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Bertrand ‘ElkY’ Grospellier: Treinando Para Chegar ao Próximo Nível

Lenda do Poker Online não vai parar até se tornar o maior jogador do Poker ao vivo


Shawn Patrick Green

Aqueles com aspirações de se tornar o maior em alguma coisa geralmente encontram inspiração em pessoas, modelos de comportamento cujos passos eles se esforçam para seguir. Com Bertrand “ElkY” Grospellier, que tem o melhor currículo de poker possível para alguém de 28 anos, não é diferente. Contudo, em sua jornada para se tornar o maior jogador de poker do mundo, ele escolheu uma fonte de inspiração pouco ortodoxa no poker — Leonardo da Vinci.

Na tentativa de cultivar seu gênio e maximizar o tempo que passa acordado, ElkY usa um método de sono incomum, chamado sono polifásico, que ele leu que da Vinci praticava. Ele dormia 15 minutos a cada quatro horas em vez de o período normal de oito horas. Embora esse calendário de sono tenha lhe prejudicado quando ele perdeu milhares de dólares jogando sit-and-gos high stakes, ele ilustra perfeitamente os métodos extremos que ele vai experimentar para ser o melhor.

ElkY está até treinando para se tornar um jogador de poker melhor. Ele contratou um ex-jogador de tênis profissional para ser seu técnico, gerente e agente, e seu técnico o mantém em um regime sério de alimentação saudável e exercícios. A ideia de um jogador de poker treinar — como alguém faria em um esporte — e contratar um técnico de fora do poker é relativamente nova, mas ElkY obviamente não tem medo de provar coisas novas em sua tentativa de alcançar a grandeza.

E sua jornada não vai mal de forma alguma. Ele foi contratado como profissional do Team PokerStars Pro antes mesmo de ter uma boa colocação em um grande torneio ao vivo, feito pouco comum no mundo do poker. Lendário jogador de multi-tables, um dos mais bem pagos do PokerStars e o primeiro a atingir o status de Supernova Elite no PokerStars VIP Club, o francês conquistou uma legião que o segue online, e logo deixará sua marca em torneios ao vivo ao redor do globo.

Pouco depois de ter entrado para o time de profissionais do PokerStars, ElkY obteve grandes pontuações que chamaram a atenção de toda a comunidade do poker. Em 2007, ele ficou em segundo lugar no evento do European Poker Tour em Copenhagen, ganhando quase $400.000. Um ano mais tarde, em janeiro de 2008, obteve sua maior vitória até agora e ganhou seu primeiro torneio ao se tornar o último homem de pé no evento principal do PokerStars Caribbean Adventure (PCA), o que lhe valeu incríveis $2 milhões. Contudo, nem de longe essa seria seu último grande primeiro lugar. Em meados de 2008, ele jogou o Evento Principal do Festa al Lago Classic no Bellagio, derrotando Nam Le no heads-up e ganhando seu primeiro título do World Poker Tour e mais de $1,4 milhões. Depois de tudo, ainda em 2008 ele ficou em terceiro lugar no ranking de Jogador do Ano da Card Player por ter premiado em 10 torneios, com ganhos combinados de $3,6 milhões.

ElkY está de volta ao caminho da vitória em 2009. Sua conquista mais recente foi no PCA, dessa vez no evento high-roller com buy-in de $24.500. Ele derrotou uma mesa final obviamente difícil e levou $434.000. Ele também foi semifinalista do NBC Heads-Up Poker Championship, levando $125.000.

Até este exato momento, ElkY tem quase $5 milhões ganhos em torneios ao vivo. E “até este exato momento” é particularmente apropriado para ElkY, devido a sua taxa de sucesso, seus ganhos na carreira crescem, ao que parece, semanalmente.

A vida pouco tradicional de ElkY como profissional do poker foi precedida por uma vida pouco tradicional como jogador profissional de vídeogame na Coreia. Ele já tinha aparecido na televisão antes mesmo de fazer parte de uma mesa final televisonada de um grande torneio de poker, pois ficou “heads-up” em campeonatos quando jogava Starcraft, um game de estratégia em tempo real.

