Chegou ao fim a histórica passagem de Igor Trafane pela presidência da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH). Durante a última assembleia da entidade, “Federal” passou o bastão para Ueltom Lima. Eleito por unanimidade, Ueltom vai dar prosseguimento a uma gestão que revolucionou o esporte da mente no país.
“Em qualquer outra Confederação há uma corrida para os próximos gestores quererem chegar ao poder. Mas nossa comunidade é diferente. Tentamos até o fim fazer com que o Federal ficasse outro mandato, mas ele sentiu que estava na hora dessa troca de poder. Obrigado por tudo, Federal. Espero seguir trilhando tudo o que você nos ensinou e fazer o poker sempre crescendo de forma honesta e honrosa”, disse Ueltom, ex-presidente da Federação Paulista de Texas Hold’em e sócio-fundador do H2 Club.
Com Federal no comando da CBTH, o poker foi reconhecido pelo Ministério dos Esportes como um esporte mental. Em 2016, ele e André Akkari participaram de uma audiência pública sobre o marco regulatório dos jogos no Brasil, onde defenderam diante de vários parlamentares que o poker é um jogo de habilidade.
Capa da 100ª edição da Card Player, Federal fez questão de ressaltar em entrevista ao jornalista Marcelo Souza que o seu interesse pessoal não estava acima dos interesses da CBTH.
“Pensar hoje na CBTH e vir a minha imagem à cabeça é natural pelo trabalho que foi feito. Mas isso não pode fazer com que eu ache que a CBTH não pode viver sem mim, que eu tenha que me perpetuar no poder. Eu sempre repudiei confederações esportivas que têm presidentes com mandatos de 10 ou 20 anos. Pessoas que colocam os interesses pessoais acima dos interesses da classe que eles representam. É claro que tenho negócios no poker e, naturalmente, o que faço de positivo para o poker acaba sendo positivo pra mim. Mas também é positivo para Card Player, certo? Eu tento trazer coisas boas para categoria, para que ela exista, para que ela seja forte. A CBTH tem que ser maior do que eu, do que todo mundo. Aquilo que fiz, eu fiz. E o que não fiz, outro virá e fará”.
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