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Brian Altman fala sobre bicampeonato inédito em uma etapa do WPT

Profissional norte-americano fez história ao voltar a vencer no circuito depois de cinco anos


 

29/01/2020 16:53
Brian Altman fala sobre bicampeonato inédito em uma etapa do WPT/CardPlayer.com.br
Brian Altman fez história no WPT


Algumas recentes traves impediram o norte-americano Brian Altman de se tornar um jogador bastante conhecido no circuito ao vivo. Aos 31 anos, o profissional conseguiu a atenção devida ao fazer história nos feltros do World Poker Tour. Na semana passada, em visita ao Sul da Flórida, ele venceu o Lucky Hearts Poker Open pela segunda vez na sua carreira, um feito inédito na história do circuito. 


Nas últimas quatro temporadas, Altman sempre conseguiu elevar o seu número de premiações, acumulando 21 ITMs em 2016, 24 em 2017, 25 em 2018 e 36 em 2019. No intervalo de cinco anos entre as suas cravadas no Lucky Hearts Poker Open, Altman venceu outros 12 campeonatos, incluindo o Main Event do WSOP Circuit em Montreal, no Canadá.  


O retrospectivo do jogador poderia ser ainda melhor, uma vez que ele fez FT em outras três etapas do WPT. Logo após vencer o Lucky Hearts Poker Open, Altman viajou para Atlantic City, no estado de Nova Jérsei, para a disputa mais um grande campeonato do WPT. Por lá, ele concedeu uma entrevista exclusiva ao jornalista Julio Rodriguez, da Card Player. Confira:


JR: Podemos falar sobre os seus resultados em 2019? Você acumulou 36 ITMs, três títulos e duas das cinco maiores premiações da sua carreira.

BA: Fui afortunado o bastante para ter um ano bom. Tive bastante sorte em alguns spots importantes. Eu tenho sido consistente com grande frequência, e eu estou muto feliz de como isso está terminando. Obviamente, em alguns torneios eu poderia ter obtido colocações melhores, mas esse não é o meu foco. 


JR: Sim, no início da temporada você terminou o Main Event do PCA em sexto e o WPT Maryland com a medalha de bronze. Depois de traves como essas, você se pega pensando no dinheiro que você deixou de receber?

BA: Você não pode vencer todos os campeonatos, então terminar em terceiro se torna um grande resultado se você leva isso em conta. Eu sei que muitos jogadores com um desempenho como esse podem pensar apenas em como eles estavam perto da vitória, e eu certamente já me senti assim antes, mas no momento eu estou em paz com a terceira posição em Maryland.


JR: Você declarou em sua conta no Twitter que a expectativa de ganhar um torneio era melhor do que realmente ganhar um. Você pode explicar? 

BA: Eu me sinto assim há um tempo. Eu estava lendo o livro Seu Dinheiro e Sua Mente, de Jason Zweig, e ele meio que mostrou a ciência por trás desse pensamento. Isso ficou comigo e eu fiz essa provocação no Twitter, que pode parecer controverso na superfície, mas é algo absolutamente verdadeiro.


Eu acho que a felicidade que você sente em um momento de vitória é muito passageira. Obviamente, ganhar um torneio de poker é uma experiência incrível, mas há muito mais na vida do que jogar e ganhar dinheiro. 


JR: Dito isso, o poker é a sua profissão, e esse trabalho demanda muito tempo, especialmente com viagens. Você já parou para pensar em quantos dias do ano você passa fora de casa?

BA: Eu passo muito tempo viajando, mas não, eu nunca fiz essa conta. Eu tenho certeza que seria algo louco para a maioria das pessoas, mas essa é a vida de um jogador de poker. Eu moro em Boston. Quando eu estou lá, eu vou ao cassino duas vezes por semana, mas por cerca de 70% da temporada eu estou em outro lugar.  Nos últimos anos eu tenho tentando levar uma vida melhor, mais balanceada. Eu venho cuidando mais da minha saúde, indo à academia. Isso está me ajudando. 


JR: Para encerrar, eu preciso falar com você sobre um tuíte seu reclamando dos assessórios que alguns jogadores usam à mesa. Qual a sua opinião sobre moletons com capuz e lenços que cobrem todo o rosto?

BA: Eu tenho certeza que eu escrevi sobre isso na WSOP. Eu estava entediado e me dei conta que hoje você vê bastante cachecóis e lenços hoje em dia. Eu nunca gostei de me cobrir. Eu sinto que se você está em uma mesa, você não deveria ter a permissão de encobrir as suas tells. Se você tem essa preocupação, você deveria jogar online. Um jogador exala muito mais confiança quando ele não se cobre todo com capuzes e cachecóis.  



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