Enquanto jogava vídeogames profissionalmente, ele ouviu falar da fortuna que poderia acumular jogando poker online. As decisões complexas envolvidas em Starcraft, juntamente com sua natureza competitiva, fizeram do poker na internet algo natural para ele; além disso, a transição de um jogo de computador para outro (os feltros virtuais) ocorreu sem dor.

No entanto, a transição de uma tela de computador para fichas palpáveis, feltro de verdade e oponentes de carne e osso pode ser um pouco mais assustadora…

Shawn Patrick Green: Com o que você teve que se acostumar para poder fazer com sucesso a transição entre poker online e ao vivo?

Bertrand Grospellier: Primeiramente, quando você joga online, a contagem de fichas está escrita na tela o tempo inteiro, então é muito fácil de se adaptar. No poker ao vivo, se você perder algumas mãos e não prestar atenção, um cara pode ganhar algumas fichas e você não sabe exatamente o quanto ele tem, e isso pode fazer uma grande diferença ao dimensionar seu aumento. É por isso que, com tantos jogadores, quando eles aumentam e um jogador que tem um estoque um pouco menor vai all-in, eles ficam confusos e não sabem o que fazer. Eles nem sempre pedem uma contagem, e não sabem exatamente quanto o cara tem na mesa. Eu sempre tento estar ciente de quantas fichas meus oponentes têm, especialmente quando eu tenho muitas fichas, pois quando não tenho muitas, isso não importa tanto.
Há muito mais jogo com grandes estoques em torneios ao vivo. Há alguns poucos eventos online, como o Main Event do WCOOP [World Championship of Online Poker] do PokerStars, em que você tem estoques realmente grandes, mas na maioria dos torneios online você nunca tem mais de 20 ou 30 big blinds durante grande parte da disputa. É muito diferente quando você tem 20 ou 30 comparado com quando você tem 60 ou 70. Como eu era um jogador de cash-games, isso me ajudou a me adaptar aos jogos com grandes estoques.

SPG: E o fator duração em torneios ao vivo? Isso foi um problema para você, sentar-se diante de uma mesa durante horas a fio?

BG: Isso nunca foi um problema muito grande para mim, pois eu joguei sessões muito longas online para chegar ao Supernova [status do PokerStars] e, também antes do poker, quando eu jogava videogames. Agora é ainda mais fácil porque eu tenho meu técnico, que me ajuda a treinar fisicamente para quando um torneio fica muito longo. É muito importante, pois ao final, se você estiver cansado depois de 12 horas de poker, é fácil cometer pequenos erros, e os pequenos erros podem se tornar um problema muito grande, especialmente hoje em dia, pois as pessoas estão melhorando bastante. É muito importante manter seu melhor jogo e sua vantagem hoje.

SPG: Então, você obviamente não acha ridículo que jogadores de poker que querem se dar bem no jogo devam treinar fisicamente para isso.

BG: Não, eles precisam treinar. Em regra ajuda — embora para alguns torneios você tenha que jogar durante apenas seis ou sete horas. Mas no evento high-roller nas Bahamas, nós começamos ao meio-dia e terminamos às 4h da manhã. Portanto, nesse tipo de torneio, é realmente importante permanecer em boa condição física e concentrado. Quando você está em boa condição física, isso lhe ajuda a ficar mentalmente focado por períodos mais longos de tempo. Se você for um ótimo jogador e não estiver em boa condição física, ainda vai conseguir fazer ótimas jogadas, mas ao final do dia, após jogar durante muito tempo, pode não ser capaz permanecer tão afiado, cometendo cometer mais erros. Isso pode fazer uma grande diferença.

SPG: Além de ficar em forma fisicamente, há alguma coisa que você treine mentalmente para o jogo?

BG: Eu não faço muito treinamento mental. Tive sorte, pois como eu já jogava videogames [profissionalmente], já tinha estado em situações em que enfrentei muita pressão. Quando jogávamos grandes finais, elas ocorriam em estádios com 20.000 pessoas assistindo ao vivo. E a maioria das pessoas torcia contra mim, pois eu estava enfrentando caras da Coreia, e todo mundo na plateia era coreano.

