A pandemia do novo coronavírus encerrou as atividades dos maiores circuitos de poker. Para muitos profissionais, os últimos cinco meses foram de readaptação aos feltros online. Dono de um dos currículos mais invejáveis do jogo, Dan Smith mostrou no SHR Bowl, do partypoker, que não estava enferrujado. Em poucas semanas, ele conquistou US$ 1 milhão em prêmios e encerrou o festival no top 3 do ranking. Apesar do sucesso, o craque garante que há diferenças entre o jogo ao vivo e online.
“Eu concordo com a premissa que diz que se trata de jogos diferentes. Eu vejo o poker na internet como um teste de raciocínio onde, na maior parte, se trata de usar a melhor estratégia possível e ver o que acontece. Eu acredito que o poker oferece mais oportunidades de criar algo diferente e de ser criativo”, declarou o jogador de 31 anos.
Nos últimos anos, Smith se especializou em cravar high rollers. Apenas no cassino Aria, de Las Vegas, ele venceu sete campeonatos com buy-ins de no mínimo 25 mil dólares. Segundo o profissional, o segredo do seu sucesso está em algo que ele não pode ensinar a ninguém.
“Eu diria que em praticamente todas as situações, a minha intuição vale mais do que limitar o range a um combo de mãos. Apesar do fato de todo mundo estar ficando bom, o elemento do cara a cara em um torneio ao vivo é real. Algumas vezes, há pessoas com a capacidade de saber o que é o certo quando o dinheiro em jogo é muito grande”.
Mesmo com todas as vantagens que o online oferece, Smith ainda se declara um “romântico”, alguém que sente falta dos elementos presentes apenas no jogo ao vivo.
“Eu encontro a maior diversão ao jogar um grande evento ao vivo. Eu aprecio todos os aspectos. Eu acredito que há algo de romântico em olhar para alguém após você ter tomado uma decisão que envolveu muito dinheiro. Eu acho divertido de verdade”, declarou Smith em entrevista ao jornalista Steve Schult, da Card Player.
