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OPINIÃO: Valorizem os seus, Yuri e Renan não merecem nada além de aplausos e reconhecimento - Parte 2

por Marcelo Souza


 

10/07/2022 19:06
OPINIÃO: Valorizem os seus, Yuri e Renan não merecem nada além de aplausos e reconhecimento - Parte 2/CardPlayer.com.br


Há cinco dias, escrevi um texto comentando a polêmica que se tornou a opinião de Yuri Martins sobre o comportamento de Daniel Cates na mesa final do $50k PPC. Acabei demorando um pouco para escrever a parte 2, uma reflexão sobre outra fala que também teve bastante repercussão: a opinião de Renan Bruschi, o “Internet93o”, sobre a falta de conhecimento teórico do americano Phil Hellmuth, com quem ele jogou por muito tempo no evento em que caiu na mesa final.



Renan Bruschi


Renan sempre foi um cara que fala o que pensa, sem papas na língua. Muitos o acham arrogante; outros tantos, autêntico. A verdade é que independentemente do lado que você esteja, uma coisa é unânime: ele é um dos grandes jogadores do Brasil, com centenas de resultados expressivos e com dezenas de tutelados extremamente vencedores. Um cara que gasta horas e horas por semana com softwares de estudos, buscando a melhor solução técnica para centenas de mãos.


Quando pergunto a Renan sobre a qualidade de Hellmuth, ele faz questão de valorizar todos os feitos do americano, mas quando ele fala da qualidade técnica de Phil, novamente, como falei no texto de Yuri, primeiro escute, depois pense em lhe arremessar pedras. Alguém que estuda o jogo, como Renan, não iria sair por aí falando sobre a qualidade de outro jogador se ele não tivesse propriedade. Lembrando, o que ele disse, vários dos melhores do mundo já disseram. O próprio Yuri, em entrevista à Card Player, Doug Polk, Scott Seiver e até mesmo André Akkari. Claro que o poker permite diversas linhas diferentes, mas existe toda uma lógica matemática por trás de uma jogada, linhas que são comprovadamente vencedoras — e Renan conhece a maioria delas.


O próprio Hellmuth já admitiu que sua principal habilidade está em “ler oponentes”, conhecer o field e explorar fraquezas dos adversários. Contra o field da WSOP, um dos mais fáceis do mundo (palavras não minhas, mas de jogadores com currículos extensos que vêm para cá todo ano), essas qualidade serão o bastante e, às vezes, mais importantes que certos conhecimentos técnicos, como o próprio Yuri também já disse: “ele aprendeu como ganhar torneios nesse tipo de field”. É inegável que, da maneira que joga hoje, Hellmuth seria trucidado se jogasse online — novamente, palavras não minhas, mas constatações de caras que jogam online, em dois ou três anos, mais torneios do que   Hellmuth já jogou em toda vida — e olha que ele já jogou torneio pra caramba!


As palavras de Renan devem ser recebidas como uma análise profunda e técnica do poker em si, não como uma forma de depreciar o jogo de Hellmuth. Afinal, escolha de field e jogar de forma “exploit” neste ambiente são também grandes qualidades de um jogador de poker. Lembrando que para vencer no poker, você não precisa ser necessariamente bom, apenas precisa ser melhor que aqueles contra quem você joga.



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