No início do BSOP 2023, nem passava pela cabeça do capixaba Willian Cestari brigar pelo ranking do BSOP 2023. Com três vitórias importantes nas duas primeiras etapas, ele começou se planejar para a longa disputa, e nunca desistir desse sonho foi fundamental para a maior conquista de toda a sua carreira.
“Eu cheguei a São Paulo com a primeira etapa em andamento. Acabei cravando o No Breaks, que começou às 14h e terminou às 4h do dia seguinte. Depois levei o título do Last Chance e já apareci bem no ranking. Fiquei em dúvida se iria para Brasília, mas acabei viajando com alguns amigos e venci outro torneio por lá. Fui para o Winter Millions e não aconteceu nada. Conquistei alguns ITMs, mas somei poucos pontos e despenquei no ranking”.
Sem pretensão alguma de continuar a perseguir os líderes da classificação, Willian jogou solto em Foz do Iguaçu e o improvável aconteceu.
“Foi bizarro. Fiz cinco FTs seguidas e venci três campeonatos. Saltei para a quinta colocação do ranking, ficando a 190 pontos do líder Dodô Oliveira. Com todos embolados, elaborei uma grade para o BSOP Millions visando o ranking. Consegui ganhar o pacote completo no satélite online do PokerStars, o que me ajudou bastante. Mesmo sem jogar os mixed games, pontuei bem e fiz uma gordurinha boa que me garantiu o título”.
No último ato do BSOP Millions, somente 49 pontos separavam Willian do grinder Gabriel Baleeiro. Cada um, então, colocou em prática sua estratégia, e o Team Pro do GGPoker teve a chance de “roubar” a liderança no último campeonato da sua grade.
Bastava a Baleeiro ficar ITM no Evento 92: R$ 2.000 Dealer’s Choice 20 Games, o mesmo torneio que decidiu o ranking de 2022. O baiano até conseguiu um lugar na FT, mas muito distante de todos os seus adversários. Eliminado na pré-bolha, ele viu o título escapar depois de uma intensa batalha nos últimos 15 dias.
