As disputas mais emocionantes dos high stakes estão acontecendo fora dos feltros. Após o término do Super High Roller Bowl Europa, Alex Foxen abriu a caixa de Pandora ao acusar o líder do PokerGO Tour Ali Imsirovic de trapaça no campeonato disputado no Chipre. Para o norte-americano, que já foi acusado de softplay juntamente com a sua esposa Kristen Bicknell, o poker precisa com urgência de uma lista-negra com todos os trapaceiros.
“A comunidade high stakes é, em sua maioria, extremamente honrada e composta por um grupo de pessoas que eu me considero sortudo de estar próximo. Esses absurdos não devem ser mais tolerados e precisam ser denunciados mais vezes”, escreveu o ex-Team Pro do partypoker.
Rapidamente, outros profissionais endossaram a ideia de Foxen. Para Chance Kornuth, as empresas precisam revelar a identidade dos grinders que cometem infrações graves.
“Quando um site de poker decide conclusivamente que alguém está trapaceando, eles os banem, mantêm sua identidade em segredo e fazem o que bem entendem com o dinheiro. Esse sistema é inadequado e inaceitável. Precisamos de uma lista negra de poker”.
Para Foxen, além de ter aprontado no SHR Bowl quando tentou olhar as cartas de um oponente, Imsirovic teria sido banido do GGPoker devido a multi-account e uso de RTA.
Apesar de não ter apresentado nenhuma prova, Foxen declarou ter certeza de que estava certo e que conta com o apoio devários regulares dos eventos high rollers. Um desses profissionais é Justin Bonomo. Dono de US$ 57.194.649 em prêmios nos MTTs ao vivo, ele revelou que já chegou a perder US$ 1 milhão nos jogos contaminados pelos trapaceiros. Para ele, Imsirovic só fica atrás de um profissional que tem as iniciais “Ja” em seu nome.
Em questão de segundos, os usuários do Twitter adivinharam a charada de Bonomo, afirmando que ele estava falando de Jake Schindler. Vencedor SHR Bowl Europa, o craque da Pensilvânia também é acusado de integrar a lista de grinders banidos do GGPoker.
Martin Zamani, por sua vez, foi muito mais explícito em suas acusações. No podcast de Doug Polk, ele disse que seu ex-investidor Bryn Kenney forçava seus cavalos a trapacearem.
“Faça o que for melhor para o time”, era o que ordenava Kenney, nas palavras de Zamani.
Além de ter que fazer uso do ghosting e de RTAs, os cavalos de Kenney precisavam seguir um estilo de vida bastante regrado. Zamani afirmou que eles foram obrigados a adotar uma dieta vegana, e todos aqueles que fossem pegos comendo fast food poderiam ser retirados do time.
Zamani, que não tem mais negócios com Kenney, afirmou que o maior vencedor dos MTTs ao vivo chegou a obrigá-lo a visitar um xamã que queria cortá-lo e usar veneno de sapo em sua ferida aberta.