EDIÇÃO 14 » ESPECIAIS

Maridu abre o jogo

Cosmopolita, eclética, culta e espirituosa, essa é Maridu. Uma cidadã do mundo na mais autêntica acepção do termo, que consegue se sentir a vontade passeando pelas ruas de Ipanema, pelas avenidas de Nova York ou pelos cassinos de Las Vegas, e mescla com harmonia o uso de grifes famosas com uma pausa para comer pastéis num barzinho perto de casa.


Bruno Nóbrega de Sousa

Maridu é assim. Dona de uma energia vital contagiante, quase uma ânsia de abraçar o mundo todo de uma vez, ela, que tem formação acadêmica em Sociologia, Economia e Cinema, faz dos lugares por onde passa o palco da própria vida.

E hoje, um dos personagens que protagonizam sua história é o poker. Fazendo uso de um estilo altamente técnico e uma mentalidade absolutamente profissional, Maridu está entre os gigantes do feltro nacional.

Tive a oportunidade de conversar com ela numa tarde quente de terça-feira no Rio de Janeiro. E a matéria que se segue agora, apresenta aos leitores da CardPlayer Brasil um pouco mais sobre essa jogadora “world class” com DNA carioca. Aproveitem, pois são lições de poker e de vida, de uma mulher que não tem medo de falar o que pensa.


BN: Maridu, como foi que você conheceu o poker?

M: Eu nasci jogando poker. Sou filha de jogador. Os jogos mais altos do Rio eram na minha casa. Eu cresci no jogo. Cresci vendo o jogo. Desde pequenininha eu sempre viajei pra lugares com cassino, porque meu pai sempre jogava. Então, o jogo pra mim sempre foi uma coisa tão natural que não precisei do menor esforço para aprender. Tenho a ética do jogo, a ética de mesa, a conduta da gorjeta. Isso ninguém precisou me ensinar, porque eu aprendi vendo meu pai. E, sem dúvida nenhuma, tenho isso no meu sangue. Daí é uma coisa que vai evoluindo na sua vida, porque tem gente que simplesmente não curte, mas eu sempre gostei. Meus irmãos, por exemplo, não gostam de baralho, apesar de gostarem de mercado financeiro, que para mim é o jogo mais alto que existe (igual ao poker, é um jogo de risco calculado e educado, é um jogo de habilidade), mas de cartas eles não gostam. E, desde pequenininha, eu sempre gostei de tudo: tranca, bridge, blackjack, gamão, xadrez, tênis (eu jogava tênis competitivamente).

BN: Quando foi que esse contato de infância, essa facilidade no aprendizado, começou a se transformar em algo mais profissional, mais refinado, que acabou transformando você na jogadora, na personalidade, que você é hoje dentro do poker?

M:
Eu tenho um grupo de amigos, que é o mesmo desde quando eu nasci. Todo mundo se conhece, os pais se conhecem e tal. E a gente sempre jogava tranca madrugada adentro, até que um belo dia eu falei: “Eu não vou mais jogar tranca, porque isso não tá levando a gente a nada, ninguém tá aprendendo nada e eu não agüento mais falar ‘bati’. Não tem como ficar melhor. Nós vamos aprender um jogo novo, que eu vi na televisão, e a gente vai jogar esse jogo”, que era o Texas Hold’em.

BN: Isso aconteceu em que ano?

M:
Em 2003, o ano do “Moneymaker”, que mudou tudo pra todo mundo: o que ele e o poker online fizeram não tem como ninguém fazer de novo, nem nunca mais vai acontecer! Então aprendi as regras básicas do Hold’em. Apesar de já saber jogar poker, eu ainda não sabia direito como funcionava essa modalidade. Comprei um fichário e uns cinco livros, e quando a encomenda chegou, eu aprendi e ensinei para os meus amigos. Em uma semana, tava todo mundo jogando! Ninguém era ganhador: um dia um ganhava, no outro, outro ganhava. O dinheiro só circulava entre a gente – começou baixo e depois foi ficando caro, apesar de ninguém saber jogar. (risos)

BN: Você falou do “Efeito MoneyMaker”, que realmente é um divisor de águas na história do nosso esporte. Como você descobriu o poker online?

