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Felipe Mojave celebra crescimento do GGPoker e comenta estreia da WSOP Online: “show não pode parar”

Site vai distribuir 54 braceletes de ouro em 2020


 

12/06/2020 14:59
Felipe Mojave celebra crescimento do GGPoker e comenta estreia da WSOP Online: “show não pode parar”/CardPlayer.com.br
Felipe Mojave é dono de um anel de ouro do WSOP Circuit (foto: Neil Stoddart)


O segundo semestre da temporada vai começar da melhor forma possível. Em julho, a World Series of Poker vai levar a briga pelos braceletes de ouro até o GGPoker, site que no mês passado foi o palco da versão online do WSOP Circuit. 


Em menos de 80 dias, jogadores de todo o mundo vão ter a chance de engatar em 54 torneios valendo a joia mais cobiçada do esporte da mente.


Quem se surpreendeu com a novidade não está acompanhando as ações do GGPoker. Em 2019, o site deixou sua marca ao realizar uma série com US$ 50 milhões garantidos. Na sequência, foi a vez de contratar Bryn Kenney e Daniel Negreanu para o time de embaixadores. No início da temporada, a equipe ficou ainda mais forte com a chegada de Felipe Mojave, “ElkY” Grospellier e Fedor Holz.


Único sul-americano com o patch do GGPoker, Mojave coversou com exclusividade com a Card Player Brasil. No bate-papo, ele falou sobre as suas expectativas para o maior evento da história do site. Confira:


CPB: Quando você chegou ao GGPoker, você disse que o site 'veio para dominar'. Você esperava um crescimento tão rápido assim?

FM: Eu aguardava por um crescimento rápido e exorbitante, uma vez que eu conhecia as ações voltadas aos jogadores, como o plano de rakeback, as promoções e a grande oferta de jogos. Sabia que haveria uma popularização assim que o público conhecesse o GGPoker. Com toda certeza, seria impossível prever um crescimento exponencialmente como ocorreu. Precisamos levar em conta a situação que vivemos por conta do coronavírus. O poker ao vivo está parado, com isso, a internet virou a única opção que as pessoas têm para se divertirem e trabalharem. Isso tem uma relevância gigantesca nos números do GGPoker, mas se o site não fizesse um bom trabalho o resultado seria diferente. Os diferenciais do GGPoker frente à concorrência têm um peso.


CPB: Você vem jogando os principais torneios da casa. Na WSOP Online vai ser assim também?  

FM: Vou engatar em toda a série. Desde que me tornei embaixador do site, eu passei a participar dos principais torneios da grade. Eu tive a felicidade de ganhar alguns deles, o mesmo ocorreu com eventos da High Rollers Week e da GG Series. Nessa última competição, as minhas duas cravadas foram em lives pela plataforma Twitch. Em meu primeiro triunfo, os meus seguidores tinham 40% e na segunda 50% do investimento pela ferramenta de staking do GGPoker. Toda segunda ou terça-feira, eu coloco shares dos torneios para que o pessoal compre. E muitas vezes é sem mark-up. Tenho o projeto de segunda sem carne, segunda sem mark-up. A WSOP Super Circuit foi mais complicada para mim. Consegui FT em um high roller de 10K e também fiquei ITM no high roller de PL Omaha. Ficou a desejar, mas a expectativa está muito alta para os torneios de bracelete da WSOP Online.


CPB: Desde o início da semana, grandes nomes do poker discutem sobre a ida da WSOP para a internet. Há quem defenda que os eventos online vão tirar o peso dos braceletes e há aqueles que entendem que essa novidade pode causar um novo boom no jogo. O que você acha desse debate?

