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LAPT – Punta del Este

Com sua paisagem cercada de belezas naturais, sua arquitetura sofisticada e o glamour de seus visitantes, Punta del Este é um dos balneários mais famosos da América do Sul. Não por acaso, foi a escolha do PokerStars para sediar terceira e última etapa da temporada de estréia do LAPT – Latin American Poker Tour.


Amúlio Murta

Depois de passar pelo Brasil e pela Costa Rica, a primeira temporada do LAPT encerrou o seu ciclo no Uruguai. O PokerStars teve o seu pioneirismo coroado com absoluto sucesso, e o LAPT teve um saldo altamente positivo. Ao todo, foram 1.063 jogadores inscritos ao longo das três etapas, e a premiação ultrapassou a casa dos US$2,5 milhões. Segundo o presidente do LAPT, Glenn Cademartori: "Com a realização do LAPT Punta del Este estamos completando de forma fenomenal a bem sucedida primeira temporada do Latin American Poker Tour,  superando todas as expectativas. Inicialmente, esperávamos atingir a marca de  250 jogadores para cada evento, mas esta meta foi ultrapassada com uma grande margem. Isso evidencia o crescimento do poker na América Latina."

Surpresas a caminho
O LAPT mal encerrou a sua primeira temporada, e o pessoal do PokerStars já está trabalhando no segundo ano do circuito. A organização promete várias surpresas, e uma boa notícia já está confirmada: para o segundo ano do circuito, o Stars planeja três novas paradas – uma na Argentina, uma no México e outra no Chile. Esses países irão se juntar a Brasil, Costa Rica e Uruguai, fazendo com que o tour tenha seis destinos em seu segundo ano.

No Uruguai tivemos um total de 351 jogadores inscritos. O Brasil, com a 1ª etapa realizada no Rio de Janeiro, foi o país que mais jogadores levou para o evento. Foram 93 brasileiros inscritos apenas no torneio de Punta. Dentre eles, alguns nomes que estiveram presentes em todos os três eventos, como André Akkari, Ricardo Manecop, Paulo César Ribeiro (P.C.), Piragibe e muitos outros.  Um brasileiro em especial fazia a sua estréia no circuito, o nosso Campeão Mundial, Alexandre Gomes.  Alê – que agora joga como Profissional do Poker Stars Team – foi um dos jogadores mais assediados pela imprensa, pelos outros jogadores e também pelos fãs de poker presentes em Punta.

Inverno ensolarado
O clima de inverno uruguaio era o ideal para a prática do Texas Hold’em. Em uma combinação perfeita de sol e frio, assistimos a um torneio fantástico, que culminou em um duelo de mais de 5 horas de duração, entre um jovem espanhol e um experiente jogador costa-riquenho, mais um representante da família Brenes.

Time de peso
Outros nomes consagrados do feltro se uniram aos brasileiros na disputa do título. Além de Gomes e Akkari, o LAPT Punta del Este atraiu outras grandes estrelas do poker nacional e internacional. O PokerStars Team Pro levou até o Uruguai, o “embaixador do poker” Humberto Brenes, os americanos Greg Raymer, Chad Brown, Vanessa Rousso e também o “Robin Hood do Poker”, Barry Greenstein, que também estreava no circuito latino-americano.

Além dos profissionais do PS, outros ilustres também marcaram presença, dentre eles estavam o piloto brasileiro da StockCar, Gualter Salles, o casal costa-riquenho Max e Maria Stern (os únicos a possuírem, ambos, braceletes da WSOP), a argentina Veronica Dabul, que foi premiada três vezes na World Series deste ano, e, já que estamos falando da Série Mundial, um jogador que fará em novembro a mesa final do  Main Event 2008, David "Chino" Rheem.

O Torneio
O local escolhido para a realização do evento foi o maravilhoso Mantra Resort Spa & Casino. E a etapa uruguaia do LAPT apresentou algumas novidades, como a filmagem do evento para a transmissão na TV. Esse foi um dos motivos que, somado ao grande número de jogadores que chegaram tarde para a inscrição, acabaram por atrasar em 1 hora o início da competição.