M:
Era um feriado, chovia muito, eu tava em casa, com o joelho machucado, e um amigo meu do gamão me ligou falando que tinha descoberto um site que tava promovendo o poker a dinheiro: nesse dia a minha vida mudou. Eu adoraria ser uma daquelas pessoas com histórias milagrosas do tipo “joguei um freeroll, ganhei $5 e transformei em $2 bilhões”, tipo Annette, mas não. Eu sou totalmente o contrário! Comecei toda errada, sem nenhuma noção de bankroll management. O primeiro que eu joguei foi cash de $5-$10, que é uma loucura – em meia hora tiraram tudo de mim. Então descobri o sit and go e disse: “É isso! Eu sou uma gênia! Não tem como dar errado!” (risos). Em vez de jogar sit de $5, entrei em um de $100. Eu entrava na primeira mesa que via, não tinha referência, não sabia que havia outras opções. Eu só sei que comecei perdendo muito, até que um belo dia eu pensei: “Se eu tô perdendo, isso quer dizer que tem alguém ganhando”. Logo que eu tive essa luz, sem querer, por sorte sim, admito, eu ganhei um torneio. O buy-in era de $55 – eu não tinha a menor noção de bankroll management, eu tinha $62 e entrei –, o field era enorme e eu tirei o primeiro lugar. Ganhei uns $6.400, algo assim. Ali, percebi que não precisava perder e que podia ganhar. Ao contrário de muitos fishes, eu não joguei mais, saquei tudo na hora. Daí eu falei: “Agora eu vou pagar alguém pra vir aqui na minha casa me ensinar”, e chamei um amigo meu do gamão. Ele chegou na minha casa e falou pra eu jogar um sit and go pra ele ver. Eu já sabia que eu não sabia, mas ele queria ver o quanto eu não sabia. Quando a gente começou esse trabalho, vi que o jogo era mais difícil de se entender, e mais complexo de se compreender a dinâmica. Domínio ninguém tem, porque o poker está em constante evolução. Hoje em dia eu sinto que se ficar uma semana sem jogar, eu perdi, pois a velocidade da internet OBRIGA você. Por isso o jogo é tão difícil.

BN: À medida que começamos a estudar o jogo, a conhecer a complexidade e a beleza desse esporte, ele se torna algo fascinante – em alguns casos, até demais. Você conseguiu encaixar o poker de forma equilibrada na sua vida?

M:
Na verdade, entrei numa batida que não aconselho pra ninguém: eu jogava uma média de 60 sit and gos por dia. Mesmo assim, já com três meses de estudo, ainda não era ganhadora, mas comecei a ficar break even, no zero a zero. Naquela época, em 2003, começar a ficar break even não era tão difícil, porque o jogo era muito menos do que é hoje, mas eu me lembro o mês em que me tornei ganhadora – foi uma coisa linda! Mas o lado ruim da história é que, quando virei ganhadora, fiquei três meses trancada dentro de casa, só jogando. Eu não atendia telefone, não via ninguém, não saía de casa, foi uma coisa horrível. Eu queria entender o quanto era possível fazer ali, o quanto eu entendia, o quanto eu não entendia. Foi uma época muito ruim na minha vida, porque eu virei vencedora no jogo, mas entrei em depressão. Comecei a brigar com todo mundo, não queria atender telefonema dos meus amigos, eu só dava patada nas pessoas. É lógico! Você ta jogando sit and go o tempo inteiro, tomando river atrás de river na cabeça, é um estresse louco! É insano! E isso foi uma coisa muito maluca, e estava me fazendo mal. Foi quando meus amigos literalmente fizeram uma intervenção. Eles falaram que eu tinha que parar, e realmente tinham razão. Fui passar um mês em Trancoso, na Bahia. Eu esqueci tudo, esqueci sit and go, foi uma maravilha! Então voltei para o equilíbrio, e já nessa nova fase resolvi migrar do sit and go para o multi-table, e comecei a aprender sobre bankroll management. Desde então eu não fiz mais depósito, nunca mais quebrei como no início. Nesse meio tempo, já tinha virado o ano (demorou pra eu virar ganhadora). Essa intervenção foi na virada de 2003 para 2004, mas eu comecei a ser ganhadora mesmo em maio de 2004. Nessa época eu jogava cash pesado na internet, onde as variações são muito grandes. Foi aí que parei, porque para jogar cash na internet você tem que estar com a cabeça pronta, e eu ainda não estava. Quando variava para baixo, eu ficava muito mal, eu passava mal. Nessa altura, eu já dividia meu bankroll do poker e meu bankroll da vida, que são duas coisas que eu não misturo há uns bons quatro anos. O dinheiro de pagar minhas contas não tem nada a ver com o dinheiro do meu buy-in no Nightly Hundred ou da WSOP. E isso é uma coisa que me deu muito equilíbrio na vida.

