Primeiro jogador do país a alcançar o status Supernova Elite e único tricampeão do SCOOP, Rodrigo “Zidane” Caprioli acredita que pode se tornar o primeiro bicampeão brasileiro de poker.
Em entrevista exclusiva ao jornalista Marcelo Souza, Editor da Card Player Brasil, o profissional afirmou que em 2017 o seu plano é se dedicar a disputa do ranking logo na primeira etapa da temporada.
Desde a criação do atual ranking do BSOP, em 2012, todos que brigaram pelo bicampeonato nunca conseguiram ficar no top 10 da classificação.
Veja como foi o nosso bate-papo com o Zidane:
Marcelo Souza: Torneios ao vivo são rentáveis, mesmo com tributação?
Rodrigo Caprioli: Claro, tanto aqui como na Europa. O problema é que, às vezes, a pessoa se deslumbra demais, quer jogar jogos mais caros em que a oscilação é realmente absurda e o nível é muito alto. Mas se você escolher bem os torneios, notará que há eventos com nível muito fraco, de muitos jogadores recreativos. Mas o ponto maior é controlar muito bem os gastos. Se você vai com o objetivo de lucrar, você tem que ficar nos hotéis mais baratos, economiza na comida, comprar passagem antecedência. E você também não pode ser excludente, ao vivo principalmente. Jogar torneios não lhe impede de jogar cash games. Você deve ter a mentalidade de um jogador de poker, não de um jogador de torneios. E onde há grandes torneios, pode ter certeza que há cash games em que o nível de jogo é bem fraco. O cash ajuda muito a diminuir a variância dos torneios.
MS: Em 2017 teremos o Zidane na briga pelo bicampeonato?
RC: Sim, com certeza. E acho que é muito difícil eu não estar brigando pelo topo no final do ano. Mil fatores podem decidir o ranking. Um flip que você perde em uma reta final, um Main Event que um adversário crava ou fica em segundo e outros detalhes. Mas, no ano que vem, vou jogar tudo desde o início. Não será surpresa vocês me verem no top 5 do ranking geral e do de Omaha.
MS: Qual a lição que fica com o título?
RC: Que o poker é divertido. Eu amo o poker e amo a competição. Foi uma rotina louca. Muita adrenalina. Muitas contas, estratégias, decidir qual torneio jogar, saber quando se segurar para entrar ITM. A competição foi muito acirrada. Todos eram muito bons, o que deixou tudo ainda mais divertido. No ano que vem, espero estar repetindo tudo isso de novo.
Confira a íntegra da entrevista na CardPlayer Brasil - Edição 113. Para se tornar assinante, clique AQUI.