O mundo do poker tem sido palco de grandes transformações, e quem está na linha de frente dessa evolução são mulheres com histórias inspiradoras e trajetórias diversas. O mais fascinante? Cada uma delas atua em uma área diferente dentro desse universo, o que proporciona uma troca rica de experiências, perspectivas e ideias. Seja organizando grandes eventos, brilhando nas mesas, criando oportunidades para novas jogadoras ou transformando o jogo em uma verdadeira comunidade global, elas estão redefinindo o que significa ser mulher no poker.
Hoje, vamos mergulhar nos pensamentos e nas conquistas de cinco personalidades únicas: Luana Borges, sócia e gerente de eventos do H2 Poker, a Luh; Lauriê Tournier, joga- dora profissional e embaixadora do PokerStars, a Lali; Karina Bupp Lobo, head de parcerias da Federação Mundial de Poker, a Ká; Elizabeth Silva, jogadora e mãe do campeão Vini Silva, a Beth; e Regina Cassab, jogadora profissional e organizadora de eventos de poker para mulheres, a Rê. Cada uma, à sua maneira, está contribuindo para um poker mais inclusivo e inspirador.
LUANA BORGES
Sócia do H2 Poker e gerente de eventos
Uma nova fase, um novo propósito
Luana Borges é uma mulher que está sempre em busca de crescimento pessoal e profissional, encarando cada fase como uma chance de transformação. Ao falar sobre seus pensamentos, destaca as reflexões que chegaram junto com seus 40 anos e a importância de seu momento atual. “Estou vivendo a fase mais incrível da minha vida”, revela. “Em 2022, aceitei o desafio de deixar uma posição de 12 anos na coordenação de marketing para liderar a área de eventos do H2. Essa mudança não foi fácil e veio acompanhada de medos e inseguranças. No entanto, agora tenho convicção de que essa decisão foi a melhor da minha trajetória profissional.”
Sua trajetória no poker começou há quase 20 anos, quando decidiu sair do mundo corporativo e empreender. “Foi quando entrei no poker que minha vida realmente começou a tomar forma”, diz. O que começou como um interesse casual evoluiu para uma carreira dedicada ao marketing e, mais recentemente, à gestão de eventos.
“O poker é muito mais do que um jogo para mim. É um espaço de realização, tanto pessoal quanto profissional, onde eu posso ser criativa, estratégica e, acima de tudo, humana.”
Para Luana, a chegada dos 40 anos não foi uma pausa, mas o início de uma nova jornada. “A maturidade me trouxe uma confiança e clareza que nunca havia experimentado antes. Aos 35 anos, fiz uma profunda reflexão sobre o que eu queria para o meu futuro. Eu sabia que precisava de equilíbrio, de propósito. E encontrei isso ao redefinir minhas prioridades, cuidando da minha saúde mental e física.
Hoje, ela vê o futuro com entusiasmo e determinação. “Estou mais preparada do que nunca. Não só emocionalmente, mas também fisicamente, o que é fundamental para sustentar o ritmo de trabalho intenso que sempre adotei.” Luana também enfatiza a importância do apoio de sua rede pessoal, especialmente de seu marido, Raphael, que é um pilar fundamental em sua vida. “Ele é meu maior incentivador, sempre me impulsionando a continuar e a crescer.”
Mas Luana não está apenas focada em sua própria trajetória. Em setembro, assumiu a presidência do Comitê Feminino da World Poker Federation e vai liderar a iniciativa global de fortalecimento da participação feminina no mercado. “Essa nova posição é mais do que um desafio; é uma oportunidade de fazer a diferença para mulheres ao redor do mundo.”
A presidente também deixa claro que seu desejo é inspirar mulheres dentro e fora do poker a encontrarem seu equilíbrio e acreditarem em suas escolhas. “Meu conselho para as mulheres entre 25 e 30 anos é simples: cuidem da sua saúde mental e física. Isso é fundamental para alcançar o sucesso em qualquer área da vida. Aos 40, posso afirmar com convicção que a jornada está apenas começando.”
LAURIÊ TOURNIER
Jogadora profissional e embaixadora do poker
A jornada de uma campeã internacional
Lali começou sua trajetória no poker como um hobby, mas rapidamente transformou essa paixão em uma carreira sólida e de sucesso. Ela relembra o momento em que decidiu começar a transmitir seus jogos ao vivo na Twitch, em 2019, sem imaginar o impacto que isso teria. “Quando comecei a transmitir meus jogos ao vivo, não imaginava que uma comunidade tão grande se formaria ao meu redor”, explica Lali. Com o tempo, essa comunidade se consolidou, e a jogadora passou a ser vista como uma referência em habilidade, criando um ambiente de respeito mútuo. “Percebi que criaria um maior impacto quando passasse a ser referência para homens também.”
Ela acredita firmemente que a participação feminina deve ir além dos eventos voltados apenas para mulheres. Para ela, a presença feminina precisa ser sentida em todas as esferas do poker. “Quanto mais jogamos, mais espaço ganhamos, e esse espaço é nosso por direito”, enfatiza. Em 2021, sua vitória no WCOOP foi um divisor de águas em sua carreira. “Foi a partir daí que as pessoas começaram a me ver como jogadora, e não apenas como alguém associada a outras figuras do poker.”
“O futuro do poker está nas nossas mãos. Quanto mais acreditarmos em nós mesmas, mais conquistaremos.”