BN: Levando em conta que você faz parte do time de colunistas da CardPlayer Brasil, e que sou eu quem tem o primeiro contato com seus textos (risos), sei que você tem habilidade com as palavras. Mas como surgiu a idéia do blog que é seu xodó, o Need An Ace?

M:
Esse é o meu xodó mesmo! Não tem parada, é meu amor. Eu acredito muito que quando você faz alguma coisa com verdade, com o coração, quando faz com carinho mesmo, isso transparece. Naquela época, por causa da minha formação como roteirista e diretora de cinema, eu trabalhava na Globo, mas pensava que ia chegar revolucionando, só que não é assim. A gente tem que se enquadrar na fórmula deles, que todo mundo gosta, o que é muito bom, mas não era o que eu queria. Quando comecei a ter contato com o poker, vi que se tratava de um mercado que ia começar a crescer muito e resolvi, do nada, fazer um documentário sobre isso – com meu próprio dinheiro, minha própria câmera, meu próprio equipamento. Liguei para o CK e para o Raul e falei: “Olha, vocês não me conhecem, meu nome é Maridu, eu sou uma pessoa bacana e quero entrar na sua casa para filmar sua vida, pode ser?” Eles gostaram de mim e permitiram. No primeiro material, pensei que ia render alguma coisa, só que aquilo virou uma paixão tão grande pra mim, que eu precisava falar, e eu falo muito! (risos) E também tenho facilidade de escrever, daí eu comecei com um blog sobre o filme. Tanto que se você abrir o Need An Ace e olhar os primeiros posts, vai ver que é muito carinhoso. Eu tava amarradona em fazer aquilo, sem motivo nenhum, sentia alegria mesmo. Um dia eu comentei com o Raul acerca do o blog que eu tava fazendo sobre o documentário: em dois minutos ele colocou um postou no Clube do Poker, falando que era eu que tava fazendo um filme com eles e que eu tinha criado um blog sobre esse projeto. Para você ver a força do Clube do Poker, no dia seguinte eu tive 1.000 visitas, e as pessoas gostaram. Comecei a escrever todos os dias, virou um amor. Eu não tinha espaço para mais nada, não queria nem mais saber do filme, só queria saber do blog – eu fazia aquilo com o coração. E quando você faz uma coisa assim com tanta verdade, as pessoas curtem, se divertem. O Need An Ace é o meu xodó, e eu sabia que ele ia dar em alguma coisa, mas não sabia direito em quê. Eu tava guardando ele para a hora certa. Antes de o PokerStars aparecer, eu recebi nove ofertas de sites pra comprá-lo, e eu simplesmente respondi que “não estava à venda”.

BN: Você foi bastante criticada depois da cobertura da WSOP 2007. Que influência isso teve na sua vida e no seu poker?

M:
Lá na WSOP foi horrível: muita gente do poker me criticando e eu estava sozinha. Mas o motivo que me fez continuar, que me fez ficar forte foi a conduta do ‘meu mestre’ (sempre que eu falar “meu mestre”, estou me referindo ao Christian Toth, porque ele é muito mais do que o meu patrão. Antes disso, ele já era meu amigo. E é um cara que tem uma filosofia de vida, ele é superdiferente e não vai deixa qualquer um se aproximar dele, óbvio. Ele é um cara resguardado, quieto, e eu tô aprendendo muito com ele. E é por isso que eu tenho tanto carinho e esmero por ele). Ele viu o que aconteceu comigo. Viu que eu voltei para o Brasil emocionalmente desestabilizada.

