Antes mesmo da sua estreia, a 49ª edição da World Series of Poker já está envolvida em uma polêmica que vai render muitas discussões. De acordo com o site da Card Player, para promover o seu livro “A viúva negra do poker”, uma jogadora pretende participar do Main Event disfarçada de homem. Segundo a autora, que utilizada o pseudônimo Sia Layta, o preconceito de gênero no jogo é o principal motivo que afastas as mulheres dos feltros.
Layta prefriu não se identificar, mas revelou que joga poker há na costa oeste dos EUA há mais de dez anos. Na entrevista à Card Player, ela contou que planeja tirar o disfarce caso avance no Main Event. Ainda assim, o seu plano vai infringir as regras do campeonato, uma vez que os competidores “não podem cobrir ou esconder a sua identidade facial”.
Segundo Seth Palansky, porta-voz da WSOP, qualquer pessoa que tente esconder a sua identidade vai ser desqualificada sem a devolução do buy-in de US$ 100.000.
“Meu conselho é que ela leve a sua ideia para outro torneio sem essa regra”, alertou Palansky.
Para Layta, o bullying que as mulheres enfrentam no poker faz com que elas as vezes não consigam jogar do mesmo jeito que os homens, adotando uma imagem bastante tight.
“É muito difícil ganhar um torneio quando você precisa entrar de limp”, explicou Layta.
Desde a criação do Main Event, apenas uma mulher conseguiu chegar à decisão. Em 1995, Barbara Enright deixou a briga pelo bracelete na quinta colocação. No ano passado, as mulheres representaram apenas 4% do field.