Além disso, Lali busca incentivar outras mulheres a se desafiarem em torneios gerais, e não apenas no circuito Ladies. “O Ladies é uma porta de entrada incrível, mas é nos torneios gerais que nossa presença realmente se faz sentir”, explica. O caminho de Lali no poker não foi sem desafios. Desde o início, ela enfrentou preconceitos, sendo vista apenas como a esposa de um jogador. Mas, ao longo dos anos, provou sua autonomia e habilidade. “Se tem pessoas que ainda desmerecem meus resultados? Sempre tem! Mas tenho muito orgulho do que consegui construir sozinha.”
Agora, com uma carreira consolidada, Lali continua focada em inspirar outras mulheres. Seu desejo é que mais jogadoras ocupem lugares de destaque nas mesas e que o preconceito diminua a cada torneio. Como ela mesma diz:“O futuro do poker está nas nossas mãos. Quanto mais acreditarmos em nós mesmas, mais conquistaremos.”
KARINA BUPP LOBO
Diretora de parcerias da Federação Mundial de Poker
Estruturando o futuro do poker feminino
Karina Bupp Lobo conta que sua relação com o poker começou em um contexto familiar, algo que trouxe uma perspectiva única para sua carreira. “O poker sempre foi parte da cultura da família da minha esposa, e isso me fez enxergar o jogo como algo que une, que é inclusivo por natureza”, reflete. Quando entrou para a WPF em 2022, Karina não era do meio do poker. “Ao mesmo tempo em que a mudança de segmento me trazia algumas hesitações, percebi que meus pontos de vista sem vieses e as experiências em outros mercados contribuíam positivamente com o trabalho da Federação.”
“O poker é uma plataforma poderosa de transformação social.”
A diretora foi uma das responsáveis pela criação do Comitê Feminino e reflete sobre a importância da iniciativa. “Esse projeto é extremamente gratificante para mim, porque vejo o impacto que já está causando e sei que estamos apenas no começo”, e conclui: “O poker é uma plataforma poderosa de transformação social.”
Karina também compartilha a importância de lidar com as inseguranças que surgiram ao longo de sua trajetória. “A síndrome da impostora foi um obstáculo, mas com o tempo e dedicação fui conquistando meu espaço e aprendendo a me ver como uma profissional à altura dos desafios que o cargo exige.” Ela espera que, com seu trabalho, outras mulheres também possam superar suas próprias barreiras e ocupar espaços que antes pareciam inalcançáveis.
BETH SILVA
Jogadora recreativa de poker
Descobrindo o poker e uma nova paixão
Beth Silva entrou no mundo do poker de forma tardia, mas com intensidade e
paixão. “Há 9 anos, eu era simplesmente conhecida como ‘a mãe do Vini’, algo de que tenho muito orgulho”, reflete Beth. Foi em 2014, ao acompanhar seu filho Vini, em Las Vegas, onde ele foi o brasileiro mais bem premiado, que seu interesse pelo poker realmente começou. “Acompanhar tudo aquilo despertou algo em mim,” diz Beth, e desde então ela começou a estudar e a participar de torneios.
Beth reflete sobre a importância da comunidade feminina para a sua jornada: “Pular barreiras e vencer desafios não foi fácil para quem começou o jogo depois dos 50.” Sua primeira experiência em torneios veio no circuito Ladies, um ambiente acolhedor que facilitou sua adaptação. “O torneio Ladies foi, sem dúvida, a maneira mais fácil e divertida de começar. As mulheres são, em sua grande maioria, acolhedoras, dispostas a dar dicas
e ajudar.”
“Pular barreiras e vencer desafios não foi fácil para quem começou o jogo depois dos 50.”
Hoje, Beth é bicampeã do Ladies do BSOP e coleciona diversos troféus, mas deixa claro que, para ela, o poker não é apenas um jogo, mas uma experiência transformadora. “O poker foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida.
Você faz novas amizades, coloca a cabeça para funcionar, viaja, participa das resenhas, comemora avançar em um torneio, comemora vitórias suas e dos amigos. Enfim... é sensacional fazer parte desse mundo fascinante!”
REGINA CASSAB
Jogadora profissional e organizadora de eventos
Transformando desafios em oportunidades
Regina Cassab transformou o poker de hobby em carreira durante a pandemia. “Eu era dentista, mas durante a pandemia percebi que o poker poderia ser algo mais para mim”, conta Regina, que hoje organiza torneios e promove ações para incentivar a participação feminina no esporte.
“O que me motiva é ver como o field feminino tem crescido,” diz Regina. Hoje, ela divide seu tempo entre ensinar novas jogadoras e competir em torneios.
“Organizamos aulas, eventos e encontros para fortalecer o grupo feminino, e o crescimento é visível a cada dia.” Para Regina, o poker não é apenas um jogo, mas uma ferramenta de empoderamento e conexão entre mulheres.
Regina, que conquistou títulos nacionais e internacionais importantes como jogadora, fala com orgulho sobre sua transição profissional: “A mudança da minha carreira foi muito significativa para mim. Mudou completamente a minha vida, e eu me sinto muito feliz e realizada com essa decisão.”
“A cada nova jogadora que vê no poker uma oportunidade de crescimento, percebo o quanto esse ambiente pode ser transformador para todas nós.”
Para Regina, o jogo é uma ferramenta poderosa de transformação e desenvolvimento pessoal, e por isso reforça a importância de criar ambientes onde as jogadoras se sintam seguras para competir e evoluir. “A cada nova jogadora que vê no poker uma oportunidade de crescimento, percebo o quanto esse ambiente pode ser transformador para todas nós.”
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