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Depois de desentendimento público, Galfond e Adams mudam termos de desafio

Jogadores voltam a jogar hoje pelo Galfond Challenge

30/07/2021 09:27

Depois de desentendimento público, Galfond e Adams mudam termos de desafio/CardPlayer.com.br

O Galfond Challenge é uma série de desafios de high stakes cash games, em pot-limit Omaha (PLO), idealizada por Phil Galfond. No duelo atual, Galfond estava enfrentando Brandon Adams, mas ao contrário das partidas anteriores, aqui o duelo não terminaria depois de um número determinado de mãos, mas sim após 50 horas. Ontem, após chegar a US$ 50 mil de prejuízo e com apenas mais 14 horas a serem jogadas, Adams veio ao Twitter reclamar da conduta de Galfond, e após elegerem Isaac Haxton e Max Silver como juízes, eles mudaram os termos do duelo.

“Phil Galfond e eu tivemos um duelo bem cordial até o momento, mas optamos pela pausa após um desentendimento. Precisamos chegar a um consenso com ajuda do Twittter”, postou Brandon em sua conta.

Logo em seguida, ele reclamou que quando faltavam pouco mais de 15 horas para o fim do embate, Galfond começou a gastar todo o tempo do relógio para tomar as ações em cada street (15 segundos pré-flop e 30 segundos pós-flop). Galfond se defendeu: “Primeiro ponto: antes de começarmos o desafio, ficou decidido que teríamos 15 segundos para agir pré-flop e 30 segundos pós-flop, então não há ambiguidade em cenários como este, de reta final. Segundo ponto, quando estava ganhando Brandon usou o relógio a seu favor sempre. Ele gastava 15 segundos para agir pré-flop em todas as mãos e quando ele iria pedir mesa ou dar fold em posição no river, ele sempre se levantava e se alongava por 30 segundos antes de tomar a ação”.

A discussão ainda se estendeu por mais um tempo, com Brandon afirmando que levava 15 segundos para agir pré-flop porque estava memorizando as próprias cartas e que só havia se levantado umas dez vezes. Por fim, Galfond desabafou: “Eu evito conflitos a todo custo e discutir no Twitter para defender o direito de gastar relógio é a última coisa que eu quero. Para mim, é ruim emocionalmente, pessoalmente e financeiramente porque sei que serei julgado. Mas sei o que é justo e só não quero ser freerollado”, finalizou, utilizando o termo “freerollado” em referência ao fato de que se fosse Brandon o jogador com 50 mil de lucro, não haveria esse tipo de discussão.

No final, apesar de claramente não ter infringido nenhuma regra pré-estabelecida, Galfond que é conhecido por ser um dos jogadores mais generosos do meio, em decisão conjunta com Brandon, acabou aceitando que os profissionais Isaac Haxton e Max Silver tomassem uma decisão razoável para que o duelo continuasse sem que ninguém se sentisse prejudicado.

Haxton e Silver acabaram decidindo que a partida seria decidida por mãos e não mais por tempo. Assim, pegaram uma média de mãos jogadas até o momento em que o duelo estava fluindo normalmente. “Eu estava perdendo US$ 16.500 e havia 236 mãos para acabar, de acordo com os cálculos que fizemos. Para não deixarmos este final de duelo ficar chato, decidimos acabar com o que foi acordado anteriormente. Assim, Phil fica com os US$ 16.500 e nós encerramos o desafio sem o pagamento da aposta paralela. Amanhã (no caso, hoje, sexta-feira), começamos um novo desafio de 10 mil mãos”, revelou Brandon.

Assim, a aposta paralela de 100 mil (Brandon) contra 150 mil (Galfond) deixou de existir. O que um dos dois jogadores ganharem dentro das 10 mil mãos fica como prêmio, com um limite de perda de 400 mil para Galfond e de 100 mil para Brandon. A previsão é que os dois joguem pelos próximos cinco dias consecutivos. Não há programação para transmissão.

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