Isso me ajudou muito. E morar na Coreia me ajudou demais, pois a sociedade coreana é muito, muito competitiva. Eles são insanos: simplesmente praticam o dia todo, o tempo inteiro. Quando eu jogava videogames lá, eles praticavam 14 horas por dia e jamais paravam. Nunca foi um problema para mim me concentrar mentalmente sob pressão e, na verdade, prefiro ter muita pressão do que pressão nenhuma.

SPG: A maioria das pessoas conhece sua carreira anterior como jogador profissional de videogames. Como o Starcraft, em particular, guarda paralelo com o poker?

BG: Eu acho que o conjunto de habilidades necessário é bastante similar. Em Starcraft, você também tem informações incompletas, pois há um mapa, e cada um tem um lado do mapa, mas você tem o que é chamado de “nevoeiro de guerra” obstruindo o que nossas unidades não podem ver no mapa. Então você pode saber apenas um pouco sobre o que seu oponente está fazendo, e sabendo apenas isso, é preciso prever o que ele vai fazer, então você meio que tem que se adaptar. E é a mesma coisa no poker: quando você planeja uma mão, sabe apenas um pouco sobre a mão dele. Também é necessário prever o que ele vai fazer em streets futuras e estar preparado para lidar com isso. Além do mais, você deve ser mentalmente forte para jogar Starcraft, e eu acho que em qualquer jogo é preciso ser mentalmente forte.

SPG: Você estava falando sobre como tanto Starcraft quanto o poker envolvem muitas informações incompletas. Outro paralelo que me impressionou em relação a isso é que — ao contrário do xadrez, em que quase sempre há uma jogada ideal — existem milhares de decisões no poker que você deve tomar em cada partida, e qualquer uma delas é, por natureza, meio que uma decisão imprecisa: geralmente não há uma jogada padrão perfeita. Que processo de raciocínio você perpassa em cada mão para tomar suas decisões?

BG: Eu tento pensar sobre o fluxo do jogo e tendo entrar na mente de meu oponente sempre que possível. Eu tenho uma memória muito boa, então tento me lembrar de todas as mãos que ele jogou naquele tipo de situação; quando ele estava envolvido em um showdown, os tipos de mãos que ele mostrou naquele tipo de situação. Então, começando pré-flop, eu tento limitar a gama de mãos dele em cada street. Também tento explorar as fraquezas de alguns jogadores – assim que uma carta perigosa aparece, é muito fácil blefar contra eles. Se eu souber que um cara foi qualificado para um evento através do PokerStars, sei que ele vai estar muito, muito mais sedento para ganhar dinheiro e muito mais disposto a fazer grandes folds na bolha. Se ele for um veterano experiente, como Daniel Negreanu, é provável que ele não se importe a ponto de fazer um grande descarte na bolha, pois quer vencer.

SPG: Existe uma lista mental que você percorre antes de tomar qualquer tipo de decisão?

BG: Não, eu realmente não percorro nenhuma lista mental. Estou sempre tentando permanecer concentrado na mão e sempre tentando pensar um passo à frente. Se eu sofrer um check-raise no flop e houver um draw no bordo, sempre tento pensar sobre as gamas de mãos possíveis que esse cara tem, quando ele tem um draw e quando ele tem uma mão pronta, e o que eu vou fazer se uma carta específica surgir no turn ou river. Ter um plano para a mão é muito importante quando você joga, especialmente pré-flop. Se eu sofrer um check-raise e souber que o cara é um jogador sólido, e eu tiver um straight draw e houver um flush draw no bordo, posso planejar o que fazer se o possível flush vier: posso apostar ou aumentar no river porque não acho que meu oponente tenha um flush draw naquela situação.

Às vezes, alguns jogadores muito bons aumentam pré-flop e outro cara vai all-in com um estoque muito pequeno, e os profissionais refletem durante dois minutos. Eu quase nunca demoro tanto tempo pré-flop, pois sempre sei o tamanho dos estoques das pessoas, então já sei que se aquele cara for all-in quando eu aumentar, vou largar. Mesmo que eu não tenha, nunca faço “Hollywood” (atuação), não gosto disso.

