Depois de narrar as vitórias de centenas de jogadores nos últimos quatorze anos, o veterano Mike Sexton finalmente conseguiu colocar o seu nome no cobiçado troféu do World Poker Tour. Ao cravar a etapa de Montreal, no Canadá, ele embolsou US$ 317.896, cerca de R$ 1 milhão. Nas redes sociais, profissionais de várias gerações fizeram questão de parabenizar o veterano que se tornou a voz do circuito mais tradicional do esporte da mente.
Sexton começou a jogar poker com apenas 13 anos, quando a futura lenda do Seven-Card Stud, Danny Robison, lhe dava aulas. Na década de 1970, ele passou a viajar para Las Vegas, onde conheceu Doyle Brunson, Johnny Moss e Stu Ungar. Em 1984, Sexton conquistou a sua primeira premiação na WSOP, série em que possui um bracelete de ouro, 62 ITMs e mais de US$ 2,5 milhões em ganhos.
Apesar do currículo invejável, Sexton reconhece que no poker as vitórias não aparecem a todo momento.
“Não há nada como vencer. Eu estou no poker há tempo suficiente para reconhecer a dificuldade das vitórias. Ao envelhecer você aprecia ainda mais o seu feito. Na juventude acreditamos que as cravadas vão ser uma constante, mas confie em mim, não vai ser bem assim”, disse Sexton ao jornalista Mo Nuwwarah, do portal PokerNews.
Também embaixador do PartyPoker, Sexton sabe que o jogo que ele conheceu em 1960 não é mais o mesmo.
“Antigamente, caras como Puggy Pearson e Amarillo Slim, que eram jogadores de bilhar, podiam ganhar muito dinheiro no poker. Agora, os competidores mais lucrativos são profissionais com diplomas universitários, pessoas inteligentes que pegam tudo muito rápido”.