Quando finalmente os técnicos da TV conseguiram ajustar toda a parafernália eletrônica, os jogadores começaram a tomar os seus lugares e o torneio teve início.

Era por volta das 13:10h do dia 07 de agosto, quando o Diretor Mike Ward anunciou as “palavras mágicas”, e os jogadores começaram a receber as suas cartas.

Primeiros Movimentos
Passeando pelo salão era possível ver os tradicionais encontros nas mesas de nomes conhecidos. Greg Raymer e Vanessa Rousso; Jose Ignacio Barbero (o argentino que teve excelente desempenho na WSOP) e Andre Akkari; o húngaro Waldemar Kwaysser, vencedor do LAPT San José, ao lado de Alex “Assassinato” Fitzgerald; e muitos outros.

Ace on the River
Barry Greenstein está em uma mesa no canto esquerdo do salão. Joga com uma edição de seu livro “Ace on the River”, sob a sua cadeira. E este exemplar tem um destinatário certo: será entregue ao jogador que conseguir eliminá-lo da disputa, acompanhado de um autógrafo e de uma dedicatória exclusiva. Esse gesto é marca registrada de Greenstein, que o repete – caso seja eliminado, claro – em todos os torneios de que participa

O número de jogadores que se inscreveram no período de “Late Registration” foi tão grande que, quando chegamos ao segundo nível de blinds, ainda havia competidores entrando no salão do Mantra para começar a jogar.

Assim como nas outras etapas, cada inscrito recebeu 10.000 fichas, os blinds começaram em 25/50 e subiam de hora em hora. Quando chegamos perto de completar o 7° nível, um conhecido jogador assumiu a primeira posição. Enquanto a média girava em torno das 18 mil fichas, o Campeão Mundial e jogador do PokerStars Team, Greg Raymer, após seguidas boas mãos, conseguiu erguer seu stack para cerca de 100 mil fichas. Em uma dessas oportunidades, com AA, encontrou QQ de André Akkari. O bordo trouxe KK45J, e Greg acabou eliminando seu companheiro de PS Team. Fim de torneio para o brasileiro.

Alguns minutos antes da eliminação de Akkari, o jovem jogador Teddy Peterson se tornava o mais novo proprietário do livro “Ace on the River”. Na mão em que eliminou o Robin Hood do Poker, Peterson, jogando em posição inicial, abriu a ação com um raise pré-flop, Greenstein anunciou o seu all-in de aproximadamente 10 mil fichas. Peterson instantaneamente anunciou o call e mostrou AA e. Greenstein apresentou 1010. O A surgiu no flop e acabou com as pretensões de Greenstein no LAPT do Uruguai. Após entregar o seu livro para o oponente, Barry levantou-se e saiu sob aplausos do salão do Mantra, indo em direção ao seu quarto.

Com 196 jogadores na disputa, o cerco começou a se fechar e a ação tomou conta do jogo. Neste momento, Alê Gomes, que já havia conseguido elevar o seu stack para mais de 30 mil fichas, leva uma fatiada e cai para cerca de 22 mil. Humberto Brenes conseguiu subir de 7 mil para 50 mil fichas. E agora, como é sua característica, dava um show à parte na mesa da TV. Seu irmão, Alex Brenes, era outro que a essa altura se encontrava entre os líderes, com cerca de 80 mil fichas.

Quando entramos no último nível de blinds para o encerramento do 1° dia, os jogadores preferiram pisar no freio e garantir a vaga na disputa do dia seguinte. O jogo ficou mais lento e com pouca action. Mas, como sempre, alguns nomes notáveis acabaram ficando pelo caminho. Dentre eles Chad Brown, que caiu com A6s contra um par de 8.

Dos jogadores que passaram para o segundo dia, destaque para os brasileiros Alexandre Gomes, que ficou com 39 mil fichas, e Leandro “Brasa” Pimentel, com 59 mil. Dentre as mulheres, quem vinha fazendo bonito no torneio eram as jogadoras Rosamélia Ferreira, do Brasil, com 80 mil fichas, a argentina Verônica Dabul, com 72 mil, e Alessandra Braga, que chegou a possuir 800 fichas durante a primeira hora do torneio, mas conseguiu renascer das cinzas e passar para o segundo dia de disputa, com cerca de 12 mil. Ao final do 1° dia, a posição de chip leader era ocupada por um jogador argentino, Jorge Gonzales com um stack de 129.700 fichas.

