Numa conta simples, o HORSE é a soma do Holdem + Omaha H/L + Razz + Stud Hi + Stud H/L. Ou seja, o mano precisa saber jogar as cinco modalidades e, para complicar tudo isso, o seu reraise com certeza não vai assustar ninguém porque HORSE é jogo limit.
Existem inúmeras teorias sobre como jogar HORSE. Alguns têm a estratégia de ser agressivo no Hold’em, outros aproveitam o RAZZ, que não divide e machuca os stacks para fazer estoque de fichas e ir levando na manha, e por aí vai. Mas o HORSE certamente se trata de um jogo de sobrevivência.
Um bom jogador dessa modalidade é um competidor completo – aproveitando o tempo de Jogos Olímpicos, seria como compará-los aos atletas do Decatlo, por exemplo. Os grandes jogadores de HORSE passam anos estudando o jogo mixed para chegar ao ápice de preparação competitiva.
Alguns o tratam como jogo de elite, afinal de contas, o maior buy-in da WSOP é o HORSE de US$50.000,00. A partir desse ano, o recentemente falecido David “Chip” Reese vai dar nome a este torneio na Série Mundial. Não restam dúvidas de que, ao lado do Main Event, este é o evento que os jogadores mais sonham em vencer, tanto pelo prêmio quanto como forma de superação pessoal, pois quem joga HORSE certamente pratica um poker de alto nível.
Quando o evento de $50.000 H.O.R.S.E. fez sua estráia na WSOP 2006, foi imediatamente considerado o “Campeonato Mundial” entre os jogadores, por duas razões: a primeira, por ser de longe o torneio com buy-in mais caro de todos (cinco vezes maior que o Main Event, seu concorrente direto); o outro motivo é que os jogadores precisariam ter habilidade e conhecimento nas cinco variantes diferentes de poker que constituem essa modalidade.
Sempre pensando que existe um mundo fora o Texas Hold’em, uma boa quantidade de jogadores brasileiros está participando do Circuito Brasileiro de HORSE desde 2007.
Na sua primeira etapa, o Grande Campeão foi o fenômeno do poker de Rio Negrinho, Daniel “Tevez” Cantera (para vocês terem uma idéia do nível dos competidores). Discordando de quem são os melhores jogadores do Brasil, os caras já estão na sua 6ª etapa – o pau tá quebrando mesmo, olha o ranking!
1 - Kleber - 1.750,0
2 - Robigol - 1.700,0
3 - Daniel Tevez - 1.600,0
4 - Juliano Maesano - 1.550,0
5 - Gamarra - 1.100,0
6 - Igor Federal - 1.000,0
7 - Edu Bugão - 800,0
8 - Felipe Mojave - 750,0
9 - Rafael Vieira - 750,0
10 – Geraldo Campelo - 500,0
11 - Cesar Abad - 400,0
12 - Marcos XT - 400,0
13 - Gabriel Otranto - 350,0
14 - Paulo Capelo - 300,0
15 - Rubens - 300,0
16 - Breda - 250,0
17 - Eric Mifune - 250,0
18 - Flavia Bedran - 200,0
19 - Matheus Perrone - 200,0
20 - Ulisses - 200,0
21 - Marcelo - 150,0
22 - Sergio Braga - 150,0
23 - Shanito - 150,0
24 - Leandro Brasa Pimentel- 100,0
25 – Marco Salsicha - 100,0
Idealizado e organizado por Robison “Robigol” e por mim em inícios de 2007, o CBH teve em Julho/08 a valiosa incorporação de Elton Czernysz, experiente organizador de torneios. E, mesmo engatinhando, o CBH se orgulha de ser dos primeiros circuitos Live do mundo nessa modalidade, além de ser uma verdadeira escola de dealers. Conforme Fabio Cunha diz: “Os dealers brasileiros pagam melhor o jogo do que os de Las Vegas”.
O Circuito Brasileiro de HORSE ajuda os jogadores a maximizar seu desempenho em mixed games, serve como escola para dealers e, principalmente, vem se mostrando uma verdadeira confraria de jogadores talentosos, que fazem de cada etapa uma verdadeira festa de fraternidade e boas risadas. O Circuito tem etapas a cada 60 dias e conta com dealers em todas as suas mesas.
Convido todos os amantes do poker a participarem da competiçao, ou pelo menos assistir às etapas, pois certamente você vai encontrar jogadores de talento e, sobretudo, ver um poker de qualidade
As etapas acontecem no Espaço Zahle, têm buy-in de R$600, 7.000 fichas iniciais e modalidade se alternando a cada 20 minutos. Após 10 etapas, o Campeão receberá um notebook e um bracelete, mas, perto do privilegio de ser o primeiro Campeão de HORSE do Brasil, isso é o de menos.