EDIÇÃO 62 » COLUNA NACIONAL

O Retorno do maior espetáculo da mente


Caio Pessagno
O Master Minds já virou sinônimo de excelência no poker. Com estrutura diferenciada, a segunda edição surpreendeu novamente. Aqui, compartilharei com vocês a minha experiência nesta que é uma das maiores festas do poker brasileiro.

Logo na entrada, me deparei com o stand da River Poker Style. Coisa linda! (risos) Lá, participei de diversas atividades com os visitantes. Joguei um home game com o pessoal, fui desafiado no PS3, disputei algumas partidas de sinuca e por aí vai. Passando pelo stand, me deparei com o bar Rooters e suas garçonetes sempre sorridentes e atenciosas. Show.

Depois do bar ficava a área de torneios. Uma estrutura realmente de primeira. A mesa da TV, com cobertura da TV Poker Pro, mais uma vez arrebentou. Quem estava em casa pôde acompanhar tudo com detalhes. E quando eu menos esperava, dei de cara com ninguém menos que Ronaldo “Fenômeno”.

Foi emocionante dividir a mesa da TV com ele. Nunca imaginei que isso um dia pudesse acontecer. Fiquei feliz por jogar, conversar e conhecer pessoalmente esse grande ídolo, que tanta alegria trouxe para os brasileiros. À parte isso, vê-lo sentado em uma mesa de poker, jogando um torneio no Brasil, me fez pensar em como o esporte cresceu e ganhou respeito. A presença do Ronaldo no Master Minds mostra que o poker se tornou uma oportunidade de negócios para as grandes marcas. Estamos na Rede Bandeirantes, na Rede Globo e no Portal Terra, para citar alguns.

Voltando ao pano, passei para o segundo dia do Main Event com 72.000 fichas. Após alguns desencontros, cai para 12.000 no início do Dia 2. Faltavam cinco minutos para as inscrições do Pot-Limit Omaha se encerrarem quando decidi jogar duas mesas live ao mesmo tempo. Loucura isso.

Só que eu tinha poucas fichas no Main Event e não queria perder a chance de jogar o PLO. Minha prioridade era o evento principal, então, fiquei de sit out por algum tempo no torneio paralelo. Antes do intervalo, acabei dobrando minhas fichas. Corri para a mesa do Omaha e me envolvi em um all-in triplo com J-J-K-8. Acertei um J no flop e quebrei um A-A-X-X e um K-K-X-X.

Após a volta do break, ainda com poucas fichas no Main Event, empurrei tudo pré-flop com K-Q e encontrei um par de noves. “GG para mim”. Voltei ao Omaha, acertei um combo draw gigante, mas não bateu nada. “GG para o velho Pessa”. De novo.

Após as duas eliminações, só me restava o Big Shot 6-max. Em minha primeira mesa estavam Akkari, Federal, Robigol, “PiuLimeira” e Sequela. Estava fácil a minha vida? Como esperado, a turma estava jogando bem solta. Nosso presidente, Igor Federal, tem poucas oportunidades de disputar um torneio. Então, quando ele estiver disposto, melhor sair da frente. É ficha no pano. Vi muito do meu jogo no dele, bastante agressivo e sempre pressionando. Porém, com 7-5, acabei acertando uma sequência nuts no river. Eliminei o presidente e fiquei muito bem no torneio.  Após essa mão, consegui impor meu ritmo.

Na hora da bolha, quando restavam sete jogadores. Eu tinha 300k, e três jogadores estavam com poucas fichas. Logo em uma das primeiras mãos, o UTG entrou de limp com 90.000, sendo seguido por mais dois jogadores. Recebi, no button, um 9-9. Fui all-in sem pestanejar e coloquei os shorts contra a parede. O big blind tinha 50.000 e, depois de pensar bastante, deu call. Todo mundo largou, e ele, ninguém menos do que meu grande parceiro Leo Brescia, também conhecido como “não sei largar A-K”, apresentou seu ás e rei. Meu par segurou e disparei na liderança.

Após o estouro da bolha, o jogo sempre flui mais rapidamente. Com a queda dos shorts, sobram, além de mim, “PiuLimeira” e Eduardo Sequela. Como sou vacinado contra o folclórico “poker de rua” do Sequela, minhas fichas já estavam caindo no meio da mesa antes de ele terminar de anunciar seu all-in. Uma dama no flop deixou o A-8 do Sequela praticamente sem chances contra o meu A-Q.

No heads-up, comecei com 430k. Com 180k, “PiuLimeira” conseguiu dobrar rapidamente, e o jogo ficou empatado. Já passavam das seis da manhã quando fizemos um acordo dividindo o prêmio. A disputa agora era pelo troféu. Ele jogou muito bem o HU e acabou vencendo o torneio. Fiquei sem o troféu, mas com a sensação de dever cumprido.

Não vejo a hora de chegar a terceira edição do Master Minds. Ficou clara a evolução do primeiro para o segundo evento. E o próximo promete ainda mais. Isso sem falar que jogar ao lado de grandes profissionais e personalidades só engrandece o nosso esporte.

O MasterMinds 2 foi a prova viva do crescimento do poker e das proporções que ele está tomando. Parabéns à toda equipe que realizou essa grande festa do poker brasileiro.




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