Dia #2
Muita emoção estava reservada para os 93 jogadores que começaram o segundo dia de disputa nos salões do Mantra.  Começando pontualmente ao meio-dia, o segundo dia de disputa só se encerrou com a definição dos 8 jogadores que formariam  a mesa final do LAPT Punta del Este, e a zona de premiação começava na 32ª posição.

Ao contrário do que aconteceu nas outras etapas do LAPT, vários membros do PokerStars Team conseguiram avançar para o segundo dia da etapa do Uruguai. Vanessa Rousso, Greg Raymer, Humberto Brenes e Alê Gomes seguiram com vida ao início do segundo dia. Na mesa da TV, Greg Raymer, com 74 mil fichas, e Alê Gomes, com 39 mil fichas, jogavam lado a lado.

A disputa começou bem agitada, com jogadores buscando muita ação e disputando grandes potes. Neste momento ocorreram várias fatiadas e eliminações. Dentre os que caíram nas primeiras horas do dia, Valdemar Kwaysser e Alex “Assassinato” Fitzgerald, eliminado em “três golpes” aplicados pelo brasileiro Daniel “Dani” Benjamin.

Quem conseguiu acumular uma boa quantidade de fichas durante as primeiras horas foi Leandro “Brasa” Pimentel. Brasa, jogando de forma agressiva como sempre, elevou o seu stack para mais de 90 mil fichas e fazia um torneio tranqüilo. Àquela altura, Brasa e Alê Gomes eram os brasileiros com o maior número de fichas no evento.

Quando entramos no 12° nível de blinds, Alessandra Braga, que vinha fazendo um belo torneio de recuperação, recebeu QQ no small blind. Após um raise de Humberto Brenes de 7 mil na posição cut-off, ela decidiu voltar all-in de 23 mil. O big blind dá fold, e Humberto pensa por um tempo até que diz: –“Ok, vou te dar as minhas fichas...”, decidindo pagar a aposta e apresentando QJ. O flop trouxe Q62, dando uma trinca a Alessandra. Porém, trouxe também a possibilidade de flush para Humberto. A carta do turn é um K, que completa o flush de Humberto. Alê Braga fica imensamente machucada e, sem força para uma nova reação, acaba caindo duas mãos depois, com ATs vs. AK.

Fim de jogo para o “Fossilman”
O Campeão Mundial e chip leader do torneio em boa parte do primeiro dia, Greg Raymer, foi outro jogador que não resistiu e acabou caindo muito próximo ao estouro da bolha. A primeira fatiada ele levou em um all-in pré-flop de AK contra 66. O par segurou, o bordo ‘tijolou’, e Greg caiu para 50 mil. Após essa mão, em um bordo de 975, Greg decide fazer um move, anunciando all-in com 10J. Ele foi pago pelo seu oponente com AJ e acabou dando adeus ao LAPT do Uruguai.

O estouro da bolha
Era por volta das 18:10h em Punta del Este quando tivemos a definição dos trinta e dois jogadores que conseguiram chegar no dinheiro. Na mão que definiu quem seria o “bubble man”, o flop foi composto por 873. O venezuelano Jamal Kunbuz anunciou all-in, instantaneamente pago pelo costa-riquenho Alex Brenes, com 88. Kunbuz mostra 1010 e não obtém ajuda do bordo, caindo na bolha da premiação.

Humberto Brenes x Alexandre Gomes
Após a comemoração pela queda do último jogador antes da premiação, o jogo recomeça em quatro mesas. Quando chegamos ao 15° nível de blinds, restando ainda 28 competidores, a mesa rodou em fold e Humberto Brenes, no small blind, aumentou a aposta para 20 mil fichas. O brasileiro Alexandre Gomes, no big blind, voltou aproximadamente 80 mil. Esta quantidade correspondia ao all-in de Humberto que, após pensar muito, decidiu pagar a aposta e apresentar A5. Alê mostrou AJ e acabou por eliminar o costa-riquenho, assumindo a liderança do torneio com mais de 300.000 fichas.

