GERAL

Linha de Raciocínio – Anthony Gregg


 

24/07/2009 00:00
Linha de Raciocínio – Anthony Gregg/CardPlayer.com.br


O vice-campeão do PokerStars Caribbean Adventure de 2008, Hafiz Khan, estava rapidamente se aproximando de sua segunda mesa final, mas um outro jogador lhe impediu de chegar lá: Anthony Gregg acabou com o sonho de Khan, e acabou se tornando o vice-campeão, perdendo para Poorya Nazari no heads-up.
O jogador de 22 anos descreve essa crucial mão a seguir:
Evento: PokerStars Caribbean Adventure
Blinds/Antes: 12.000-24.000/2.000
Jogadores: Anthony Gregg (1.184.000 fichas), Hafiz Khan (909.000)
Cartas:
Gregg: KT
Khan: 53


A Mão
A mesa roda em fold até Khan, no small blind, que aumenta para 62.000. Anthony Gregg paga do big blind, e o flop bate KJ4.
Khan aposta 85.000 e Gregg paga. O turn é uma Q, e Khan aposta 180.000. Gregg paga, e o river é um 6.
Khan vai all-in por 580.000 e, depois de algum tempo para pensar, Gregg paga, mostrando KT. Khan só tem 53, absolutamente nada, e é eliminado em 21° lugar.


A Entrevista
Julio Rodrigez: Em uma situação de blind versus blind, você costuma preferir levar o pote pré-flop ou ver o que pode fazer com sua posição na mão?
Anthony Gregg: Bem, com K-T, não quero colocar uma quantidade grande de fichas no flop. Então, embora eu esteja um pouco acima do range de um jogador agressivo, não acho que preciso dar 3-bet. Minha mão flopa muito bem para uma mão estilo top pair e eu estou em posição, então não há problema em ver um flop aqui.
JR: Você considerou dar raise no flop, já que acertou o bordo?
AG: Considerei, mas se eu der raise no flop e ele continuar a apostar, não vou ficar em uma boa situação, tendo que jogar um enorme pote com uma mão marginal.
JR: E o turn?
AG: No turn, considerei empurrar, mas não achei que fosse ser pago por nenhuma mão pior que a minha. Achei que o melhor jeito de conseguir valor era dar call.
JR: O que lhe fez decidir pagar no river?
AG: No flop e no turn, ele apostou metade do pote. Mas no river, ele empurrou uma bet do tamanho do pote. Parecia uma linha de raciocínio conveniente demais, que ele tivesse uma mão monstro ali.
JR: Em que tipo de mão você o colocou?
AG: Achei que ele tivesse algo como J-T, ou uma queda de espadas que não bateu. Considerei a possibilidade de um flush de paus na última carta, mas ele não teria empurrado com isso, ele teria feito uma aposta menor, que seria paga.
JR: Você acha que teria sido melhor para ele apostar um pouco menos no river?
AG: É uma situação estranha, porque o empurrão parece mais fraco do que uma aposta de 250.000, 300.000. Mas, bem, eu provavelmente teria pagado essas apostas também. Então, embora tenha parecido fraco, o empurrão dele era a melhor chance que ele tinha de me fazer dar fold. Já que nenhuma opção funcionou, ele deveria ter desistido do blefe e salvado parte de seu stack.


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