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Pedro Padilha fala sobre trajetória vitoriosa no SCOOP: “Éramos subestimados”

Craque do Samba Team faz parte de seleto grupo de tricampeões do festival



 

02/04/2021 17:25
Pedro Padilha fala sobre trajetória vitoriosa no SCOOP: “Éramos subestimados”/CardPlayer.com.br
Pedro Padilha é sócio e head coach do Samba Team


Nenhum festival de MTTs online teve tantas vitórias brasileiras quanto o SCOOP, mas nem sempre foi assim. Na estreia do campeonato, em 2009, o país passou em branco nos 36 torneios disputados nas mesas do PokerStars. Na temporada seguinte, “ricardo4473” conquistou o inédito título, e logo depois Rodrigo “caprioli” Caprioli igualou o seu feito. O Brasil começou a ter múltiplas conquistas com regularidade a partir de 2012, ano em que Pedro “PaDiLhA SP” Padilha ganhou o cobiçado relógio de ouro. Em entrevista à Card Player Brasil, ele falou sobre o que essa vitória significou para a sua carreira. 


“Essa cravada foi incrível. Era o início de minha carreira como profissional, que havia tido início no dia 27 de janeiro, e no final de maio eu já havia conquistado o título. Foi uma sensação indescritível. Sem falar que naquela época o Brasil era muito subestimado no poker, éramos vistos como os fishes. Foi ali entre 2012 e 2015 que o país começou a virar uma potência e matar os adversários em todas as séries. Estar envolvido nisso e conquistar um título expressivo me deixa muito orgulhoso”.


Padilha não parou em seu primeiro triunfo. Em 2018, ele venceu duas vezes na mesma edição do SCOOP, feito até então inédito entre os brasucas. Em uma das cravadas, ele virou o heads-up após fazer um royal straight flush.


“Foram cinco edições até conquistar outro título. Nesse período também fiz heads-up em um torneio de 1k bem grande. Esse SCOOP foi muito especial, uma vez que consegui ganhar dois títulos. Além disso, eu vinha de uma performance muito boa no início da série. O royal que virou o heads-up veio em uma jogada crucial, muito importante mesmo. Conseguir essa mão para ganhar o maior prêmio da carreira se torna algo inesquecível. Eu guardo essa lembrança com muito carinho. Gostaria de reviver isso”. 


O desempenho invejável de Padilha no SCOOP também pode ser visto em outros grandes campeonatos do PokerStars como o WCOOP, a Bounty Builder Series e o EPT Online. Para ele, é preciso dar mais do que 100% para vencer nos grandes festivais.


“Sempre tive um retrospecto muito bom em séries, que antigamente contavam com  outros formatos. O WCOOP, por exemplo, tinha torneios Second Chance onde tenho dois títulos. Voltei a vencer em 2019, quando passaram a adotar uma grade igual a do SCOOP. Conquistei o EPT Online e também já ganhei o Main Event da Bounty Builder Series. Vejo muitos jogadores falarem que a preparação deve ser todos os dias, mas isso é uma meia verdade. Acredito que todos os dias você tem que buscar fazer seu 100% para ter uma carreira vitoriosa, mas por que próximo dessas grandes series online ou da WSOP não podemos dar 120%? Não tem por que não entregar ainda mais. Possuo uma grade de estudos muito grande, o Samba Team, equipe em que sou sócio, me proporciona isso, e a minha própria carreira é construída a base de muitos estudos e grind. Faço muito todos os dias e esse muito me prepara para as series, porém sempre falo, perto dos grandes campeonatos não devemos pensar em aprender coisas diferentes, devemos reafirmar aquilo que já somos bons e buscar melhorar ainda mais. Costumam falar que é como “afiar o machado”, me dedicar muito aquilo que já sou bom e já possuo conhecimento”.


A partir de domingo, 4, Padilha também vai engatar no Spring Festival, do GGNetwork, um campeonato com um garantido maior que o do SCOOP. Para ter condições de brigar sempre por títulos, o grinder paulista adota uma rotina diferente.


“No início de todas essas competições eu entro em dieta e não consumo álcool durante alguns dias. Também tenho uma rotina diferente de grind por acreditar ser importante jogar o máximo de dias possíveis, então procuro fazer sessões mais curtas para acordar mais cedo, praticar uma atividade física e me manter pensando em poker. Minha grade é composta por muitos torneios caros, a maior parte deles são high e medium. Provavelmente, eu devo me registrar em todos os torneios com inscrições de até $2.000 e mais alguns de $5.000 e $10.000. Eu também vou jogar todos os dias”.


Antes da pandemia da covid-19, Padilha vivia um ótimo momento nos camepoantos ao vivo. Em 2019, ele chegou a ganhar dois prêmios de seis dígitos na última edição do PCA. Para o craque, apesar da saudade do live ser muito grande, não é o momento de pensar sobre esses campeonatos.


“Ficar tanto tempo sem jogar é muito difícil, porque além de ir bem eu gosto bastante dessa experiência. Sempre me deu prazer jogar ao vivo, porém é até um pouco egoísta pensar nisso, uma vez que estamos há tempo sem fazer tantas coisas, como dar um abraço em quem a gente ama, sem conseguir ver alguns familiares por cuidado na situação em que vivemos. Estamos mais longe dos amigos e sem a nossa vida social. Então pensamos em algumas coisas que vem antes do poker ao vivo, mas com toda certeza sinto muita falta”.


Hiper-turbo


Card Player Brasil: Você tem um ídolo no poker? Quem é?

PP. São muitos, já respondi isso umas cinco vezes e em todas eu devo ter falado alguém diferente, mas acho agora que é o Stephen Chidwick, o “Stevie444” do online.


CPB: Qual é seu torneio favorito?

PP: Com toda certeza o Main Event da WSOP, não existe nada que chegue perto daquela atmosfera. Foi a experiência mais engrandecedora da minha vida.


CPB: O que você mudaria no poker?

PP. Muito difícil falar porque este jogo é maravilhoso, eu amo tanto ele como é que talvez se ele tenha algo de ruim também deve contribuir para que ele seja tão grande e que a gente goste tanto. Então eu acho que eu não mudaria nada.


CPB. Qual lenda do poker você gostaria de conhecer e trocar uma ideia?

PP: Sem dúvidas o Doyle Brunson. Ele deve ter histórias que nem imaginamos, por isso eu gostaria muito de trocar ideia com ele.


CPB: Qual sua mão favorita?

PP: Fica até estranho responder outra mão que não seja par de ases, então é ela. 


CPB: Já quebrou algo após uma bad beat? O que foi?

PP: Nunca quebrei nada depois de uma bad beat. Quem convive comigo sabe o quão calmo eu sou durante o grind. Dificilmente grito ou xingo, com certeza nunca cheguei a quebrar nada.


CPB: Quem é o melhor jogador do mundo?

PP: Michael Adamo sem nenhuma dúvida, e já de algum tempo.


CPB: Qual campeonato você sonha em vencer?

PP: Sonho em vencer muitos torneios, talvez o próximo SCOOP e me tornar o brasileiro com mais títulos, porém o sonho maior é o Main Event da WSOP. Quero ter um bracelete.


CPB: O que mais te irrita no poker?

PP: Pessoas que reclamam de tudo no poker me irrita muito.



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