 

GG Brasa!!!
Leandro Brasa e Alexandre Gomes eram dois brasileiros dados como certos na mesa final do LAPT Punta.  Jogando um poker absolutamente sólido, conseguiram acumular uma grande quantidade de fichas durante todo o 2º dia.  Com aproximadamente oito horas de disputa, Brasa decidiu aumentar pré-flop, “fazendo tudo” 15 mil fichas. O canadense Gylbert Drolet, único jogador com mais fichas que Leandro na mesa, após pensar um pouco decidiu completar a aposta na posição de BB para ver o flop. TK3 foram as três primeiras cartas. Brasa aposta 25 mil fichas. Drolet pensa por um longo tempo e volta um raise de 50 mil. Brasa anuncia o seu all-in no mesmo instante, e recebe um imediato call de Drolet.

O brasileiro, surpreso com a velocidade com que o canadense anunciou seu call, antes mesmo de mostrar as cartas pergunta para Drolet se ele está trincado. A resposta é positiva. Brasa balança a sua cabeça negativamente e mostra AA. Drolet apresenta 33, trinca obtida ainda no flop. O turn traz um 5, e o river, um J. Brasa cai na 24ª posição e Gylbert Drolet, agora com mais de 400 mil fichas, praticamente garante o seu ingresso para a Final Table.

Euforia Brasileira
Coube a Walter “THE TERRIFIC” Oaquim, ou simplesmente Waltinho, como é mais conhecido, o momento mais divertido para a torcida brasileira presente em Punta. Após ficar muitas mãos sem jogar, Waltinho teve seu stack destruído pelos blinds. Tendo conseguido entrar na premiação, sabia que estava próximo o momento de empurrar todas as suas fichas, numa tentativa desesperada de se manter vivo no jogo. Como além dele, outros brazucas também estavam na mesma mesa, essa era a mesa acompanhada com maior atenção pela torcida tupiniquim. Foi então que, vendo a posição do brasileiro (prestes a ser engolido pelos blinds), André Akkari gritou para Waltinho: – Agora é all-in no escuro, Waltinho!!!!

Ele não pensou duas vezes anunciou o seu all-in sem olhar as cartas. O canadense Gylbert, carrasco de Leandro Brasa, decidiu pagar a aposta. A torcida brasileira começou a gritar para P.C. largar o seu BB. Ele dá fold na mão e o resto da mesa faz o mesmo.  Gylbert abre AT e Waltinho mostra J3. No flop vieram 2Q2, dando ao brasileiro uma possibilidade de flush. A torcida começa a pedir por uma carta de espadas quando, o T de Gylbert bate no turn. Sem desanimar, a galera continua pedindo uma carta de espadas. No river, o K salvador. Waltinho dobra suas fichas e ganha uma sobrevida, e a torcida brasileira faz uma grande festa no salão do Mantra.

Verônica, Rosamélia e Vanessa
Na mão seguinte, ainda eufóricos com a dobrada de Waltinho, a torcida pede para que ele entre novamente all-in no escuro. Ele decide ver as cartas, larga a mão, e diz que tinha KT. Neste momento, a argentina Verônica Dabul anuncia seu all-in de 40 mil fichas e Gylbert, aproveitando a “boa fase”, paga a aposta mostrando QQ. Verônica apresenta TT. O Bordo traz 4 cartas baixas e um K que leva Waltinho à loucura. Verônica acaba eliminada na 16ª posição. A mesa é desmontada e Waltinho é movido para a mesa da TV.

Ainda short stack, Waltinho não conseguiu se recuperar novamente. Pouco tempo após ser movido para a feature table, foi all-in com JJ e acabou batendo de frente com um par de 8 que trincou no flop. A mineira Rosamélia caiu em seguida, sendo outra vítima do canadense Gylbert. A mulher mais colocada no evento foi Vanessa Rousso, que foi eliminada na 10ª posição, a uma posição da bolha da mesa final, com 99 contra AA.