Mas depois de um tempo eu entendi que não tinha nada a ver comigo, que o problema era deles com eles mesmos. Foi aí que o Christian me falou: “Quando existem cobras e há um passarinho no meio, as cobras vão tentar comer o passarinho. Levante vôo, e você vai ver que as cobras vão se comer”. Não deu outra: eu levantei vôo do meio do que tava me fazendo mal e em duas semanas eles estavam brigando entre si. É lógico que eu sou alvo fácil, porque eu sou mulher, porque eu tava dando minha cara a tapa, tava tentando fazer uma ‘parada’ superbacana, só que eles começaram a brigar entre si. Foi aí que eu resolvi não levar mais nada para o lado pessoal, concentrar no que é bom, no meu game. Eu fiquei muito triste nessa época, porque eu sabia de onde estavam vindo as críticas. E quando essas pessoas resolveram me atacar, demorou pra eu entender que não era pessoal. Era inveja dos outros, porque a maioria era perdedor – dentre essas pessoas que arrumam confusão, dificilmente um é ganhador. Mas eu me senti tão atacada naquela época, que entrei num avião e fui pra Europa visitar meu irmão, de tão triste que eu tava. Daí foi só eu me desligar de tudo que me fazia mal, escutar o ‘meu mestre’ e ficar perto de quem é meu amigo, e tudo se encaixou, tanto no blog, quanto no meu jogo. Quando eu voltei, estava pronta, porque, enquanto eu tava lá fora, os jogadores ‘top’ me treinaram, e eles não treinam ninguém em quem não acreditem. Isso para mim foi validação o suficiente de que eu jogo bem e tenho futuro. Isso é tão verdadeiro que, em novembro, quando eu voltei da Europa, foi o mês que eu mais ganhei na minha vida jogando online.

Depois desse episódio eu realmente virei ganhadora. As pessoas, gostando ou não do meu estilo de jogar, sabem que é assim que eu sou. Só isso (e também as pessoas que respeito e que respeitam meu jogo) me interessa. Hoje em dia eu realmente não levo nada para o lado pessoal, mas isso é muito triste, porque quer dizer que você ‘apanhou’ pra caramba. Principalmente quando se lida com dinheiro, muita gente fica com raiva. Eu sou mulher, sou bonitinha, tenho família bacana: é mais fácil me odiar, eu entendo. Talvez eu me odiasse também. Mas apesar disso, há pessoas que me deram força desde o início, e até hoje nos apoiamos uns aos outros. Gente como o Pepe (do MaisEV), Christian Toth, Akkari, Fabião ‘Deu Zebra’, João Marcelo, pessoas que nunca quiseram meu mal, que sempre me motivaram, me jogaram pra cima. E a recíproca é muito verdadeira.

BN: E o PokerStars? De que modo se deu essa história toda que culminou com seu patrocínio?

M:
Com relação ao PokerStars, antes mesmo da fatídica WSOP 2007, eu já conhecia o ‘meu mestre’ e sua esposa Marina, e um dia ele me ligou, perguntando se eu não queria passar lá no escritório dele pra gente trocar uma idéia de poker e tal. Eu fui lá, lógico. Passamos o dia conversando, mas ainda nem existia essa história de trabalhar para o PokerStars. Depois de três semanas, recebi uma ligação dele, dizendo que estava numa reunião com os donos do PokerStars e perguntando se eu gostaria de trabalhar com ele. Eu não perguntei se era de graça ou se tinha salário, nem o que eu iria fazer, eu só respondi “Sim!”. Quando ele voltou, me levou pra almoçar num lugar que só tinha sucos e alimentos naturais – eu passei fome e sede, mas nem liguei (risos). Daí ele falou que o PokerStars estava começando a vir para o Brasil, e que queria que eu trabalhasse com ele, mas ainda não sabia direito como; falou que a gente tinha que estruturar melhor. Eu fui meio que conselheira no projeto também. Não que ‘meu mestre’ não soubesse o que fazer, mas ele confiava muito no que eu tinha a dizer. Então teve inicio a história toda.

