Considerado o rei da indústria pornográfica nos Estados Unidos, o magnata Larry Flynt morreu nesta quarta-feira, 10, aos 78 anos. Antes de fazer fortuna com clubes de strip-tease e a revista Hustler, o norte-americano foi um dos principais investidores do profissional Danny Robison, jogador que se mudou para Las Vegas junto do Chip Reese na década de 1970.
Assim como Robinson, Flynt sempre foi apaixonado pelo seven-card stud game. Em 2000, ele chegou a fazer FT em um evento da modalidade na World Series of Poker.
Flynt ficou muitos anos afastado dos feltros do maior campeonato do planeta. Segundo o autor Jim McManus, em 1988, ele apostou com Doyle Brunson que venceria o Main Event. Para ter vantagem na disputa valendo US$ 1 milhão de dólares, o empresário subornou alguns jogadores para que eles lhe passassem fichas. O proprietário da WSOP Jack Binion descobriu o plano e baniu Flynt de todos os torneios da série.
Na década de 1990, Flynt passou a organizar em sua casa o principal cash game de seven-card stud. Os jogos se mudaram para Los Angeles em 2000, quando o norte-americano inaugurou o cassino Hustler. Com limites de US$ 4.000/US$ 8.000 e buys-ins de US$ 200.000, os high stakes chegaram a contar com a presença de nomes do calibre de Phil Ivey, Barry Greenstein, Chip Reese, Brunson, Ted Forrest e John Hennigan.
Em entrevista à Card Player, Flynt explicou o porquê do seu fascínio pelos high stakes.
“Eu nunca poderia jogar em uma máquina caça-níqueis ou em uma mesa de 10 dólares no blackjack. Você precisa ter adrenalina. Você precisa jogar por algo que é realmente importante. Eu acho que a minha vantagem nesses jogos é ser rico. Então se eu perder US$ 200.000 ou US$ 300.000 em uma noite isso não vai significar nada para mim”.