Faltando uma queda para a formação da Final Table
Com três brasileiros ainda na disputa – Cidão, “P.C.” e Alexandre Gomes – e faltando apenas uma queda para a formação da FT, a bolha da mesa final, como não poderia deixar de ser, foi emocionante. Entre os brasileiros, apenas Alexandre estava em situação cômoda. Cidão e P.C estavam muito short stack e à medida que o tempo passava a competição ganhava em dramaticidade. Mas enfim, após uma longa disputa, o argentino Carlos Alberto Curi acabou caindo na 9ª colocação e ficou fora da Final Table.

O Dia 2, que tinha com 93 jogadores, chegava ao fim após 12 horas de jogo, e o Brasil conseguiu colocar três jogadores entre os finalistas de uma etapa do LAPT.

A mesa final ficou assim:

Mesa Final
8º Colocado - Paulo César Ribeiro, Brasil - 47 anos
“P.C.” participou de todas as etapas da primeira temporada do LAPT, e esta foi a sua melhor participação. No Rio, caiu logo no primeiro dia; na Costa Rica, conseguiu sobreviver ao 1º dia, mas acabou caindo no 2º, ficando in the money. Uma semana antes da disputa em Punta, ele havia faturado um prêmio de R$40.000,00 em um torneio de $250K garantidos realizado na cidade de São Paulo.

O brasileiro encerrou a sua participação no LAPT na terceira mão da mesa final. Após um raise de 26.000 mil fichas do espanhol Jose Miguel Espinar. Paulo Cesar Ribeiro anunciou reraise de 52.000 mil fichas. Espinar pagou, e o flop trouxe um 6KK. Espinar pediu mesa e P.C. atirou 100.000 mil fichas. O espanhol anunciou all-in, em um check-raise clássico. Paul César pagou imediatamente, apresentando JJ. Espinar mostrou KQ. O turn trouxe uma Q e montou um full house para Espinar, eliminando completamente as chances do brasileiro. O river caprichosamente trouxe um K, dando a Espinar uma linda quadra de reis. Paulo Cesar Ribeiro terminou em 8º lugar e levou para casa US$17.025,00.

7º Colocado - Juan Jose Perez, Argentina – 30 anos
O argentino Juan José é profissional de poker há aproximadamente 4 anos. Costuma fazer o seu ganha-pão jogando online no PokerStars, nas mesas de  cash games, e também ao vivo, nas cardrooms da Argentina. Começou a mesa final como o short stack e não teve muitas chances durante a disputa. Acabou eliminado como a segunda vítima do espanhol Espinar quando entrou all-in com AA e foi pago com AJ. O flop 102Q. O turn trouxe A e aumentou a sua vantagem, porém no river bateu um K e o argentino ficou com a 7ª colocação, voltando para Buenos Aires com US$25.535,00.

6º Colocado - Sidney Chreem, Brasil - 38 anos
“Cidão”, como é conhecido, joga live e online. Parece que se dá bem com os ares do Uruguai, pois já conquistou um torneio deep stack no Conrad, em Punta mesmo. Começou como jogador de gamão e, como vários outros, migrou para o poker. Empresário, dono de uma cadeia de lojas de roupas, Cidão é casado com Sílvia e tem dois filhos. A família não pôde acompanhá-lo até Punta, mas torceu por ele à distância, acompanhando seu desempenho pelas coberturas da internet.

Na mesa final acabou caindo pelas mãos do argentino Lisandro Gallo. Na posição de UTG, decidiu empurrar all-in com Q9. Lisandro pagou com 77 e o bordo ‘tijolou’. Cidão acabou eliminado na 6ª posição, faturando US$34.045,00.

5º Colocado - Gylbert Drolet, Canadá – 21 anos
Desde que Gylbert Drolet começou a levar o poker a serio, há 3 anos, tem obtido um sucesso considerável. Ele geralmente joga online e também em casa, com amigos. Foi o carrasco de vários jogadores, dentre eles alguns brasileiros. No LAPT teve um excelente 2º dia, em que conseguiu levantar o seu stack e garantir participação entre os finalistas.

