi melhor do que o esperado. Tomara que meus colegas dos Estados Unidos consigam produzir mais episódios, já que o contrato inicial previa apenas treze programas.
Revolução tecnológica
Os torneios no Brasil vêm se profissionalizando sempre, atingindo um padrão de excelência cada vez mais próximo das disputas no exterior. Mérito dos organizadores brasileiros, gente competente e batalhadora.
Mas o grande destaque de outubro foi a “estreia” da TV MeBeliska, que fez a cobertura ao vivo, via Internet, do BSOP Curitiba e do torneio de 750k do H2, em São Paulo. Eu assisti a boa parte das transmissões, e fiquei muito feliz com a qualidade atingida. Se antes a torcida já se contentava em ler e ver fotos, agora os fãs de poker espalhados pelo Brasil devem estar delirando, pois podem ficar ainda mais por dentro dos principais campeonatos do país.
Momento ranzinza
Eu sei que essas apostas mirabolantes entre os jogadores de High Stakes chamam a atenção para o poker e ajudam a divulgação do jogo. Sempre tenho curiosidade em saber o que os jogadores vão aprontar, qual vai ser o novo desafio... Mas confesso que perdi a paciência com o “Durrr Challenge”!
A demora na conclusão da disputa foi o principal motivo, mas acho que a aposta só faz sentido mesmo para Tom Dwan e Patrik Antonius. E olha que eu literalmente acompanho tudo que diz respeito ao poker. Acho que o desafio deveria ter sido fechado em menos tempo. Aí, quem sabe, dava para acompanhar mais. E outro problema que poderia ser sanado facilmente: Dwan e Antonius acabaram “concorrendo” com eles mesmos, participando das mesas do high stakes online com a mesma frequência de antes. Será que eles não poderiam parar pelo menos enquanto a disputa está rolando, para dar mais foco na briga paralela dos dois?