Um apostador que enviou ameaças de morte a atletas profissionais de beisebol nos EUA recebeu três anos de liberdade condicional de um juiz federal do Distrito da Florida.
Benjamin Tucker Patz, conhecido como “Parlay Patz”, assumiu a autoria dos ataques a que era acusado. Patz usou o Instagram para perseguir quatro jogadores do Tampa Bay Rays após uma derrota da equipe para o Chicago White Sox, no verão de 2019, o que resultou em sua prisão um ano mais tarde.
De acordo com documentos oficiais, Patz teria dito a um atleta, por mensagens, “Entrarei em sua casa enquanto você dorme” e “Cortarei sua família”. O apostador estava em um tribunal federal em Tampa, na tarde de quinta-feira, 03, para a sua sentença, segundo informações do jornal Tampa Bay Times.
Patz poderia ter recebido uma pena de até cinco anos de prisão, mas o juiz distrital da Florida, Steven Merryday, optou pela sentença de três anos de liberdade condicional, com seis meses de prisão domiciliar, um tratamento de saúde mental abrangente e testes de drogas aleatórios, além do seu banimento de qualquer forma de aposta com dinheiro real durante o período da pena.
Há relatos de que Patz realizou apostas na casa dos sete dígitos em 2019, o que foi refutado por seu advogado, ao afirmar que seu cliente era simplesmente um jogador problemático, que estava sob tratamento terapêutico em relação ao hábito após o incidente. Desde a sua prisão, em 2020, Patz começou a trabalhar em meio período e passou a frequentar a faculdade.
Durante a sentença, o réu também pediu desculpas aos jogadores que perturbou. Enquanto enfrentava acusações pelas ameaças enviadas aos atletas dos Rays, foi documentado que Patz havia disparado mensagens semelhantes a integrantes do elenco do Chicago White Sox, do Atlanta Braves, do Washington Nationals, do Kansas City Royals, do Cleveland Indians, do Baltimore Orioles, do Toronto Blue Jays e do San Diego Padres.
“Gostaria de pedir desculpas às vítimas. Não apenas àquelas citadas na acusação, mas a todas as vítimas”, declarou Patz.
O Procurador dos Estados Unidos, Patrick Scruggs, disse ao juiz Merryday que não acreditava que houvesse qualquer intenção por parte do réu de prosseguir com as ameaças, razão pela qual ele não recomendou a prisão.