Na final table acabou caindo na 5ª colocação, quando o argentino Lisandro Gallo, no button, aumentou para 44.000 mil fichas. Gylbert voltou o seu all-in no valor total de 194.000 mil fichas, e foi pago pelo argentino com AQ. O jovem canadense apresentou JJ, mas acabou derrotado por um flush de paus conseguido pelo argentino, com quatro cartas do bordo. Levou para casa US$51.070,00 como prêmio de consolação.

4º Colocado - Alexandre Gomes, Brasil – 26 anos
Não se deixando abalar com toda a expectativa criada em torno de seu nome após a conquista do título mundial, Alexandre Gomes fez um torneio maravilhoso. Passou do primeiro para o segundo dia com tranqüilidade, e conseguiu acumular uma montanha de fichas jogando um poker perfeito. Foi o chip leader durante boa parte do torneio, chegando à mesa final nesta posição.

Vivendo uma fase mágica desde a conquista do título no evento #48 da WSOP, apenas uma semana após a vitória em Vegas, Alexandre se tornou o segundo brasileiro a integrar o time de profissionais do Poker Stars e, passados 30 dias de sua contratação, já está fazendo outra mesa final em um evento internacional, desta vez em um LAPT. Nada mal para o advogado que desistiu de uma promissora carreira para tentar o sonho e se tornar um profissional de poker.  Alexandre, que joga online como 'Allingomes' teve uma torcedora especial acompanhando seu desempenho no LAPT Punta del Este: sua mãe, que pela primeira vez estava podendo assistir ao filho em ação.

Ele acabou eliminado na 4ª posição, em uma trombada de gigantes contra Alex Brenes. Após os dois verem um flop com 436, Alê apostou 50.000 mil fichas, Brenes empurrou all-in e Alê pagou. O brasileiro mostrou Q7 e Brenes A5. O turn foi um 7 que montou um straight para Brenes. Gomes ainda possuía a possibilidade de um flush no river. Infelizmente, o 9 acabou com as esperanças do campeão mundial, que conseguiu uma honrosa 4ª posição e recebeu US$68.100,00.

Com as fichas acumuladas nesta mão, Brenes se tornou o novo chip leader da FT com mais de 1,7 milhões de fichas.

3º Colocado - Lisandro Gallo, Argentina – 41 anos
Gerente de uma empresa agrícola, o argentino Lisandro joga poker há pelo menos dez anos. Praticando em torneios live e online, seus melhores resultados recentes incluem um evento no Conrad e um torneio "exclusivo para argentinos" no PokerStars. Ele enfrentou grandes dificuldades no LAPT – em Punta, chegou a ser o short stack do torneio, com cerca de 40.000 fichas, quando restavam apenas duas mesas. Porém, uma série de boas cartas o levaram para 465.000 e o colocaram na mesa final.

Conquistou a terceira posição após alternar altos e baixos durante toda a final table, onde procurou jogar poucas mãos no início, soltando o seu jogo à medida que o field ia diminuindo. A mão que determinou a sua queda começou imediatamente após obter duas dobradas consecutivas. Na terceira vez em que anunciou all-in, quando estava no button, com suas últimas 46.000 fichas, Alex Brenes deu um reraise, e Jose Miguel Espinar foldou a mão.

Brenes mostrou AA  e Gallo Q9. Sem surpresas no bordo, o argentino volta para casa com a 3ª colocação e US$ 93.630,00 em sua conta.

Definido os Finalistas
Por volta das 19:00h do sábado foi definido o nome dos dois jogadores que iniciariam a disputa do título do LAPT Punta del Este. Um experiente jogador da Costa Rica contra um jovem jogador espanhol.

Jose Miguel Espinar, Espanha -27 anos
Jose Miguel começou a jogar poker há menos de um ano: mas não se iluda pensando se tratar de um jovem inexperiente. Apenas um mês após o seu início, ele já estava dipsutando o PokerStars Caribbean Adventure nas Bahamas, onde alcançou a 44ª posição e levou um prêmio de US$24.000,00. Jose também participou de todas as etapas da 4ª temporada do European Poker Tour, e foi quem eliminou, dentre outros adversários, Vanessa Rousso na ‘pré-bolha’ da mesa final do evento de Punta. Jose Miguel Espinar começou a final table possuindo 1.993.000 fichas.

