EDIÇÃO 88 » MISCELÂNEA

The Book Is On The Table - Kill Phil


Redação
Por que você deveria ler Kill Phil? Bem, acredito que se eu lhe dissesse para fazê-lo não soaria tão crível como se o recordista de braceletes Phil Hellmuth o fizesse. Palavras do Poker Brat, não minhas: “Primeiramente, permitam-me que eu — Phil Hellmuth Jr. — diga o seguinte: ‘Não tomem o título desse livro ao pé da letra! Ninguém quer que esse destino recaia sobre nenhum dos Phils. Em vez disso, os autores querem que vocês nos derrotem e tomem todas as nossas fichas nas mesas de poker’. Eu confesso que me diverti, e me senti lisonjeado, quando ouvi que um livro com esse título em breve estaria circulando no mundo do poker. Kill Phil obviamente se refere a mim até certo ponto, mas com Phil “Unabomber” Laak, Phil Gordon e especialmente o jovem fenômeno Phil Ivey também com o mesmo nome, eu não sabia ao certo que parcela de imputação eu poderia presumir. Para ser honesto, eu gostaria que esse livro jamais tivesse encontrado quem o publicasse. Quer dizer, quem quer um livro de credibilidade, escrito por dois jogadores durões (Blair Rodman e Lee Nelson), dizendo ao mundo exatamente como lhe derrotar? A estratégia que eles apresentam aqui é simples e efetiva. É basicamente uma extensão de uma das táticas que David Sklansky apresentada no seu livro Advanced Texas Hold’em Tournament Strategy. Com tantos livros disponíveis sobre estratégia do poker, eu não posso recomendar — nem recomendo — muitos deles. Frequentemente, um escritor bom, porém medíocre como jogador de poker, escreve um livro que contém algumas boas observações, mas muitas observações ruins. Rodman e Nelson passaram por muitas batalhas e realmente entendem o jogo. Portanto, embora o título desse livro me seja pouco amigável, eu recomendo que você o adquira”.
 
Capítulo III - As Estratégias KILL PHIL Intermediárias
 
IMAGEM À MESA E MUDANÇA DE RITMO (p. 136)
“Imagem à mesa” é a percepção que outros jogadores têm de determinado jogador. É um quadro composto por muitos fatores. Juntos, esses traços criam uma impressão que influencia como os outros jogadores reagem a ele. Fatores mecânicos incluem quantas mãos são jogadas, com que frequência os potes são aumentados e reaumentados e que mãos são mostradas. Indicadores não verbais incluem aura ou presença física, como ele aposta as suas fichas, as suas expressões faciais, linguagem corporal e vários outros sinais. Mensagens verbais completam o quadro. Embora você imagine os jogadores de poker como criaturas que não demostram sentimento, muitos dos melhores conversam com frequência, não apenas para ajudar a criar uma impressão, mas também para conseguir uma leitura dos seus competidores. 
 
Ao longo de um torneio, os jogadores estarão lhe observando atentamente. Como estratégia no KP Basic, nos primeiros limites de torneios você pode não jogar uma mão por horas. Os jogadores percebem isso. Se você for novo nos torneios ao vivo, os jogadores experientes vão perceber que você é um novato e, como você estará jogando tão poucas mãos, eles vão presumir que você seja tímido. À medida que os limites sobem, você vai se tornar mais ativo e começar a implementar a sua estratégia all-in. Até que você chegue a um ponto no qual atuou ativamente em diversos potes ou mostrou mãos fortes ou medianas, os seus oponentes vão manter aquela sua imagem supertight. Enquanto eles têm essa imagem, você pode se tornar um pouco mais liberal com a sua seleção de mãos contra os oponentes que você perceber que são tight ou que não estão dispostos a se arriscar. Você pode até reforçar essa jogada dizendo algo como: “Uau, eu realmente estou recebendo muitas mãos boas”. Se os seus oponentes temerem a força das suas mãos, você será capaz de coletar esses blinds e antes tão importantes.
 
Ao longo de um torneio, a sua imagem à mesa vai mudar. Tente se ver como os outros lhe veem. Você precisa fazer ajustes regulares à medida que prossegue. Isso se chama “mudar de ritmo”. Se você tiver se envolvido em alguns potes recentes, fique mais tight. Se você tiver entrado de all-in e mostrado uma mão como suited connectors, os seus oponentes certamente vão notar e tenderão a achar que você tem entrado de all-in com mãos menores que premium. Eles vão ficar muito mais propensos a dar call, então torne os seus requisitos mais tight. Se você tiver muita sorte, vai receber uma mão alta e preparar uma armadilha contra um oponente que acha que você está fraco.
 
Se você não estiver recebendo mãos com as quais jogar, cogite ficar um pouco loose. Os seus oponentes provavelmente vão interpretar um grande período de inatividade como sinal de um jogo tight, e ficarão mais propensos a lhe dar crédito par ter uma mão forte. Variar bastante o seu jogo com base no seu histórico recente lhe traz benefícios ao longo do torneio.
 
Em estágios finais de um torneio, a imagem que um jogador KP projeta é a de um jogador que é capaz de entrar de all-in a qualquer momento, e que não teme confrontos. Essa é uma imagem que mantém os seus oponentes recuando e temerosos, cientes de que todas as fichas podem correr perigo a qualquer tempo.
 
Os jogadores Kill Phil se tornam alvos para os outros jogadores. Isso é bom! Quando os jogadores estão reagindo a você, você os deixou perturbados. Eles ficarão à espera de uma mão alta com a qual possam lhe eliminar. Ao mudar de ritmo adequadamente, você se torna um alvo difícil. Um feeling para os torneios, aliado a uma observação atenta dos seus oponentes, e a uma compreensão de como o seu jogo os afeta, lhe fornecerá pistas de quando aumentar ou diminuir o ritmo.
 
AUTORES: Blair Rodman, Lee Nelson e Steven Heston
 
NÚMERO DE PÁGINAS: 296
 
PREÇO: R$ 74,90
 
DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com
 



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