SPG: Você foi, notavelmente, o primeiro jogador Supernova no PokerStars, e depois o primeiro Supernova Elite. Que tipos de mesas você jogava para chegar a Supernova, e foi lucrativo jogar em tantas de uma vez durante tanto tempo?

BG: Eu jogava mais sit-and-gos quando cheguei a Supernova, pois eles garantem mais FPPs [Frequent Player Points] ao mesmo tempo. Então, quando cheguei a Supernova Elite, estava fazendo uma coisa bem idiota, então não foi muito lucrativo. Eu estava tentando a técnica de sono polifásico, em que você dorme durante 15 minutos a cada quatro horas. Não é muito científico; eu tinha acabado de ler a respeito em algum lugar, e li que da Vinci fazia. Então eu fiz isso, e os primeiros dias foram bem, mas perto do final eu estava enlouquecendo e não aguentava mais.

SPG: Quais eram os buy-ins dos sit-and-gos que você disputava e quantos você jogava ao mesmo tempo?

BG: Para chegar ao status de Supernova, eu jogava sit-and-gos de $50 a $200 com nove participantes, bem como alguns cash games de $5-$10 e $10-$20, cerca de 10 ou 20 ao mesmo tempo. Para o Supernova Elite, eu jogava sit-and-gos heads-up de $5.000, então não entrava em muitos ao mesmo tempo. Eu também jogava sit-and-gos de $500 e $1.000 com nove participantes naquela época. Mas ao mesmo tempo eu fazia aquele negócio do sono, então não funcionou muito bem.

Em determinado ponto, eu realmente não me importava com os lucros, porque estava correndo o circuito de torneios e havia outro cara que queria se tornar Supernova Elite antes de mim, mas ele nunca viajava, simplesmente ficava em casa e jogava o tempo todo, então era mais fácil para ele. Então, quando eu voltei, tentei com mais afinco e joguei mesas que obviamente não eram lucrativos, pois eu enfrentava qualquer um, mesmo aqueles melhores que eu, como Genius28 [Chris Lee] e outros.

SPG: Quais as mudanças que ocorrem no seu modo de jogar quando você está várias mesas ao mesmo tempo?

BG: Depende de quantas mesas eu jogo e de que tipo de mesas eu jogo. É mais fácil jogar em várias mesas em torneios ou sit-and-gos turbo, pois eles passam muito rápido. Mas com cash games, depende; se eu jogar cash com nove participantes, meu estilo não muda muito. Mas às vezes quando eu jogo cash games com seis participantes, dispenso pequenas vantagens porque sei que a mão demoraria mais, e especialmente se elas não forem lucrativas, eu prefiro me concentrar em jogar as mãos mais lucrativas ou procurar as oportunidades mais lucrativas.

Mas eu na verdade jogo em menos mesas hoje em dia, pois entro em heads-ups, e você não pode jogar tantas multi-tables quando faz isso, pois não pode dispensar pequenas vantagens, já que precisa jogar praticada cada mão. Acho que posso melhorar meu jogo quando não estou em várias mesas; posso melhorar minha estratégia e meu jogo em geral, e posso me concentrar um pouco mais quando não estou em multi-tables. Consigo jogar em 14 mesas de uma vez, mas obviamente meu jogo não vai ser o melhor. Hoje em dia, estou realmente tentando melhorar meu jogo para ser o melhor que posso; não me importo em jogar lucrativamente, me importo em ser o melhor.

SPG: Como seu jogo evoluiu desde que você começou a jogar com seriedade?

BG: Ele evoluiu de todas as maneiras, isso é certo. Minha imagem na mesa é um dos aspectos: estou mais ciente de minha imagem na mesa, e estou muito mais ciente da imagem dos outros jogadores em geral, e do fluxo do jogo. Quando comecei a jogar seriamente como meio de vida, eu não estava muito ciente de como as outras pessoas na mesa estavam pensando ou de como elas jogavam, e que tipos de mãos jogavam. Agora eu estou tentando me concentrar em como elas jogam, com que tipo de humor elas estão e se elas estão meio tiltadas. Tentar aproveitar as melhores oportunidades o tempo todo é o mais importante. Estou tentando tudo isso com mais afinco.

