Vinte dias depois de ter voltado de Las Vegas, ainda faz parte da minha leitura diária a cobertura do desempenho dos brasileiros na WSOP que fizemos pelo site pokerdobrasil.com. E acho que vale a pena destacar o que de melhor aconteceu por lá.
Numa análise objetiva, nossos resultados, em termos de premiação, foram menores – 50% do maior prêmio do ano passado. Entretanto, a chave de ouro do Alexandre Gomes lá na Bellagio Cup certamente foi mais um recorde nosso: não acompanhamos ao vivo porque o organizador barrou a imprensa não-oficial, então decidimos voltar e ficar na torcida via Twitter do Akkari.
Alexandre se firmou como o melhor jogador do Brasil disparado, mas jamais podemos nos esquecer dos outros grandes destaques: o principal foi o Mojave, que nos deu uma mesa final no Omaha, em o facão passou por ele de forma horrorosa. “Claudião” Batista chegou muito longe, mas bem menos do que ele queria e do que a gente sentia que ele conseguiria. Zidane também teve um desempenho espetacular: foi muito bom conviver com ele esse tempo todo – aliás, a convivência foi magistral. E foi uma festa e tanto: Gualter Salles, Vilelinha, Nelson Dantas, Caio Brites, CK, Raul Oliveira, João Marcelo, Sr. Rubens, Abede, Decano, Akkari, Belo de Floripa, Os Feltrin, Bozzano, Márcio Araújo, foram alguns dos que proporcionaram grandes momentos nessa WSOP.
Modéstia a parte, acho que nossa cobertura também merece seu destaque: em meu ver, foi a melhor que fiz na vida. Há quem diga que foi a melhor feita até hoje para o Brasil. Também pudera, afinal, ela foi muito facilitada graças a jogadores desprovidos de vaidade, que nos tratavam com paciência, respeitando nosso trabalho. Ao contrário do que se esperava, não foi difícil trabalhar. Tivemos liberdade para cobrir. Cumprimos as regras preestabelecidas a não tivemos problemas em nenhum momento.
Jornalisticamente, o pessoal que foi lá deu um banho. Murta, da CardPlayer Brasil, que o diga: fez um especial sensacional com o Mojave, e nesta edição está trazendo tudo sobre a vitória do Alê Gomes na Bellagio Cup. Como se não bastasse, ainda conseguimos conversar com o Lanza e o Kalil, para o podcast da Card, fazendo entradas direto de Vegas junto com o DC e o Mojave.
Para um marinheiro de primeira viagem em Las Vegas, posso dizer que aquele lugar é mil vezes acima do esperado. É outro planeta. Um sonho mesmo. Voltei feliz porque fui trabalhar sozinho, sem estrutura, sem falar inglês, sem rádios para receber chamadas dos jogadores informando suas mãos, e mesmo assim consegui fazer um trabalho lindo. Eu gostei, e a galera também! A cada momento, em cada torneio, tem um irmão me dizendo isso.
Eu joguei apenas um evento e cai cedo. Fiquei ITM graças ao meu trabalho, porque com ele participei junto aos que ficaram aqui, esperando por notícias e torcendo, ou seja: Eu também forrei! Vamo que todavia! ♠