EDIÇÃO 107 » COLUNA NACIONAL

Geração de Emprego e Desenvolvimento do Turismo Local Através da Legalização dos Jogos de Azar

Leonardo Baptista

O Brasil enfrenta uma de suas piores crises econômicas. Além da recessão e da volta da inflação, o brasileiro está sendo obrigado a conviver com a alta no índice do desemprego, que em junho alcançou a marca de 10,7%, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Isso corresponde a 11,5 milhões de pessoas sem emprego no País.

Ao analisar esses números, apenas uma questão permanece: como reverter esse índice? Para muitos é uma difícil questão econômica e política, mas se formos pensar apenas em números o pontapé inicial é bem simples.

A legalização dos jogos de azar esteve em alta nas últimas semanas em função do apoio recebido por ministros e líderes do governo Temer. O que poucos sabem são os impactos positivos causados pela legalização. Além do aumento de receita e impostos, os jogos também são responsáveis por criar novos empregos e desenvolver o turismo em áreas necessitadas.

Estima-se que a legalização dos jogos de azar pode gerar 400 mil novos postos de trabalho diretos e ainda outros tantos indiretamente, visto que nos Estados Unidos, para cada 1 vaga de trabalho aberta pelo jogo, é criados 1,9 emprego indireto. Essa não seria a solução definitiva, mas já seria um grande passo para o recomeço e aquecimento da economia brasileira.

Quando falo do desenvolvimento do turismo é importante posicionar o leitor. Os cassinos mais famosos do mundo recebem milhões de turistas dispostos a gastar e fazer compras. Esse é o caso de Las Vegas. A cidade recebe 41 milhões de visitantes por ano, assim como Macau recebe 31 milhões. Outro exemplo é nosso vizinho Uruguai. Atualmente, os cassinos uruguaios estão com 70% de ocupação, sendo os brasileiros responsáveis por 50% do faturamento.

Temos que nos espelhar nesses países e aprender com seus acertos. Em Macau, por exemplo, existe uma lei em que 90% da mão de obra dos empreendimentos são preenchidas obrigatoriamente por moradores locais. Por conta disso, empresários investem em qualificação do trabalhador local, gerando mais renda, desenvolvimento, educação e crescimento cultural para o país.

Para sair da difícil situação em que o Brasil se encontra, políticos e empresários devem empreender e seguir caminhos já traçados por outros países.