SPG: Quais são algumas das coisas sobre a vida de um jogador de poker profissional que o público em geral pode não saber?

BG: Normalmente é uma vida mais difícil do que o grande público pensa, pois eles vêem os programas de poker e me vêem ganhando milhões de dólares na TV, mas isso não acontece rapidamente. Às vezes você pode jogar 20, 30, 50 ou 100 torneios sem ganhar nem um sequer. Também é preciso muito trabalho para melhorar seu jogo e focado no que está mudando no mundo do feltro, pois há tendências no poker, então eu sempre tento permanecer informado sobre como as pessoas gostam de jogar certas mãos e como as pessoas estão pensando, pois isso muda muito. É uma vida muito mais difícil do que as pessoas pensam.

SPG: Você é o jogador mais bem-sucedido do WCOOP do PokerStars, com quatro mesas finais e a maior quantidade de prêmios em dinheiro e torneios jogados. O que é preciso para obter êxito nessa série?

BG: Eu adoro o WCOOP porque a estrutura é mais como a de eventos ao vivo. Tem mais fichas, e quando os estoques são maiores, você pode ter uma vantagem maior sobre os outros jogadores, eu acho. Quando todo mundo tem apenas 20 big blinds, muitas pessoas conhecem a estratégia push-fold. Não há tantos grandes erros que as pessoas possam cometer quando têm 20 big blinds. Se elas empurrarem no momento errado, estarão 30% não-favoritos na pior das hipóteses, então não é tão ruim. Mas quando você está jogando em um torneio com estoques realmente grandes, às vezes pode colocar todas as suas fichas quando tem um draw totalmente morto.

Eu também gosto do WCOOP porque os eventos duram muito tempo. No evento de dois dias, você joga durante 12 horas no Dia 1, e algumas pessoas se cansam e cometem mais erros ao final das 12 horas. É preciso ter muitas das mesmas habilidades necessárias para o poker ao vivo, pois a estrutura é muito boa, e você joga mais mãos porque é online.

SPG: Que estratégias parecem mais importantes para se dar bem com regularidade em torneios online?

BG: Para eventos com grandes estoques, acho que a estratégia do small-ball é geralmente a melhor. Depende da mesa, mas quanto mais fácil for, melhor é a aplicação do small-ball, pois se os jogadores forem inteligentes ou bons, eles podem se adaptar à ela, e se souberem que você vai jogar assim o tempo todo, podem lhe tirar de sua zona de conforto fazendo aumentos maiores e tornando suas mãos impossíveis de jogar. Mas, em geral, a estratégia do small-ball possivelmente é a melhor.

SPG: Quem são os melhores jogadores hoje? Quem você odeia enfrentar?

BG: Eu nunca joguei contra Phil Ivey, então adoraria enfrentá-lo. Daniel Negreanu é muito bom: eu não consigo competir com o estilo small-ball dele, pois funciona muito, muito bem quando ele usa, e ele tem grandes habilidades de leitura de mão. Ele é provavelmente o melhor jogador com quem joguei. Justin Bonomo também é um grande jogador. É muito difícil, é injusto citar apenas alguns nomes, pois há tantos grandes jogadores. David Pham também é um oponente muito difícil – ele está sempre presente, de alguma forma. Vivek Rajkumar também é um ótimo jogador, joguei com ele algumas vezes. E também Amit Makhija. Há muitos jogadores ótimos e eu não consigo mencionar todos.

SPG: E o que você acha que os deixa bons? Existe uma característica comum?

BG: Acho que a característica comum é que eles são capazes de se adaptar. Acho que a característica mais importante no poker é ser capaz de se adaptar à situação. Se eles têm uma estratégia padrão, mas há outra coisa acontecendo, eles são capazes de adaptar seus jogos e mudar seus estilos. Às vezes você tem que mudar completamente seu estilo, mesmo que seja um jogador agressivo, se você souber que um cara vai blefar muito. É possível dar check-call com suas mãos enormes, pois ele vai blefar contra você.




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