Las Vegas. O paraíso brilhante de onze a cada dez jogadores de poker. Todo apostador sonha em conhecer – ou voltar – à cidade (provavelmente todos os dias) e não poderia ser diferença com o homem que carrega ‘aposta’ no nome. “Quando cheguei em Vegas, foi como se eu me sentisse em casa pela primeira vez”. Assim Nathan Gamble descreveu seu primeiro contato com a Cidade do Pecado, logo que completou 21 anos, idade mínima para participar dos jogos com dinheiro real na metrópole.
O jogador do Texas, bicampeão da WSOP, escreveu um artigo na Card Player em que fala sobre o seu amor à primeira vista por Las Vegas e sua primeira – e peculiar – passagem pela cidade, em que o poker foi um coadjuvante diante de tudo o que acontece nas noites no deserto de Nevada.
“Naquela primeira viagem eu tomei muitos drinks e transformei alguns estranhos em amigos. A coisa mais interessante que ocorreu foi assistir a uma jogadora ficar absolutamente bêbada e ver tudo se desenrolar em tempo real”, relembrou. “Seu nome era Renée. Ela era jovem e bonita e estava tirando fotos com pessoas da mesa e metade das outras mesas do salão. A princípio, todos a encorajavam, certamente ‘lambendo os lábios’ esperando uma inevitável queda em sua capacidade de tomada de decisão”, continuou Gamble, que contou, ainda, que a jogadora em questão seguia imbatível, mesmo com o alto consumo de bebidas alcoólicas, até que fosse excluída da mesa pelo staff, por conta de seus excessos, mas que ele já aos 21 anos percebeu ter uma motivação extra. “Eles não estavam errados, mas a verdadeira razão pela qual queriam que ela fosse removida era porque ela os estava espancando e eles simplesmente não conseguiam mais competir”, rememorou Gamble.
Em seu texto, Gamble ainda pontuou como todo o ambiente, não só o fato de que os melhores jogadores estarem frequentemente na cidade, contribuem para sua atmosfera mais do que especial.
“Queremos respirar o ar cheio de fumaça ao passar pelas mesas de blackjack, ter nossos olhos inundados pela sobrecarga sensorial enquanto examinamos as apostas esportivas e, finalmente, chegar às mesas e baixar nosso buy-in para que possamos nos provar no feltro contra outros jogadores sérios. Um dia você jogará a WSOP, mas chegar a Las Vegas já é uma grande conquista”.
E se o nome herdado da família pode ser uma contribuição do destino para a vida de Gamble, ele diz que o seu amor ao poker e, consequentemente, a Las Vegas, se deve a uma variedade de fatores.
“Algumas pessoas jogam poker pelo dinheiro, outras pela camaradagem, outras pela competição. Todos nós temos uma razão diferente para jogar, e é a mesma coisa na vida.”, refletiu. “Tive a sorte de me encontrar neste mundo por meio da minha paixão pelo poker e encontrei minha casa em Las Vegas. Infelizmente, tive que deixar a cidade recentemente, mas a cada dia que passa, planejo meu retorno ao que parece ser um lar”, projetou.