Alex Brenes, Costa Rica  - 44 anos
O irmão mais novo de Humberto Brenes joga poker há mais de 20 anos, e chegou como favorito à sua segunda mesa final no LAPT. Fora o LAPT Rio, onde levou US$62.800,00, chegou também duas vezes a disputar o head’s up em eventos paralelos na WSOP. Possui ainda um título do World Poker Tour disputado em Los Angeles, e uma vitória em um torneio em  Las Vegas, onde conquistou um prêmio de $250K. Alex Brenes a decisão final com 1.528.000 fichas.

O Heads-Up
Com o espanhol ligeiramente à frente na contagem inicial de fichas, os dois jogadores fizeram um heads up absolutamente equilibrado. As fichas trocavam de lado, indo e vindo sem provocar grandes alterações nos stacks dos finalistas. Com aproximadamente duas horas de disputa, o espanhol, que esteve à frente praticamente todo o heads-up, chegou a possuir quase 2/3 das fichas em jogo. Porém, Alex conseguiu equilibrar novamente os stacks e a disputa se arrastou por mais três horas, até que tivemos a definição do campeão do LAPT Punta del Este.

E o título novamente foi para a Europa. Depois de um holandês no Rio e um húngaro em San Jose, vai para a Espanha o troféu de campeão da etapa uruguaia do LAPT.  Jose Miguel Espinar não tremeu ao enfrentar o experiente costa-riquenho Alex Brenes em um HU duríssimo e conquistou merecidamente o título, em uma mão cinematográfica.

A ação começa com José Miguel no button, abrindo um raise de 250 mil fichas. Alex Brenes pensa por alguns minutos e anuncia all-in. E rapidamente Espinar anuncia o call, movendo suas fichas para o centro da mesa.

Cresce o burburinho no salão. Os expectadores percebem que a definição está próxima. Enquanto o Diretor do Torneio, Mike Ward, aguarda que o dealer encerre a contagem das fichas, Humberto Brenes assume a posição de narrador oficial, anunciando para a platéia todos os movimentos da mesa.

Humberto anuncia que Alex possui 40 mil fichas a mais que Espinar. Em outras palavras, se Alex vencer a mão o torneio estará encerrado; se perder, ainda lhe restam 40 mil fichas. Porém, com o BB valendo 100 mil fichas, todos sabem que chegou o momento de conhecer o campeão do LAPT Punta del Este.

Após desejar boa sorte aos dois jogadores e parabenizar a todos os presentes pelo lindo torneio, Humberto pede para que os jogadores apresentem as suas cartas. Quando Humberto anuncia o A9 de seu irmão Alex, a barulhenta torcida da Costa Rica começa, assim como no LAPT - Rio, a pedir a todo pulmão, “nueve, nueve, neuve!!!” Espinar possui A10.

As cartas começam a ser viradas. Um 9 é a primeira a aparecer no bordo, juntamente com um K e um 6 –  Alex vibra junto com torcida. Espinar se mantém imóvel apoiado à mesa.  O turn é um 10 e agora é o momento do espanhol explodir em uma incontida comemoração. Com poucas chances de vencer a mão, Alex sente o golpe e fica cabisbaixo. O river é um 5, e o espanhol vibra mais uma vez: o LAPT está prestes a conhecer o seu novo campeão.

Na mão seguinte as 40.000 mil fichas de Alex Brenes vão para o centro da mesa, e Espinar paga a aposta. Com K3, o espanhol flopa um top pair no K e põe um ponto final no torneios.  Alex recebeu com um prêmio de US$127.625,00 pela segunda colocação. Sem falar que, com a FT no Uruguai, ele é o primeiro jogador a fazer duas mesas finais de um LAPT. GG Alex!

O campeão levou para casa, além do título, um prêmio de US$241.735,00. Parabéns a Jose Miguel Espinar, campeão do LAPT Punta del Este.

Parabenizamos também a toda a equipe do PokerStars pelo sucesso alcançado na primeira temporada do LAPT. E a próxima já tem data de início marcada, será em San Jose, em 3 de novembro. Participe desta festa do poker latino, acesse www.pokerstars.net e descubra como participar gastando muito pouco. Até a próxima!




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