Logo em sua estreia, o Big Player Brazil conseguiu mobilizar toda a comunidade do poker no Brasil. Na briga para se tornar um dos “mestres” do programa, o profissional Anthony Barranqueiros contou com o apoio de familiares, amigos e seguidores. O mutirão comandado pelo ex-campeão do BSOP venceu a batalha com louvor. Eleito o terceiro mestre do programa, ele vai ter a chance de ajudar vários competidores do reality show. Caso um de seus alunos fature o cobiçado prêmio de R$ 1 milhão, Antonhy vai levar para casa R$ 100.000.
Em entrevista ao site da Card Player Brasil, Antonhy falou das suas expectativas para o revolucionário programa. Confira:
No dia do anúncio da sua vitória, você revelou que houve uma grande mobilização da sua parte para vencer a votação. Como você elaborou toda essa campanha?
Eu divulguei bastante em todas as minhas redes sociais. Pedi para que os meus amigos e familiares também compartilhassem. Ainda juntei um grupo de amigos para que a gente pudesse votar sem parar. Houve revezamento, quando alguém ia dormir logo outra pessoa assumia o lugar e seguia votando. Virávamos a noite. Foi uma grande mobilização. Decidi fazer isso antes para que quando ocorresse a divulgação das parciais eu não precisasse ficar votando ainda mais.
Você se mostrou muito interessado com o projeto. O que no Big Player Brazil te atraiu mais?
O programa representa uma ótima chance de mostrarmos o que é o poker para quem não conhece o jogo de verdade. Um dos grandes objetivos que eu tenho na minha carreira é ajudar as pessoas a compreenderem que o poker não é nada disso que eles pensam. É um esporte da mente super legal e eles podem ter orgulho dos filhos quando eles disserem que querem se tornar profissionais. O reality apareceu em um ótimo momento. Eu estou muito feliz em fazer parte e eu acredito que o programa vai revolucionar o nosso jogo.
O grupo de classificados para o programa é muito diverso, com profissionais que jogam para times de poker e amadores. Como você pretende trabalhar nesse cenário?
Vamos ter profissionais, recreativos e jogadores com pouca experiência. Eu pretendo trabalhar individualmente, querendo ver como cada um joga. Não posso dar uma ajuda em grupo porque eles não estão no mesmo nível.
Não há nenhum indicativo que o poker ao vivo retorne em breve. Durante o programa, poderemos ter outra grande oferta de séries na internet. Na pousada você vai ter a chance de jogar online, mas não vai ser com a estrutura que você certamente possui em casa. Isso foi algo que você chegou a considerar?
Estamos em um período de incertezas. Não há como prever o que vai acontecer com o poker ao vivo. Então precisamos buscar outros meios de seguir com a nossa profissão, e o online é um dos caminhos, porém para o reality eu tomei a decisão de não ‘grindar’. Eu acredito que não estaria 100% focado. Pode ser que uma vez ou outra eu engate em um torneio que me interesse, mas enquanto eu estiver na pousada o meu maior foco vai ser o que eu tiver que fazer no Big Player Brazil.
Você teve uma ascensão meteórica no poker. Como você conheceu o jogo?
O meu primeiro contato foi muito cedo, quando eu tinha entre seis e sete anos. Meu tio apresentou o poker a toda a família e eu me apaixonei logo de cara. Foi algo que eu sabia que eu queria fazer para toda a minha vida, como se eu tivesse nascido para jogar poker. Desde muito jovem eu procurei assistir às mesas finais de torneios grandes e a ler vários livros. Depois eu fui atrás dos cursos de poker. A procura foi grande mesmo. Eu comecei com um jogador da minha cidade que me deu uma boa base. Depois fiz o curso do Akkari Team, à época era presencial com um grupo de 32 participantes em um resort. Foi algo que mudou totalmente o meu jeito de pensar o jogo, e desde então eu comecei a colecionar títulos, mas vitórias pequenas. Não tem como ninguém entrar de cara nos eventos caros. Naquele momento eu me dei conta que era algo que eu queria fazer.
Quando você decidiu se profissionalizar?
Eu não percebi quando eu virei profissional. Eu jogava por amor ao jogo, sempre com o objetivo de ficar em primeiro. De repente eu estava pagando todas as minhas despesas com o dinheiro do poker. Sem me dar conta, eu já estava vivendo o meu sonho. E sem nunca perder o objetivo de me tornar o número 1 do mundo. Sempre quis ser o melhor em tudo que eu fazia. Eu falava isso com as pessoas e elas me jugavam, dizendo que eu era louco, que era muito difícil. Hoje em dia essas pessoas me apoiam, falam que eu vou conseguir. É muito legal quando você consegue conquistar seus objetivos, mostrando de fato que você está correndo atrás. E eu não vou desistir até chegar lá. É esse pensamento que me faz colecionar títulos e ter resultados. Não paro de estudar, nunca penso que eu atingi o meu limite.
Antes da pandemia, como você dividia o seu tempo entre o poker ao vivo e online?
Eu comecei na internet. No início eu era até lucrativo mais lucrativo no online do que no live. Muitos dos meus coaches falavam que no Brasil não era possível ter um grande profit no ao vivo. Isso me instigou, se tornou um desafio fazer a transição do online para o live. Também me agrada ter troféus, braceletes, é um algo a mais que apenas o ao vivo oferece. Ainda procuro estudar bastante a parte da leitura corporal, expressões faciais. O poker ao vivo me agrada muito mais, é algo que eu amo fazer. Eu tenho orgulho de dizer que eu vivo do poker apenas jogando ao vivo.
Este espaço agora é seu para que você deixe uma mensagem para toda a sua torcida no Big Player Brazil.
Quero agradecer a minha família e meus amigos que me apoiaram. Fizemos uma grande maratona. Também deixo meu obrigado a todos que votaram nas redes sociais. Foi de grande ajuda o apoio desses amigos distantes, que a todo momento mandavam prints dos seus votos. Nada disso seria possível sem o apoio deles. Eu espero que com esse reality a gente revolucione o poker no nosso país. O que eu tiver que fazer para que isso ocorre eu vou fazer.