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Entrevista – Roland de Wolfe


 

25/09/2009 00:00
Entrevista – Roland de Wolfe/CardPlayer.com.br


Roland de Wolfe era um jornalista que escrevia sobre poker antes de decidir tomar um assento no feltro como jogador profissional. A decisão provou ser muito boa para o londrino. Ele tem atualmente $4.512.347 em ganhos na carreira live, e este ano conquistou algo que apenas Gavin Griffin havia feito antes. Quando de Wolfe ganhou seu primeiro bracelete no evento $5.000 pot-limit Omaha eight-or-better da World Series of Poker 2009, ele se tornou o segundo jogador da história a vencer a Tríplice Coroa do poker. Suas outras vitórias da Triple Crown incluem um título do European Poker Tour (Main Event do EPT Dublin 2006), e um título do World Poker Tour (championship event do WPT Grand Prix de Paris 2005).

A CardPlayer encontrou com de Wolfe em Barcelona, onde ele falou um pouco sobre seus dias de repórter e, é claro, a Tríplice Coroa que ele recentemente capturou.


Ryan Lucchesi: Você ficou muito orgulhoso de se tornar o segundo vencedor da Tríplice Coroa?

Roland de Wolfe: Fiquei muito orgulhoso. Foi um grande feito. Só um outro cara fez isso antes. Qualquer um pode vencer um torneio, mas ganhar consistentemente ao longo dos anos e acertar o Grand Slam do poker é impressionante.

RL: Você era um repórter antes de se tornar um jogador profissional de poker. Já que você cobriu o jogo e conhece sua história, você acha que tem uma capacidade maior de apreciar seu feito?

RW: Claro. Realmente é um sonho viver assim.

RL: Você ganhou muita experiência assistindo torneios, e agora tem muita experiência de jogar torneios. Qual é a maior diferença entre os dois pontos de vista?

RW: Jogar é bem mais divertido. Quando você é um repórter, você sabe que estará lá até o final, então não tem a preocupação de ser eliminado, mas também não sente todas as emoções. Há muito mais pressão em ser um jogador, mas o estilo de vida é mais fácil.

RL: A introdução como jornalista às longas horas envolvidas em torneios de poker lhe prepararam de alguma forma específica para o longo grind dos torneios, principalmente nos primeiros dias de um evento?

RW: Ser um jornalista me ajudou a me sentir confortável no ambiente. É algo que realmente ajudou. Estar perto dos jogadores e do dinheiro não me incomoda, então eu me adaptei com facilidade. Treinei para isso, e consegui o que queria.

RL: Em qual ponto do torneio você se sente mais confortável? Quando que sua mente se concentra para jogar seu melhor jogo e chegar à mesa final?

RW: Os melhores jogadores encontram um jeito de passar por cima dos fields, mesmo de fields enormes. Como Phil Ivey fez com o Main Event, é isso que os bons jogadores fazem, eles encontram um jeito de fazer acontecer. Há um pouco de sorte, também, mas eles encontram uma forma de fazer isso mais consistentemente do que os outros jogadores. Estou bem no momento. Uma vez que você chega no meio do dia 2, você vê o torneio começar a tomar forma; aí chega a zona de premiação, e você está pronto para utilizar sua experiência de jogar deep. Penso em quantas vezes já estive nessa situação. Penso na primeira vez que joguei, e foi tão diferente. A experiência é uma vantagem enorme.


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