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Veja - e ouça! - a entrevista de Gustavo Kuerten no PCA

Ex-tenista, que ganhou US$ 15 mil no evento principal, concedeu entrevista ao blog do PokerStars


 

14/01/2011 16:00
Veja - e ouça! - a entrevista de Gustavo Kuerten no PCA/CardPlayer.com.br


Em entrevista exclusiva à Sérgio Prado, blogger do PokerStars e único jornalista brasileiro cobrindo o PCA nas Bahamas, Gustavo Kuerten falou sobre sua participação no torneio, sua relação com o poker, suas impressões sobre o evento e até comparou poker e tênis. Confira - e ouça!

Sérgio Prado: Como descobriu o poker? Onde costuma jogar?
Gustavo Kuerten: Costumo jogar com meus amigos, lá em Floripa. Conheci pela televisão, principalmente quando jogava os torneios nos EUA, onde eles sempre televisionam o poker, e eu ficava assistindo. E aos poucos o jogo foi crescendo no Brasil também, então hoje jogo em rodas de amigos, uns campeonatinhos que a gente faz em turma também. Acho que dessa forma é legal como relacionamento. O que eu observo, e aqui tenho uma sensação bem gostosa de jogar o torneio, é de estar em um núcleo com amigos. Obviamente, tem a competitividade também, que acho que é similar ao tênis, aquele lance de estar desafiando os outros, e principalmente de estratégia. Esses dois pilares, competição e estratégia, e também a coisa do social com os amigos, é o que mais me atrai no poker.

SP: Você é acostumado com a pressão, e este é seu primeiro grande torneio de poker. Você tira alguma coisa da sua experiência no tênis que te ajuda aqui?


OUÇA A OPINIÃO DE GUGA NO PLAYER ABAIXO!



SP: O tênis é um esporte muito individual, assim como o poker. A mecânica dos torneios também é similar, inclusive em relação à inscrição. Você vê semelhanças entre as estruturas de um torneio de poker e um torneio de tênis?

OUÇA A OPINIÃO DE GUGA NO PLAYER ABAIXO!



SP: Se você, no auge da sua carreira, fosse jogar com a tenista número 1 do mundo, por exemplo, a Martina Hings, você ganharia. Aqui, no poker, não existe essa vantagem, você vê um senhor de 60 anos com as mesmas chances de um garoto de 20...
GK: Nas quatro horas que joguei aqui hoje já deu pra perceber isso. E o que eu acho fantástico, mas que também deve ser frustrante... Os 10 melhores do mundo, por exemplo, no tênis, ou os 100 melhores, não tem como perder para um amador. Com relação ao sexo, idade, é tudo muito diferente. Aqui, as chances não são iguais, mas as chances do melhor do mundo perder para um cara como eu, existe. Eu digo frustrante porque pro cara que é muito bom, pode pensar dessa forma, “pô, tem um monte de cara pior que eu, mas fui eliminado do torneio”. Mas acho que é bom porque todos se sentem capazes de jogar. A popularização do esporte se torna sem limites. Porque todo mundo tem a sensação que pode vir aqui e ter sucesso em um evento como esse. Então, acaba atraindo grande parte da população.


SP: Por causa do preparo físico e mental, você acha que os esportistas têm vantagem em um torneio grande como o PCA, onde você fica 10h por dia sentado e não pode perder a concentração?
GK: Acho que ainda é difícil pra eu dizer. Mas assim, estou acostumado a gerenciar meus objetivos e minhas expectativas, então vim pra cá hoje com o objetivo de chegar até amanhã. Estou mantendo essa estratégia, sabendo lidar com essa expectativa, que não pode passar do ponto, tem que se controlar mas também tem que jogar. Agora, a longo prazo, não tenho experiência pra saber tudo que exige, mas já tenho experiência pra dizer que exige muito. Porque, principalmente a parte mental, além da resistência, que já é um atributo fundamental, mas o mental, de manter o equilíbrio ali, não oscilar na confiança, é igual ao tênis. Você perde aquela bola que saiu por um centímetro, e daqui a pouco o jogo vai por água abaixo. Saber lidar com isso é difícil, e aqui eu ainda não sei. Aqui quando ‘a bola vai fora’, ainda fico abalado (risos).

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