Logo que eu comecei no PokerStars, fui com muita sede ao pote: só que lá as coisas eram diferentes. Não era mais o Need An Ace, blog da Maridu, onde eu escrevia as barbaridades que quisesse e não tinha ninguém pra responder. Agora eu tinha meu salário, tava numa empresa super séria e tava todo mundo olhando. E pra mim foi uma transição muito difícil. Como eu já falei, meu primeiro trabalho foi a WSOP, sem nenhum tipo de treinamento, nada. Foi muito bom para o meu aprendizado, mas foi uma experiência traumática. Perdi muita coisa importante, como o casamento da minha melhor amiga, que aconteceria no primeiro dia do Main Event. Foi uma ‘escolha de Sofia’. Eu espero que todo esse meu trabalho, que todo o meu esforço, me mostrem no longo prazo que eu fiz a escolha certa. Eu e ela continuamos sendo amigas, mas eu sinto que, mesmo ela tendo me perdoado, no fundo alguma coisa mudou. E este especial na CardPlayer Brasil é mais uma oportunidade pra eu pedir desculpas a ela.
 
BN: Quais são seus planos a partir de agora, como jogadora patrocinada pelo PokerStars?

M:
Isso é uma coisa incrível, porque aconteceu graças a muita dedicação e estudo, e ao trabalho que eu fiz com os meus mentores. Inevitavelmente os resultados já apareciam, só que agora ficaram mais fortes. Fui para a WSOP deste ano com a mentalidade totalmente diferente do ano passado. Eu pensava: “Quando eu começar a jogar, vou focar no jogo; e quando começar a trabalhar, vou focar no trabalho”, sem misturar os dois. Lá, terminei fundo em dois torneios (35º no Ladies Event e 36º no 2k no-limit hold’em), dos sete que eu joguei, e, sem querer, apareci muito na mídia, o que me rendeu os frutos que eu estou colhendo agora.

Enquanto eu fazia as malas pra voltar ao Brasil, senti que alguma coisa tava mudando. Tanto que eu liguei para o Christian e ele me falou: “Você quer jogar? Eu acho que você vai ser mais feliz jogando”. Daí eu disse: “Acho que sim”. Ele: “Então tá bom. Vamos fazer um contrato”. E agora meu plano é concentrar muito mais no jogo do que eu já tava: jogar todos os LAPTs, o PCA nas Bahamas em janeiro, alguns WCOOPs e APPTs. Devo voltar para o Need An Ace, que é o meu xodó, mas sem a menor obrigação. Vou escrever quando estiver afim, quando tiver coisa para falar, porque realmente no momento meu foco é meu jogo e minha vida. Quero ser feliz e crescer como ser humano, diariamente. Todo dia eu tenho que matar um leão, e quem não tem esse leão para matar todo dia ainda não amadureceu.

Acho que o fato de eu querer melhorar como pessoa se reflete no jogo, é natural. E, se Deus quiser, quero levar um bracelete e forrar, né? Não custa nada sonhar. (risos)

BN: Na sua família, a prática do poker vem sendo perpetuada há gerações. Você vai ensinar o poker a seus filhos? Vai incentivá-los a praticar?

M:
Meus filhos vão ser como eu: viajantes do mundo. Vão falar línguas, vão ter o hábito de viajar, para poder conversar em qualquer língua, com qualquer raça, em qualquer país. Eu vou incentivar sempre cada um a ser o que quiser. Uma coisa muito boa que meus pais fizeram: ninguém forçou a gente a ser nada, eles deixaram a gente ser o que quiséssemos ser. Minha mãe me dá muito apoio, ela tem o maior orgulho. E vou ensinar o poker aos meus filhos. Até porque, pra mim, fazer uma coisa bem feita é o melhor: seja jogar poker ou trocar uma lâmpada. Se eles tiverem tino para o jogo, vão aprender mesmo. E acho que eles vão ter, sim. Tá no sangue (risos).




NESTA EDIÇÃO



A CardPlayer Brasil™ é um produto da Raise Editora. © 2007-2024. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site sem prévia autorização.

Lançada em Julho de 2007, a Card Player Brasil reúne o melhor conteúdo das edições Americana e Européia. Matérias exclusivas sobre o poker no Brasil e na América Latina, time de colunistas nacionais composto pelos jogadores mais renomados do Brasil. A revista é voltada para pessoas conectadas às mais modernas tendências mundiais de comportamento e consumo.


contato@cardplayer.com.br
31 3225-2123
LEIA TAMBÉM!×