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Grand Sierra Poker Experience

Mais que um torneio


Marcelo Souza

Quando se fala em Sierra Poker Sports, excelência é a primeira palavra que vem à cabeça. O clube mineiro ficou famoso em todo Brasil por realizar torneios que prezam não apenas por grandes premiações e boa estrutura de jogo, mas pela experiência do jogador.

Em um mundo cada vez mais globalizado, conectado, o termo “experiência do usuário” se tornou uma espécie de bordão das grandes empresas que querem a fidelidade de seus consumidores. Trazendo isso para dentro do poker, o Sierra criou o Grand Sierra Poker Experience (GSPE), um mini festival de poker, em que jogar poker é apenas uma das partes da experiência do usuário, nesse caso, do jogador.

Dessa vez, o local escolhido para hospedar o GSPE foi o luxuoso resort Tauá, em Atibaia, cidade do interior de São Paulo, famosa por receber os treinos da Seleção Brasileira de futebol. Com um ambiente totalmente propício para levar a família ou se divertir com os amigos, o Tauá Atibaia propicia um ambiente de pura diversão e, para aqueles gostam (a maioria dos jogadores de poker), competição.

Em seu salão de jogos, um boliche com quatro pistas que atraiu jogadores durante todos os dias. Algum desatento que passasse por ali, talvez não entenderia toda a euforia por trás daquelas aparentes partidas amistosas ¬– aparentes, sim, uma vez que em uma roda de poker, não existe jogo grátis. 

Para quem não queria pegar no pesado, o local ainda contava com um pebolim, uma mesa de bilhar, duas de tênis de mesa e uma de air hockey e, logo ao lado, uma confortável sala de cinema com boas opções de filmes. O sucesso do salão de jogos só não foi maior que o das piscinas. 

A piscina climatizada coberta era o lugar perfeito para relaxar após as longas maratonas que os torneios de poker impõe, assim como a moderna academia e o SPA. Do lado de fora, o belo campo society também não passou batido. As quase duas horas de “peladinha” serviram para mostrar que o negócio da maioria ali era em outro gramado verde, aquele mesmo onde só se empurram fichas, não bolas para o gol. 

Para os que foram curtir com os filhos, a tranquilidade de poder jogar com a certeza de que os pequenos estavam sendo bem cuidados. Em determinados lugares, o Tauá lembrava uma colônia de férias. Graças à excelente equipe de monitoria do hotel, os TAUALEGRES, uma energia única, que apenas as crianças são capazes de emanar, contagiava o hotel.

O TORNEIO

Durante a noite, a paisagem paradisíaca dava lugar aos salões recheados de mesa. Foram quase 400 jogadores e 200 mil reais de premiação. Jogadores de vários cantos do Brasil foram prestigiar o evento e entender o conceito do Grand Sierra Poker Experience.

O heads-up do torneio, entre o apresentador do Esporte Interativo Ronaldo Fernandes e Yuri Moreira misturou duas histórias interessantes, fechando com chave de ouro o torneio. Para entender um pouco, vamos voltar no tempo e ver o caminho de Ronaldo.

Registrado no Dia 1C, Ronaldo esbanjou simpatia e agressividade na mesa. Nas quase 10 horas em que esteve na mesa ele acumulou um stack monstruoso de 427.500 fichas (mais de 100 big blinds) e disparou na liderança do torneio. Por muito pouco, o sonho não acabou no final do Dia 2. Ao tentar passar um blefe gigantesco em Mohamed Bacha, ele ficou apenas 2,5 big blinds. O que aconteceu em seguida, em menores proporções, lembrou a épica recuperação de Jack Strauss no Main Event de 1982 da WSOP, “uma ficha e uma cadeira”, para quem não se lembra. Foram dois all-ins consecutivos e, em ambos, apenas 30% de vitória. Ronaldo chutou a matemática para longe, dobrou, dobrou, dobrou e dobrou de novo, conseguindo o feito de avançar com o 12º maior stack entre os 18 classificados para o Dia Final. Seu quase carrasco, Mohamed, passou na liderança.

Já a história de Yuri Moreira não começou a ser contada dentro dos feltros. Antes de iniciar o torneio, o paulista prometeu que caso ganhasse o torneio, iria doar 20% do prêmio para a Médicos sem Fronteiras, uma organização internacional, não governamental e sem fins lucrativos, que oferece ajuda médica e humanitária a populações em situações de emergência, em casos como: conflitos armados, catástrofes, epidemias, fome e exclusão social. É a maior organização não governamental de ajuda humanitária do mundo na área da saúde. O resultado? Como dizem no jargão do poker, “tampa”.

RESULTADO

1. Yuri Moreira – R$ 33.000*

2. Ronaldo Fernandes – R$ 23.0000*

3. Mohamed Bacha – R$ 23.000*

4. André Oliveira – R$ 11.000

5. Marcelo Vincenzi – R$ 10.000

6. Aldo Dias – R$ 9.000

7. Leandro Ruy – R$ 7.000

8. Leo Costa – R$ 5.900

9. Fábio Marques – R$ 4.900

*Pós-acordo




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