FM: Ele é válido e bastante interessante. O poker como comunidade deve discutir os assuntos necessários. Isso é fundamental para a nossa evolução, para que a gente possa requisitar mudanças junto às empresas. Eu não consigo enxergar como a ida da WSOP para o online possa ser ruim. Tudo na vida é adaptação e o show tem que continuar da melhor forma possível, que é na internet. Agora, mais e mais pessoas vão conhecer o poker, vão ter respeito pela nossa atividade. Imagina o número de pessoas que perderam contato com o poker e agora vão ter a chance de jogar a maior série do mundo sem sair de casa. Eu também acho que o prestígio dos braceletes não vai diminuir. O mundo é feito de abundância. Há bilhões de pessoas no universo. Por que o sucesso tem que ser algo exclusivo para alguns? Esse pensamento elitista é inflado pelo ego dos jogadores. É um desejo de nunca ser ultrapassado por ninguém. Isso é algo que nunca vai entrar na minha cabeça. Quando ideais assim surgem, isso fala mais sobre essas pessoas do que sobre uma preocupação com a história do poker. Quanto mais empresas realizarem séries, quanto mais jogadores obterem sucesso e quanto mais pessoas conhecerem o poker melhor.  


CPB: O Brasil foi um dos destaques da WSOP Super Circuit Online Series. Você espera mais um desempenho avassalador dos nossos jogadores?  

FM: Maio foi só o aquecimento, e os brasileiros arrebentaram. Vários craques ganharam torneios, fizeram mesas finais e forraram pesado. Eu acredito que vamos ter muitos braceletes. Não só um ou dois. A qualidade dos brasileiros no online é muito grande. Eles treinam demais e se dedicam muito. É isso que faz a diferença no final. Vai ser um desempenho avassalador.   


CPB: Você já bateu na trave algumas vezes na WSOP, chegando a fazer quatro FTs. Já no Circuit também são quatro FTs, com dois vices e um título. Chegou a hora ganhar o bracelete?

FM: Apesar de já ter tido várias oportunidades de ganhar um bracelete, nada mudou na minha vida pelo fato de eu nunca ter vencido na WSOP. Pelo contrário. Como definir o meu sucesso no final de um torneio, em um flip que você perde durante o 3-handed? Você é eliminado em uma mão que você jogou bem, porém as cartas do seu adversário apareceram. Não é demérito para absolutamente ninguém. Nunca joguei para ser campeão de nada. O meu objetivo com o poker é ser um jogador lucrativo, ser um pensador do jogo, ser um exemplo para quem está começando. Muitos que participam do meu treinamento sabem que é possível se tornar um profissional porque me viram quebrando a cara lá atrás. Essa é a maior felicidade da minha carreira. Ganhar ou não um torneio é totalmente consequência e a gente nunca pode prever. Eu vou fazer o melhor possível para cravar todos os torneios que eu jogar. Pode ser que eu fature 50 braceletes durante a WSOP Online. É imprevisível. Eu sou muito feliz por ter a chance de jogar poker, de viver do jogo, de ter uma legião comigo torcendo e treinando. Isso basta. Desde janeiro de 2008 eu sou profissional. Subir essa ladeira foi a caminhada mais difícil da minha vida. Foram anos e anos de aprendizado e disciplina. Sou um jogador de cash games. Me especializei em várias modalidades. Se eu ganhar 50 braceletes, eu nunca vou poder ter a minha carreira resumida pelos títulos e conquistas. Os resultados em MTTs sempre vão ser muito erráticos. Tem jogador que ganhou o bracelete na primeira FT. Por outro lado, há competidores como eu, com traves das deep runs. Não é isso que importa no final das contas. É muito legal ter história para contar, mas quando eu olho para esse lado da glória, da vaidade e do ego, eu não consigo me enxergar nisso. A minha maior conquista vai ser sempre ter evoluído no jogo, ter me tornado um bom jogador por tanto tempo. Isso é muito mais difícil do que uma conquista de curto prazo. Quem sabe lá na frente, no final da minha carreira, porque eu ainda estou começando (risos), eu possa falar ‘que legal eu ter esses braceletes’. A felicidade está na jornada, não no destino final.  



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