Após um hiato de quase três meses, a WSOP volta a ser o centro das atenções. Na manhã de hoje, nos feltros do cassino King’s, em Rozvadov, na República Tcheca, começou a briga pelo primeiro bracelete de ouro da versão europeia da série. Enquanto muitos jogadores estão em busca da cobiçada joia, o craque Shaun Deeb vai jogar para se manter no topo do ranking da temporada. No momento, ele lidera a classificação com uma confortável vantagem de 588 pontos para o seu compatriota Ben Yu. Em entrevista exclusiva ao jornalista Julio Rodriguez, da Card Player, ele falou sobre a sua viagem à Europa. Confira:
JR: Você está ansioso para a WSOPE?
SD: Para ser honesto, provavelmente não vai ser lucrativo para mim ir até Rozvadov se você levar em conta os custos com a viagem e os buy-ins. Se fosse apenas sobre dinheiro, eu nunca me incomodaria de ir lá, mas eu quero de verdade ser o Jogador do Ano da WSOP, e essa é a melhor chance que eu tenho de conseguir isso.
JR: Então, mesmo sabendo que isso vai lhe custar dinheiro, você ainda vai?
SD: Desde o meu primeiro dia no poker, eu sempre me importei com os rankings. O TLB do PokerStars foi a minha maior motivação no grind e eu me esforçava demais naquele tempo. Eu ganhei várias vezes e a classificação da WSOP é a mais importante. Não há premiação em dinheiro, mas ainda sim eu quero.
JR: Você deseja tanto vencer que, em um momento da WSOP, você estava jogando vários torneios ao mesmo tempo. Você chegou ao Dia 3 de dois campeonatos de US$ 1.500 de forma simultânea, ficando depois em 3º e em 16º. Fale sobre isso.
SD: Essa foi uma escolha –EV, mas de alguma forma eu consegui ganhar dinheiro enquanto fazia isso. Eu me diverti bastante e passei a ter uma história divertida para contar. Para mim, chegar aos dois Dias 3 foi mais impressionante que ganhar dois braceletes. Eu tive que acumular muitas fichas nos dois campeonatos para não ser eliminado. Obviamente, faturar milhões de dólares é ótimo, mas esse foi o meu momento favorito. Se alguém conquistar dois braceletes no mesmo dia, esse vai ser um dos maiores feitos da história do poker. A maioria das pessoas nem sequer cogita fazer isso, então ficar próximo foi algo especial.
JR: Falando sobre braceletes, agora você tem quatro. Onde você guarda todos?
SD: Eu acho eles legais, eu gosto deles, mas eu uso como presente. Meu terceiro bracelete foi para a minha esposa, porque ela ainda não tinha um. O último eu dei para um dos meus tios mais próximos. Eles são os melhores presentes para se dar. Ganhá-los, pelo menos, me livra da obrigação de comprar um presente de Natal ou de aniversário para alguém.