Um dos principais torneios paralelos do BSOP Millions, o Evento 12: R$ 5.000 PL Omaha 6-Handed conseguiu reunir um bom número de espectadores em seu Dia Final. Com uma ótima atuação neste sábado, o profissional João Simão não decepcionou a torcida e ficou com o título. No total, a cravada lhe rendeu R$ 145.000.
Após a cravada no WTC Sheraton, João bateu um papo com a Card Player Brasil sobre a sua carreira e os grandiosos eventos promovidos pelo partypoker. Confira:
CP: Em 2018, você jogou bastante ao vivo, mas pouco no Brasil. Por quê?
JS: Eu adoro o poker ao vivo, mas no meu plano de construção do bankroll eu priorizei o online, e eu acho que esse é o caminho por conta do volume proporcionado. Agora que é possível levar a minha família nas viagens, eu estou indo em todos os festivais que eu tenho condições, mas infelizmente não deu para atuar no Brasil. Como eu jogo em dólar no online, muitas vezes em torneios mais caros, fica distante engatar por aqui. Eu estava voltando das Bahamas e precisei ir a Florianópolis para uma cirurgia do meu filho. Como o voo da volta parava em São Paulo e eu tinha algumas umas reuniões do partypoker na cidade, eu fiquei para jogar.
CP: O que você achou do nível do field?
JS: Foi surpreendente o tanto que os brasileiros evoluíram nesse período que eu fiquei distante. A dificuldade dos torneios deste BSOP Millions é muito diferente de outros anos. Com toda certeza é resultado do trabalho das minhas aulas, do André Akkari, do Bruno Foster e de todos que estão trabalhando pelo poker por aqui. Isso é muito legal de ver e me motiva ainda mais a convidar os brasileiros a se aventurarem fora do país.
CP: Nos feltros online o Brasil é uma máquina de títulos, porém no ao vivo o país não consegue ficar entre os melhores. Por que existe essa diferença?
JS: Várias complicações explicam essa discrepância. A primeira é o custo que temos com as viagens. Enquanto precisamos pagar por voos caros, os europeus muitas vezes chegam em uma etapa do partypoker MILLIONS de trem. O câmbio também pesa bastante. Vivemos com o real, pagamos contas com esta moeda. Para dar um buy-in em euro é bem diferente. Os jogadores bons sabem que são bons, sabem que podem ser lucrativos nos Main Events. São os custos com as viagens que atrapalham.
CP: Quando você assinou com o partypoker em outubro de 2016, você acreditava que o site em pouco tempo poderia organizar o maior torneio da história da internet?
JS: Foi muito surpreendente. Na verdade, nem o próprio partypoker esperava por esse crescimento exponencial, mas o apoio da comunidade e o bom trabalha do site levaram a empresa a organizar o MILLIONS Online e grandes festivais ao vivo.
CP: Mesmo com garantidos muito bons, o Brasil nunca chegou a receber um grande número de estrelas internacionais. Você acredita que veremos alguns dos melhores jogadores do mundo no LIVE MILLIONS Rio?
JS: Sim. Quando você fala em um torneio com R$ 20 milhões garantidos no Rio Janeiro, com a sede sendo o hotel Copacabana Palace, todo mundo quer vir. É imperdível para a gente e também para eles, que têm muita curiosidade em conhecer o Brasil.
CP: O LIVE MILLIONS Rio vai marcar o início de uma série de grandes campeonatos do partypoker no Brasil?
JS: O site tem muito carinho pelo nosso mercado. Toda vez que o partypoker investiu aqui, a comunidade retribuiu da mesma forma. Eles estão muito felizes em fazer essa troca com o Brasil e com toda a América Latina. Vem muita coisa boa por aí.
Resultado final:
1. João Simão R$ 145.000
2. Aberivaldo Rocha R$ 101.080
3. Renan Barsi R$ 77.750
4. Bruno Foster R$ 60.080
5. Lucas Tabarin R$ 44.510
6. Carlos Alves R$ 32.510
